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Arthur, Lia e eu passamos bastante tempo conversando no lago. A noite já estava chegando e resolvemos voltar para casa. Arthur cedeu seu quarto para mim e Lia enquanto estivéssemos aqui, e ele ficaria com Sam em outro quarto.

— Boa noite meninas. Espero que estejam confortáveis. — Arthur diz colocando a mochila nas costas e levando a mão até um travesseiro que eu peguei primeiro

— Eu te ajudo a levar. — sorri e o mesmo sorriu também — Eu já volto, Lia.

Acompanhei o garoto até o quarto de Sam em silêncio, até que paramos de frente para a porta e ficamos nos encarando.

— Ah... Eu... Acho que vou entrar... — ele diz nervoso

— Está bem. Até amanhã então?

— Até amanhã. — ele pega o travesseiro da minha mão — Ah, eu posso fazer uma pergunta?

— Pode...

— Você e o Carl não estão mais juntos não é?

— Não. Nós não estamos mais juntos.

— Então se eu tentar te jogar cantadas ridículas ele não vai me bater de novo?

— Não. — rimos juntos — Mas você não precisa me jogar cantadas ridículas.

— Ah, não?

— Não. Você é um garoto incrível, e foi o único da comunidade que ficou do meu lado depois de tudo.

— Isso quer dizer que eu tenho uma chance de te namorar?

— Eu não sei, não se passou pela minha cabeça namorar alguém. Mas você pode tentar me convencer que você merece esse título.

— Então me aguarde, Allyce. Te farei suspirar de paixão pela minha pessoa.

— Veremos... Bom, eu vou dormir. Boa noite, Arthur.

— Boa noite, Ally.

Sorri e me virei indo em direção ao quarto porém os braços de Arthur me trouxeram de volta para observar, desta vez mais de perto, a imensidão verde de seus olhos. O garoto estava realmente bem próximo. Seu rosto já colado ao meu, apenas fechei os olhos esperando o toque de seus lábios.

— O que pensa estar fazendo com a minha mãe, Arthur? — ouvimos a voz de Sam e eu não contive os risos

— Sam, o que está fazendo acordado? — Arthur disse em tom de indignação

— Eu estava esperando o meu beijo de boa noite da minha mãe. Mas parece que ela veio dar um beijo de boa noite em outra pessoa. — ele cruza os braços fazendo uma cara de bravo

— Ah, meu amor... Foi tudo culpa desse insolente. — abracei Sam — Ele queria me beijar, você acredita nisso?

— Eu não deixo!

— Ele não deixa. Ouviu Arthur?

— Okay, eu não beijo mais a Ally. — ele joga as mãos para cima em rendimento

— Agora vai dormir, já está tarde! — deixo um beijo no rosto de Sam e o mesmo retribui com outro beijo em meu rosto

— Boa noite, mãe.

Me levanto e encaro Arthur que ainda estava indignado. Dei risadas do mesmo que permaneceu sério.

— O que foi? Cadê o seu senso de humor?

— Quando eu ia finalmente te beijar...

— Não faça drama, Arthur!

— Eu esperei tanto por isso, ele estragou meu momento...

— Não estragou não.

— Como não?

Me aproximei de Arthur e passei uma de minhas mãos pelo seu pescoço indo de encontro com sua nuca. Aproximei nossos corpos e colei nossas testas. Sorri para o garoto que retribuiu e juntei nossos lábios iniciando um beijo.

— Você não perde tempo, não é mesmo Arthur? — encaramos o dono da voz

— O que você tá fazendo aqui? — cruzo os braços

— Eu vim para terminar aquela conversa que começamos. — Carl diz se aproximando — Mas esse garoto fica parecendo chiclete quando você tá aqui. E ainda tem a cara de pau de te beijar.

— Eu beijei ele.

— O que?

— Ally, você não deve explicações pra ele. Esse idiota te traiu com a Ed. — Arthur disse me puxando para trás

— Ally, podemos conversar longe desse idiota? — Carl diz me puxando pelo outro braço

— Ela não vai com você! — Arthur me puxa mais uma vez

— CHEGA! — me soltei dos dois — Não decidam por mim como se eu não tivesse escolha. Eu faço o que eu quiser!

— Ally, a gente precisa conversar... — Carl tomba a cabeça para o lado

— Você não tem que ir...

— Eu já disse que chega! Carl está tarde, eu quero dormir. Amanhã a gente conversa.

— Ally...

— Boa noite, meninos!

•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora