AQUELE VERÃO - COMPLETA

Capítulo 130

THIAGO 

Quando estava prestes a sair de casa, fui chamado novamente no hospital, onde tive que ficar até as 19:00 hrs, mas assim que saí da cirurgia avisei meu superior, que precisaria de uns dias, ele prontamente aceitou, então fui para casa, peguei meu filho, passei na casa de Marcelo para pegar as chaves da casa de Angra e comecei a dirigir pra lá.

Ás vinte e uma horas e quarenta e cinco minutos, eu estava estacionando o carro na garagem, peguei meu filho e as coisas e fui para a porta da casa, antes de abrir, a imagem de Giovana saindo do carro naquele verão, acendeu em minha mente, sorri, eu pirei no primeiro momento que a vi.

Entrei em casa e acendi as luzes, olhei em direção ao sofá e a almofada que ela estava no colo quando entrei em casa naquele verão, me fez lembrar aquele exato momento, sorri com a lembrança.

***

-Não fica triste não, daqui a pouco ela tira a almofada. –Disse meu primo me cutucando.

-Se ela tirar a almofada ali, eu vou ter que pegar, se é que me entende. –Gargalhamos. E ri ainda mais quando minha tia deu a notícia de que dormiríamos no mesmo quarto, aí eu ri demais.

***

Fui até o quarto, onde dormimos pela primeira vez juntos, a cara que ela fez, quando ficou sabendo que dormiríamos juntos, foi hilária.

***

-Tá meus queridos, eu vou dormir onde? –Ela cruzou os braços e encarou Marcelo.

-Comigo horas. –Disse com um sorrisinho obsceno no rosto, ela ficou da cor de um tomate.

***

Saí dos meus pensamentos, com meu filho perguntando porque eu estava sorrindo.

-É, que estou relembrando o melhor verão da minha vida. –Dei um beijo no meu filho, peguei algumas coisas dele e fui para a casa da Gio, dava para ir a pé, não era muito longe da dos pais de Marcelo. Ao chegar lá, toquei o interfone, Cida atendeu.

-Boa noite.

-Cida, é o Thiago. –Ela não disse nada, só abriu o portão e eu entrei, antes que eu chegasse à porta, ela já abriu.

-Doutor, está fazendo o que aqui? –Ela perguntou, Thais ouviu minha voz e já veio correndo.

-Papá, papá. –Pulou no meu colo e me encheu de beijinhos, depois abraçou o irmãozinho dela e entraram na corrida.

-Eu quero ver a Gio.

-Bom doutor, a Gio saiu a alguns minutos, ela estava triste precisava de um momento sozinha.

-Não sabe para onde ela foi?

-Não sei, foi caminhar na praia, mas não sei pra que direção ela foi. –Nesse momento meu coração gritou me fazendo sorrir.

-Eu sei pra onde ela foi, você toma conta do Giovane pra mim?

-Claro doutor, com todo prazer. –Entreguei as coisinhas dele e atravessei a casa, cruzei a varanda e alcancei o caminho de pedras que me levavam até a praia nos fundos da casa, comecei a caminhar em direção à nossa pedra, a lua estava cheia e sua luz refletia no mar, o céu repleto de estrelas brilhantes, só faltava uma coisa para a noite ser ainda mais linda, ela.

Me aproximei e a vi sentada olhando para o mar, a pedra enorme logo adiante, meu coração acelerou, me aproximei silenciosamente e me sentei ao seu lado.