Capítulo 7

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Allegra, ainda com um sorriso no rosto, foi para casa. Não esperou seu amigo por mais tempo na sorveteria.

Ela ainda sentia uma sensação boa a acompanhar durante todo o trajeto. Aquela sensação que nunca sentira antes...

— Vovó, cheguei. — Anunciou ao adentrar na sala de estar. — Vovó?

— Estou na cozinha. — Suspirou aliviada quando a voz dela se fez presente. Allegra foi ao seu encontro. Seus lábios se ergueram ainda mais quando a viu fazer o bolo de chocolate que sempre era alvo de disputas entre Afonso e ela.

— Hum... bolo? — Arrastou uma cadeira, logo se sentando e apoiando o rosto nas mãos.

— Sim. — A senhora sorriu, fazendo as marcas de expressão quase gritarem em seu rosto... Ela levantou os olhos para a neta. — Cadê o Afonso? Ele que gosta desses bolos.

Deu de ombros. O celular anunciou o recebimento de mensagens. Allegra já se apressando para ver de quem se tratava. Afonso parecia um tanto irritado por ela não ter o esperado...

Não demorou muito para que ele ligasse, e mal a esperasse atender, para falar sem parar.

— Caramba, Allegra! Era custo tu me esperar? Poxa...

— Desculpa. — Riu ao constatar que ele estava irritado por aquela besteira... Talvez não fosse se tivesse sido ao contrário...

— Ei, isso não tem a mínima graça. Você tem noção do que é para mim perder comida? De graça?!

— Ok, ok! — Gargalhou, não se contento com a ira de seu melhor amigo. — Eu te pago outro sorvete.

— Agora você quer me pagar outro? — Allegra sentia suas bochechas arderem de tanto que ria daquela discussão ridícula. — Mas eu quero!

— Agora não dá... — Sorriu. — Mas se você quiser vir para cá, aqui para casa... Vovó está fazendo bolo.

— Do que que eu estava falando mesmo? — Brincou. — Guarde um grande pedaço para mim porque eu vou procurar um filme.

— Qual?

— Não sei. Vou ver aqueles antigos... Aquele que você tanto gosta.

— Qual?

— Ah, agora é surpresa.

— Por favor, conta!

— Ah... — O garoto começou a fazer uns sons estranhos do outro lado da linha. Uns chiados. — A... shi... A ligação... Está...

E desligou. Deixando a garota antes risonha, agora com um quê de raiva por ficar na curiosidade. Ela odiava quando faziam aquilo!

Alegria passou a tamborilar os dedos na mesa, chamando mais ainda a atenção de Dona Vilma.

— Que foi, minha menina?

— Eu vou matar o Afonso!

Mordeu os lábios, tentando reprimir a sua vontade de rir, apesar de brava.

Levantou-se, indo até seu quarto para dar pelo menos uma olhadinha nos seus livros. Abriu o livro totalmente grifado de gramática em uma página aleatória, logo para reler aquelas regras que ela já estava cansada de tanto que fazia exercícios...

Ela mal via a hora de aquilo passar... E finalmente fazer o que tanto sonhava.

 E finalmente fazer o que tanto sonhava

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