Paramos o beijo por falta de ar e ficamos alí, nos encarando. Ainda era confuso. Estávamos namorando? Não quero perguntar isso agora.
— Carl você... – Rick diz e entra de uma vez no quarto nos fazendo ter um mine ataque de pânico – O que está acontecendo aqui? – ele nos olha confuso
— N-nada... E-eu... Vim acordar a Ally... – Carl diz gaguejando – J-já, já vamos descer...
Rick nos encara com um olhar desconfiado, observa Carl por alguns segundos e vira as costas.
— Vou sair com o Morgan, vamos enterrar o Pete fora daqui. – Rick diz se afastando
Carl me olha ainda assustado, mas depois nós dois começamos a rir.
— Vem, vamos comer algo. Depois eu te levo na casa da Deanna. – Carl diz segurando minha mão e me puxando para baixo
— Olha só quem está namorando, Judith! – Michonne diz para a bebê que se encontrava sentada a mesa, enquanto nós dois decíamos as escadas
— Não enche, Michonne! – Carl diz enquanto seu rosto corava
O mesmo se soltou da minha mão e eu o encarei. Afinal... Estamos ou não namorando?
— Vai ficar aí em pé, Allyce? – Michonne diz me olhando
— Vou ver a Deanna. – respondo encarando Carl
— Eu te levo lá, come alguma coisa primeiro... – ele diz armando a sobrancelha
— Eu vou ficar bem, Grimes... – digo e ando indo em direção a porta
— Ally... O que foi? – Carl me segue, me encarando confuso
— Nada... É vergonha pra você estarmos juntos? – digo o encarando séria
— Não é isso... Eu nunca namorei antes... – ele diz e suspira – Isso é tudo muito novo pra mim, Ally... Assim como os sentimentos que tenho por você. Eu ainda estou confuso.
— Ótimo. Quando souber o que quer da vida me procure... – digo me soltando de sua mão e saíndo
Comecei a andar até a casa de Deanna e vi muitas pessoas assustadas, confusas... O clima por aqui é outro. Bato na porta e em alguns segundos ela é aberta.
— Olá, Spencer... – digo encarando o mesmo – A Deanna...
— Entra... – ele diz me interrompendo · Minha mãe está lá em cima!
Assenti com a cabeça e entrei. Subi as escadas até o quarto de Deanna, e a porta se encontrava aberta.
— Deanna... – digo e sinto meus olhos ficarem marejados
— Allyce... Olá, querida... – ela diz e força um sorriso – Onde você estava?
— Eu dormi na casa do Rick. Eu sei que é tolice perguntar mas... Você está bem? – digo forçando um sorriso, segurando as lágrimas
— Vou ficar, Ally... – ela responde e caminha até mim – Vamos comer algo. Tenho um dia longo pela frente.
— Claro... – digo e nós descemos às escadas
Tomamos nosso café e eu a ajudei arrumar a cozinha. Conversamos bastante, e eu consegui conter minhas lágrimas. Da pra sentir a tristeza dela apenas de ver seus olhos.
Contei a ela sobre meu passado, falei sobre meus pais, meus irmãos, tudo. Falei sobre Carl, sobre o que eu estava sentindo e ela me disse algumas coisas sobre sentimentos. Me deu conselhos e me confortou sobre os assuntos do Grimes. Eu amei ter passado esse tempo com ela.— Bom, o papo estava ótimo mas... Tenho alguns assuntos para resolver agora... – Deanna diz e se levanta
— Está bem... Obrigada Deanna... Foi ótimo passar esse tempo com você. – digo me levantando também
Deanna me acompanhou até a porta e então eu me despedi, porém algo me chamou a atenção.
— Rick chegou... – digo e Deanna sai para fora
— Deanna! – Rick diz correndo em nossa direção – Preciso de uma reunião com todos!
— Do que se trata? – Deanna questiona
— Falamos sobre isso na reunião. Deanna, o assunto é urgente! – Rick diz e sai correndo
Deanna e eu ficamos nos encarando confusas, então ela foi atrás do pessoal e eu... Bom... Não tinha nada para fazer então fui andar até a hora da reunião. Ia passando perto do lago e vi Carl. Ele não estava sozinho, estava com a Enid.
Olhei para o lado e vi Ron os observando, voltei minha atenção para os dois e vi Enid colocar sua mão sobre a mão de Carl.
Isso foi o suficiente pra mim. Viro as costas e começo a andar. Acho que entendi o porquê de Carl está confuso sobre nós. Tem a Enid no meio.— Ally... – ouço a voz rouca de Ron e paro de andar – Você está bem?
— Não... – respondo – E você?
— Não muito. Mas não é só por causa daquilo... – ele responde e encara o chão
– Sinto muito pelo seu pai. – digo e o encaro – Sinto muito por aquela cena alí atrás.
Ele me olha e força um sorriso... Eu acabo por forçar um também...
— Você acha que os dois... – ele diz e para – Esquece...
— Acho que não... Bem... Talvez eles se gostem... – digo encarando o chão
— Se é isso que ela quer... – ele diz também de cabeça baixa
Suspiro me sentando no meio fio. Eu tinha ódio, mais queria tanto chorar. Mas eu não faria isso na frente de qualquer um, precisava de alguém.
— Eu preciso ver o Daryl, vou procurar ele. Depois nos falamos. – digo e saio andando
Acabo por vê-lo no portão junto com outras pessoas. Me aproximo e ele me encara percebendo minha presença.
— Bem... Pode ficar aqui agora? – ele diz para a mulher que estava com ele, acho que se chama Rosita
— Posso sim... – ela responde tomando frente
— E aí, pirralha! – ele diz se aproximando – Onde está sua sombra?
— Precisava ver você... – digo tentando conter as lágrimas
— Vem! – ele diz me puxando para sei lá onde – Quer me dizer o que aconteceu?
— Tudo, Daryl! Minha vida... Tudo é uma droga! – digo enquanto sou levada para ainda não sei onde
— Eu sei, tudo é uma baita de uma merda. Mas se estamos vivos, e porque quisemos estar vivos. – ele diz ainda andando
— Carl hoje cedo me disse que gostava de mim, me beijou mas... Depois estava confuso. Agora está lá, com a Enid. – digo com voz de choro
— Então seu problema é o Carl? Bem... Os garotos são meio confusos! – Daryl começa a dizer mais eu o corto
— Espera... Você dando conselhos? – digo parando – Isso é estranho... Posso só chorar no seu ombro?
— E me molhar com suas lágrimas salgadas? – ele diz e eu faço cara de cachorro sem dono – Está bem... Quer chorar... Deita aqui e chora! – ele diz sentando no meio fio
Sento ao seu lado e apoio minha cabeça em seu ombro. Deixo tudo sair. Desde as lágrimas que deveriam sair e as que não deviam. Ele permaneceu em silêncio enquanto eu desabava em lágrimas.
— Seu signo é câncer? – ele perguntou enquanto eu enxugava as lágrimas
— É. Por que? – respondo e o encaro
— Tá explicado....
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•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]
Ficção AdolescenteJá se perguntou como que tudo vai acabar? Quando vai acabar? Eu sobreviveria ao fim do mundo? Eu seria forte o suficiente? Muitas vezes nos pegamos pensando sobre isso. Eu pensava muito sobre isso, e agora, aconteceu. Meus vizinhos agora não são mai...