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Festa da Elisa.

Elisa sai para falar com as amigas deixando eu e Derek sozinhos. A parti de sua carranca eu sei que vou ouvir até que meus ouvidos protestem. Desde de criança Derek transparecia sutis evidências que seria um homem controlador e não deu outra, quando ele se tornou dono do próprio nariz o controle se tornou uma de suas mais notórias características.

Infelizmente para ele eu sou alguém que não deixa ninguém ditar ou regrar como eu tenho que viver minha vida. E se até hoje que estou com quase trinta e não casei não foi nada mais por que não queria me tornar uma cadela adestrada. Se você vem de onde eu vim onde as mulheres devem ser submissas ao seu homem você saberia o que eu estou dizendo. Na máfia nós mulheres só servirmos de enfeites bonitos e vacas reprodutoras.

Felizmente para mim eu não me encaixo em nenhum desses requisitos.

- Eu juro que estou tentando entender de onde você tirou a ideia de chamar minha mulher para trabalhar para você quando ela claramente não te suporta. - diz baixo tentando não chamar atenção dos convidados.

Os cantos dos meus lábios se curvam em um sorriso debochado.

- Não vejo qual o problema nisso. - medito. - Você sabe mais que ninguém que a opinião alheia não me abastece. - pondero, ele ameaça abrir a boca para falar mais eu corto. - Relaxa primo, eu estou fazendo um favor para sua mulher.

- Esse é o problema Clara, quando uma pessoa não gosta de você, você não tenta se aproximar, você apenas a ignora. - fala e é verdade não corro atrás de homens e do mesmo jeito não corro atrás de amigas ou colegas. - E que diabos é isso de fazer um favor a Elisa.

- Eu gosto de Elisa, e família a gente não escolhe, só aceita e protege. - o lembro as regras pelas quais vivemos. - Primo eu entendo os motivos pelo qual Elisa não gosta de mim, e admiro sua lealdade a Marina, Elisa se sente na obrigação de me ver como um mostro do mesmo jeito que a Marina me vê. - paro, e fico pensando se Marina ainda me acharia esse mostro se soubesse de toda a verdade. - Só que Marina nunca pensou na possibilidade que eu posso não ser o mostro que ela pensa. - falo e sorriu. - Elisa precisa desopilar dessa casa, deve ser chato pra cassete passar tanto tempo aqui o que melhor que trabalhar e conhecer pessoas novas? - Derek continua a me encarar sério.

- Já disse que ela não vai Ana Clara. - fala firme. - Nem você precisava trabalhar. - fala e solto uma risada.

- Me poupe Derek, você sabe mais que ninguém que não nasci para depender de ninguém. Eu amo o que faço, ganho dinheiro para cassete desenhando meus vestidos para alta nata da Itália. Isso me faz feliz. - digo sinceramente e ele respira fundo.

- Ok! Seu trabalho eu até posso concordar que você continue nele. - reviro os olhos. Derek acha que pode me impedir de trabalhar. Pobre coitado.! - Agora isso de continuar a correr. O que diabos te passa pela cabeçaa? - esbraveja e por essa eu não esperava. - Eu mandei fechar aquela merda de Porto por duas vezes, ameacei aquele idiota a quem você se refere a Smoke, o imbecil me disse que se você quiser continuar indo é bem-vinda. - quero rir de sua incredulidade, mas me contenho. Não vou cutucar a fera.

- Nem todo mundo vai abaixar a cabeça para você Derek, aceite isso e você viverá plenamente e outra eu não vou deixar de correr, isso me acalma. Então sugiro que aceite. - aponto. - Se você tem medo que as pessoas descubram que você é....

- Não término a frase já que ele me corta.

- Já falei que faço isso para o seu bem Clara, nem venha com esse assunto de novo. - fala e me irrito.

- Às vezes eu duvido que isso é para minha proteção. Muitas vezes eu só deduzo que você tem vergonha de mim. É isso Derek? Você sente vergonha que as pessoas associem seu nome ao meu? -rosno.

Vendida Para O Mafioso [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora