Capítulo 125

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Thiago

Esse momento que eu e Giovana tivemos, reacendeu as minhas esperanças, ela disse que nunca deixou de me amar, e ainda me deixou cuidar dela e do Gabriel, eu sei que vai demorar até que ela esteja totalmente recuperada da perda de Alberto, mas eu vou esperar, ainda que, ficar ao lado dela sem poder beija-la e matar esse fogo que me incendeia por dentro, seja uma tortura pra mim. Mas sei que o nosso momento vai chegar, e quando chegar, será o mais lindo de toda minha vida.

Estávamos na estrada já meia hora, as crianças não paravam quietas em suas cadeirinhas, Giovana estava calada, mas eu podia ver com o canto dos olhos, que ela me olhava. Em um momento peguei ela no flagra, então ela sorriu e disfarçou.

-Vamos ouvir alguma coisa. –Ela disse sorrindo, depois diz que a Thais não puxou ela, isso é disfarçada. –DESPACITO. –Ela gritou quando ligou o rádio, estava na primeira parte.

-Essa música, lembra aquela vez naquela boate lá em Angra, Privillege.

-Meu Deus. –Ela disse colocando as mãos no rosto, ficando corada.

-O destino era tão bonzinho com a gente, que fez até o responsável pelos banheiros esquecer a chave na porta. –Gargalhei e ela deu um tapa no meu braço, colocando a mão no rosto em seguida, ela estava tímida com a lembrança. Chegou a parte Despacito, quiero respirar tu cuello, despacito, eu comecei a cantar alto, as crianças gargalharam, e Giovana entrou no clima e então cantamos juntos a plenos pulmões, as gargalhadas de Giovana enchiam meu coração, é tão bom saber que eu consigo faze-la sorrir outra vez.

-Depaxito. –Thais deu sua gargalhadinha gostosa e eu e Giovana rachamos o bico, paramos no transito, porque havia congestionamento, estava na parte pasito a pasito, abri todos os vidros e cantamos bem alto, sem se importar com o monte de carros parados ao nosso redor, Giovana estava vermelha de tanto gargalhar e uma hora ela bateu no meu braço e fez sinal com a cabeça, olhei para o lado, duas mulheres em um carro, me olhava rindo, sorri e acenei para elas, recebendo outro tapão no braço.

-Aie. –Eu disse esfregando o local dolorido, Giovana me encarou de cara feia e se ajeitou no banco, me fazendo rir. –Que foi Gio? –Ela arqueou uma sobrancelha e mudou a estação, tocava Say you won't let go, do James Arthur.

Uma atmosfera de sentimentos pairou sobre nós, os olhos de Giovana procuraram os meus e ficharam-se ali, causando a minha parada cardiorrespiratória, mas esses mesmos olhos que causam a minha parada, são a dose de adrenalina que acelera meus batimentos cardíacos e minha respiração.

Entrelacei nossos dedos e me perdi naquele olhar, ficamos assim enquanto James cantava;

But I wanna stay with you (Mas eu quero ficar com você)

Until we're grey and old (Até ficarmos grisalhos e velhos)

Just say you won't let go (Apenas diga que você não vai embora)

Just say you won't let go (Apenas diga que você não vai embora)

-Papai, a zovana é sua namolada? –Giovane perguntou, nos fazendo sair do transe. A olhei e respirei profundamente.

-Não filho, a Giovana não é namorada do pai. Porém, nós somos uma grande família, onde tem um papai. –Apontei pra mim. –Uma mamãe. –Apontei pra Gio. –E três filhinhos. –Apontei pra eles e pra barriga.

-E um cachorro. –Giovana disse baixinho, sorri.

-E um cachorro. –Disse isso e comecei a conduzir o carro devagarzinho, finalmente o transito começou a fluir.

AQUELE VERÃO - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora