P.O.V. Tzuyu
- Vamos, Tzu. Levanta. – sinto alguém me cutucando. Abro lentamente os olhos e percebo que chegamos no nosso destino.
Depois dos desfiles finais no horário do almoço, resolvemos voltar logo em seguida para descansarmos. Nosso diretor-chefe deu a segunda-feira de folga para todos, avisando que quando retornássemos, voltaríamos com uma nova temporada e alguns treinamentos.
- Eu dormi a viagem toda? - espreguiço-me falando enquanto bocejo.
- Parece que sim. – Momo ri. – Tua cara tá toda amassada.
- Aish. Mereço... – levanto rápido, empurrando-a para sairmos do veículo.
Apesar do ocorrido, nós estávamos levando como se nada tivesse acontecido, somente vez ou outra que nós trocavamos olhares, mas nada demais. Parecia que nós tínhamos ficado mais confortáveis com a presença uma da outra.
Enquanto esperávamos o motorista tirar nossas bolsas do porta-malas, Momo e eu conversávamos normalmente, junto a Mina que surgiu do meu lado.
- Gostei daquele hotel. – Mina disse olhando ao redor.
- Do hotel... Sei. – respondi sugestiva.
- Aish, nem vem, Tzuyu. – bufou. – Eu preciso ir. Até terça, meninas. – se despediu com um abraço em cada uma.
Observei minha amiga se distanciar e me lembrei do grude que ela e Chaeyoung ficaram nesse fim de semana. Permiti-me rir enquanto voltava minha vista para Momo, que me encarava sorrindo. Ruborizei um pouco e desviei o olhar.
Percebo de “rabo de olho” ela indo pegar sua bagagem e voltando para perto de mim.
- Eu já vou. Você não quer mesmo que eu te acompanhe até em casa? – disse parada de frente pra mim, com sua mala encostada do lado.
- Já disse, eu moro logo ali. Não precisa. – sorrimos.
- Certo. Até segunda. – finalizou com uma voz que eu diria extremamente sedutora, dando um beijo demorado na minha bochecha, segurando a lateral do meu rosto.
Momo desceu sua mão pelo menos braço e apertou minha mão, enquanto pegava a mala. Distanciou-se de costas, lançando-me outro daqueles seus sorrisos, seguido de uma piscada de olho.
Eu observava a cena com um sorriso bobo e com meu rosto levemente corado. Em meio a um suspiro, pronunciei um “até” respondendo sua pergunta.
Saí dos meus devaneios logo que o motorista aparece com a minha bolsa. Volto para casa lembrando das coisas que aconteceram e, quando menos espero, já cheguei. Cruzo o portão do prédio e entro no elevador, logo chegando ao meu apartamento, sentindo uma leve pontada de ansiedade.
Abro lentamente a porta, tudo parece muito calmo. Será que Jungyeon não está em casa?
Minhas dúvidas são sanadas quando vejo uma pessoa com o cabelo todo bagunçado, coçando o olho, sair do corredor que dava acesso aos quartos.
Noto que ela não percebe que eu cheguei, pois está muito distraída tentando não bater nas coisas por seu excesso de sono. Poxa, são 18:30 ainda.
Enquanto ela procurava alguma coisa na geladeira, de costas pra mim, me aproximo lentamente.
- Acho que vou fazer um sanduíche. – Jung pensa alto.
- Você pode fazer um pra mim também? – sussurro perto do seu ouvido, recebendo um grito assustado como resposta. Dou uma gargalhada com a sua reação.
Escorada na geladeira, com seu pijama: um short perto e uma blusa branca; ela volta a si e abre um grande sorriso apesar do susto, me abraçando em seguida. Um abraço tão apertado, que permito descansar meu corpo no seu.
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RomansaÀs vezes, basta um milésimo de segundo pra transformar um sonho em uma tempestade. ~flash