Allegra, ainda com um sorriso no rosto, foi para casa. Não esperou seu amigo por mais tempo na sorveteria.
Ela ainda sentia uma sensação boa a acompanhar durante todo o trajeto. Aquela sensação que nunca sentira antes...
— Vovó, cheguei. — Anunciou ao adentrar na sala de estar. — Vovó?
— Estou na cozinha. — Suspirou aliviada quando a voz dela se fez presente. Allegra foi ao seu encontro. Seus lábios se ergueram ainda mais quando a viu fazer o bolo de chocolate que sempre era alvo de disputas entre Afonso e ela.
— Hum... bolo? — Arrastou uma cadeira, logo se sentando e apoiando o rosto nas mãos.
— Sim. — A senhora sorriu, fazendo as marcas de expressão quase gritarem em seu rosto... Ela levantou os olhos para a neta. — Cadê o Afonso? Ele que gosta desses bolos.
Deu de ombros. O celular anunciou o recebimento de mensagens. Allegra já se apressando para ver de quem se tratava. Afonso parecia um tanto irritado por ela não ter o esperado...
Não demorou muito para que ele ligasse, e mal a esperasse atender, para falar sem parar.
— Caramba, Allegra! Era custo tu me esperar? Poxa...
— Desculpa. — Riu ao constatar que ele estava irritado por aquela besteira... Talvez não fosse se tivesse sido ao contrário...
— Ei, isso não tem a mínima graça. Você tem noção do que é para mim perder comida? De graça?!
— Ok, ok! — Gargalhou, não se contento com a ira de seu melhor amigo. — Eu te pago outro sorvete.
— Agora você quer me pagar outro? — Allegra sentia suas bochechas arderem de tanto que ria daquela discussão ridícula. — Mas eu quero!
— Agora não dá... — Sorriu. — Mas se você quiser vir para cá, aqui para casa... Vovó está fazendo bolo.
— Do que que eu estava falando mesmo? — Brincou. — Guarde um grande pedaço para mim porque eu vou procurar um filme.
— Qual?
— Não sei. Vou ver aqueles antigos... Aquele que você tanto gosta.
— Qual?
— Ah, agora é surpresa.
— Por favor, conta!
— Ah... — O garoto começou a fazer uns sons estranhos do outro lado da linha. Uns chiados. — A... shi... A ligação... Está...
E desligou. Deixando a garota antes risonha, agora com um quê de raiva por ficar na curiosidade. Ela odiava quando faziam aquilo!
Alegria passou a tamborilar os dedos na mesa, chamando mais ainda a atenção de Dona Vilma.
— Que foi, minha menina?
— Eu vou matar o Afonso!
Mordeu os lábios, tentando reprimir a sua vontade de rir, apesar de brava.
Levantou-se, indo até seu quarto para dar pelo menos uma olhadinha nos seus livros. Abriu o livro totalmente grifado de gramática em uma página aleatória, logo para reler aquelas regras que ela já estava cansada de tanto que fazia exercícios...
Ela mal via a hora de aquilo passar... E finalmente fazer o que tanto sonhava.
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Sorria Alegria! |✔
Teen Fiction| FICÇÃO ADOLESCENTE | L | __________________ "É que a gente quer crescer E quando cresce quer voltar do início Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido" Era Uma Vez, Kell Smith Allegra Martins é uma garota tão peculiar quanto o...