Algumas semanas depois
Negan visitaria Alexandria hoje, e fez questão que eu fosse. Eu estava com saudades de todo mundo e queria ver meus irmãos e o Sam. A questão era, será que eles queriam me ver?
— Vou mandar a Lia te trazer roupas limpas. Tome um banho e se arrume. Vou organizar o meu pessoal e saímos em meia hora. — ele diz e saí do quarto
Logo Lia aparece com roupas e sapato. Ela me trouxe uma calça jeans escura e uma camisa preta que ia na altura da minha coxa. E para os pés ela me trouxe um tênis preto.
— Como está se sentindo? — ele diz me acompanhando até o banheiro
— Tem borboletas no meu estômago. Eu não sei descrever como estou me sentindo. Eu sei que eles não querem me ver, eu tenho medo de não me perdoarem nunca.
— Não diga isso, Ally... Eu tenho certeza que eles vão entender seu lado. Se eles te amam de verdade vão entender.
— Meu medo é esse...
Tomei um rápido banho frio e vesti as peças. Lia me levou até os carros e me desejou boa sorte. Eu iria precisar.
Fui junto com Negan em um dos caminhões. Eu ainda não o chamava de pai, e ele disse que não precisava, o que era muito bom.
— Você não vai matar ninguém hoje, certo? — digo quebrando o silêncio
— Não, querida. Eu não vou. Se quiser pode até segurar Lucille para garantir que não vou esmagar ninguém.
— Eu não quero segurar essa coisa!
— Hey... Mais respeito com Lucille! — ele me encara sério e depois volta sua atenção para o portão da comunidade — Chegamos...
Negan desceu do caminhão e foi até o portão. Falou algo que eu não pude ouvir e os portões foram abertos. Ele voltou para o caminhão e adentrou Alexandria.
— Trouxe um presentinho. A minha filha veio fazer uma visitinha para vocês... — Negan diz saindo do automóvel
— Lilly! — ouvi a voz de Tommy e desci do caminhão e então o senti me abraçar — Você está bem... Graças a Deus!
— Não está chateado como os outros? — digo retribuindo o abraço
— Estou sim, Lilly... — ele me olha — Eu sou seu irmão, você deveria ter contado...
— Me desculpe...
— Agora já foi. Mas está tudo bem. Eu não posso virar a cara para você! Você não tem culpa de ser filha dele... — sorri ao ouvir as palavras de Tommy
Eu esperava que Daryl reagisse dessa forma. Eu realmente esperava mais compreensão dele do que de Tommy.
— Tommy? — Negan se aproximou de nós — Você está enorme, como cresceu! Allyce não me contou que havia te encontrado.
— Eu posso ir ver meus amigos? — digo sem olhar para o mesmo
— Claro... Fique a vontade! E se alguém aqui maltratar a minha filha... Vai se ver comigo! — ele diz alto
Ignorei todos os olhares tortos e seguir até a casa de Rick, onde estavam minhas coisas e meu pequeno Sam.
Adentrei na mesma ao lado de Tommy e senti um forte aperto no coração quando vi Sam e Enid brincando como se fossem tão íntimos quanto mãe e filho.
— Sam... — murmurei segurando o choro
— Ally! — ele abre um sorriso tão lindo que me fez sorrir junto — Eu já volto Enid! — ele corre em minha direção e me abraça
Eu o aperto com tanta força. Não queria soltá-lo por nada. Eu senti tanta saudade desse sorriso sincero e desse abraço apertado.
— Ah Sam, eu senti tanta saudade de você! — digo ainda segurando o pequeno
— Também senti sua falta, Ally... — ele diz e então eu o olho
— Deixou de me chamar de mãe...
— Você não mora mais aqui e eu achei que não te veria mais. A Enid disse que poderia cuidar de mim.
— Ah, claro... A Enid... — encarei a mesma — Gosta dela?
— Sim. Ela é uma ótima mãe, e o Carl aceitou ser meu pai.
— Sam... Eu... Vou pegar minhas coisas no meu quarto... Eu volto logo... — subo as escadas correndo indo até o quarto
Perdi meus amigos. Perdi minha casa. Perdi meu pequeno Sam. Perdi o grande amor da minha vida. Eu perdi tudo. Até a vontade de viver.
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•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]
Ficção AdolescenteJá se perguntou como que tudo vai acabar? Quando vai acabar? Eu sobreviveria ao fim do mundo? Eu seria forte o suficiente? Muitas vezes nos pegamos pensando sobre isso. Eu pensava muito sobre isso, e agora, aconteceu. Meus vizinhos agora não são mai...