•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]

• 02

Continuei observando o céu, até que percebo alguém vindo em minha direção. Era aquele garoto, filho do Rick. Carl, se não estou enganada.

— Oi... – ele diz sentando na varanda ao meu lado

— Oi... – respondo voltando minha atenção para o céu

— Está sozinha aqui? – ele pergunta calmo

— Deanna e Reg estão lá dentro. – respondo

— Eu quis dizer se você chegou até aqui sozinha...

— Aaron me achou e me trouxe. Eu estava por aí, fugindo, ou procurando meus irmãos, não sei ao certo. Só sei que desmaiei no caminho e acordei aqui.

— E você está bem?

— Defina bem.

Ele ficou pensativo por alguns minutos e ia me responder, porém foi interrompido.

— Quem essa dai? – a garota disse me encarando

— Essa é a Allyce, chegou hoje e eu vim conversar com ela. – Carl respondeu se levantando

— Meio tarde pra ficar de conversinha, não acha? – ela responde séria – Rick sabe que você está aqui?

— Não te devo satisfações, Enid. Seu namorado é o Ron, não eu. – ele diz e eu me levanto indo em direção à porta, porém o garoto me segura – Enid, a Allyce chegou aqui hoje, Aaron à trouxe para cá. – Carl diz calmo – Ally, essa é a Enid. Ela já estava aqui quando eu e meu grupo chegamos.

Ally? Gostei. Melhor que Lilly, mas e essa intimidade aí em?

— Prazer Enid – digo estendendo a mão

Ela não me cumprimentou, apenas revirou os olhos e começou a andar para longe dalí.

— Não ligue pra ela. Uma hora ela aceita mais uma garota da nossa idade aqui. – ele diz e eu dou um leve sorriso

— Tem mais gente da nossa idade? – pergunto empolgada

— Além de mim e da Enid, só o Ron e o Mike. – Carl responde

— Está ficando tarde, eu vou entrar. Quer vir? – digo abrindo a porta

— Não, obrigado. Eu tenho que ir. – ele diz e eu assinto com a cabeça

— Até amanhã então, xerife. – digo debochando

— Até amanhã, Ally. – ele diz e sorri

Entro pra dentro e subo para o meu quarto, estava tudo na mais perfeita paz. Será que agora consigo dormir?

" — Vou cuidar de vocês. – ele diz abraçando Allison que aparentemente se sentiu confortável

Tommy concordou em irmos com ele, eu não confiava naquele homem.

— Eu quero procurar o papai. – digo cruzando os braços

— Não é você quem manda Lilly, nunca foi. – Tommy diz e então entramos no carro

— Prometo que mandarei meus homens atrás do seu pai. – ele diz esboçando aquele sorriso que pra mim era mais falso que nota de três reais"

Acordo e vejo que ainda está escuro. A noite não foi muito agradável, sonhei com o babaca que matou meu pai.
Tommy e Allison ainda estão por aí. Talvez vivos, talvez mortos. Eu preciso procurar por eles, mas não poderia ir sozinha.