TÁXI

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P.O.V Mina

“Vamos voltar pro hotel. Agora.”

Essa frase ecoava pela minha cabeça a cada passo que eu dava naquele salão enquanto puxava Chaeyoung para sairmos dali.

Eu não sabia se estava eufórica pela situação ou pela bebida. Confesso que aqueles​ drinks haviam me deixava bem mais... Digamos, soltinha. Se eu tô achando ruim? Jamais.

- Senhorita Son Chaeyoung. – ouço alguém gritar e nós paramos para minha infelicidade. – Quanto tempo. Você está linda. – continuou, beijando a bochecha da moça do meu lado.

- Olá, tudo bem, Minho? – sério que eles vão ficar de papo bem aqui?

- Prazer, Myoui Mina. – entrei na conversa estendendo minha mão com um sorriso forçado.

- Muito prazer, senhorita. Pode me chamar apenas de Minho. – mostrou seu sorriso galanteador. – Vocês aceitam uma bebida? Faz muito tempo que não conversando, Chae. – ele olhou fixamente pra ela. Que palhaçad-

- Desculpa, mas eu preciso ir agora. – Chaeyoung disse um tanto impaciente. Sorri mentalmente, ou nem tanto... – Eu te ligo depois, ok? – finalizou me puxando.

Me permiti ser guiada pra saída dali. Provavelmente nós tínhamos que esperar o resto do pessoal para voltarmos no ônibus, mas com uma conversa rápida com o motorista do transporte nos acertamos e fomos até um ponto de táxi.

- Você vai ligar pra aquele cara? – perguntei enquanto esperamos em pé.

- Aish, ele é um velho amigo. – desconversou, passando uma mão na outra.

- Mas pra mim, você ligaria? – falei com um sorriso maroro próximo do seu ouvido, percebendo seu corpo enrijecer.

- Myoui Mina, não brinque com a minha cabeça. – soltou um suspiro. – Eu ainda estou sobre efeito do álcool, se você continuar – me aproximei, abraçando-a de lado, encarando aquele rosto que fazia tudo, menos me encarar. – se você continuar me provocando eu não vou responder por mim.

- Isso seria bem interessante. – sussurro novamente no seu ouvido. Ela pareceu engolir em seco, enquanto eu sorria vendo suas reações.

- TÁXI – gritou se desprendendo do meu abraço.

Eu estava ousando demais, tanto com minhas investidas, como provocando-a no meio da rua. Esse tipo de relacionamento é inaceitável onde vivemos, e cá estou eu falando no cangote da menina.

Entramos no carro dizendo o endereço. Ajeitei-me para ficarmos mais próximas e estava um pouco receosa se ela acharia ruim, talvez o álcool estivesse saindo e eu recobrando minha consciência. Essa dúvida foi sanada quando ela cruzou seu braço no meu e passou a acariciar a parte de dentro do meu. Essa atitude me arrancou um sorriso involuntário enquanto eu olhava pela janela os inúmeros prédios passando.

Recebendo aquele carinho gostoso, nós logo chegamos no hotel, seguindo para nosso quarto, mas antes mesmo de sairmos do elevador, eu já não aguentava mais não sentir aquela sensação nova que meu corpo tinha quando eu tocava ou provocava a menor. Em meio a tropeços, pois eu estava agarrando-a por trás, nós finalmente chegamos.

Sentindo seu perfume que tanto me inebriava, empurro-a na porta logo que ela a fecha atrás de si. Aquela distância precisava ser compensada agora.

- Você é muito impaciente. – falou, mas logo foi calada por um arfar quando eu resolvo chupar seu pescoço.

Eu segurava firme na sua cintura enquanto distribuía beijos pelo seu pescoço, subindo até teu rosto. Nossos olhos travaram uns nos outros, ela tinha um misto de desejo e ansiedade, me deixando mais presa aquelas feições.

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