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Tudo parecia tão inocente, era como se aquilo tivesse se tornado "normal". Carl realmente me transmitia segurança, mas eu sei que do pior ele não pode me proteger. Uma hora ou outra eu sei que Negan encontrará Alexandria e irá tentar tomar esse lugar. Se eu estiver aqui, não será muito bom. Eu posso arruinar a vida dessas pessoas. Se Negan for exatamente como Allison o descreveu, eu estou colocando todas essas pessoas em risco sem querer.

— No que está pensando? — ouço a voz de Carl e saio de meu transe

— Não estava pensando em nada. — respondo

— Conheço muito bem você para saber que estava em um de seus transes. — ele diz e força um sorriso

— Eu só estava pensando se estão bem... Nossos amigos lá de fora...

— Eles estão bem sim, eu tenho certeza... — ele sorri. — Mas... Se tiver algo mais para me contar, pode dizer Ally...

— Não quero dizer nada. — na verdade quero sim, só não posso — O que vamos fazer hoje? — digo mudando de assunto

— Eu não sei. — ele responde desanimado — Queria tanto poder te levar à um cinema, ou ao parque como os outros casais costumavam fazer. Mas agora ficou meio difícil.

— É... Acho que isso não será possível. — sorri de canto o encarando — Mas o que importa é estarmos juntos, certo? — digo e ele assente com a cabeça — Podemos observar as estrelas da varanda...

— Ótima ideia. — ele sorri e me deposita um beijo na testa — Vou ver se Judith ainda está acordada. — ele diz e sobe a escada

Esperei por um tempo até que vi os dois aparecerem descendo as escadas, e como sempre, Judith me matando com sua fofa presença.

— Eu acho que alguém quer atrapalhar nosso momento juntos. — Carl diz encarando a pequena

— Nada disso... Ela quer que a cunhadinha mais legal coloque ela para dormir... — digo tirando ela de seus braços — Vai pegar alguns cobertores para nós que vou fazer ela dormir.

— Sim senhora! — ele diz e sobe novamente as escadas

— Vamos dormir agora, senhorita Judith Grimes? — sorrio para a nenê e logo ela retribui o sorriso me fazendo derreter — Tenha pena da sua cunhada Judith, ela não é a prova de fofura.

Coloco ela deitada em meus braços e começo a cantar uma canção de ninar que minha mãe costumava cantar para mim quando eu era menor. Vejo Carl parado no meio da sala me olhando como se eu estivesse em um programa e ele fosse o jurado. Ignorei o mesmo e foquei na minha missão de colocar Judith para dormir, e a minha canção parecia funcionar pois a menor já estava calma e com um olhar sonolento. Logo vi seus olhos se fecharem, e uma de suas mãos tocaram o meu rosto e logo se encaixou em seu peito.

— Boa noite, pequena... — sorri para a mesma e então encarei Carl que estava sorrindo

Ele pegou ela de meus braços e a levou para o quarto, e logo ele já estava de volta.

— Não sabia que você cantava... — ele diz pegando a coberta da mesinha

— Agora sabe. Se precisar de mim para te fazer dormir, estou a disposição. — digo encaixando meu braço no seu

— Pode deixar, vou te chamar todas as noites. Você é muito boa nisso... Porque não apareceu antes?

— Eu estava por aí... — digo caminhando para fora

Sentamos na escada da varanda, e ele jogou a coberta sobre nós dois entrelaçando nossas mãos. Encostei minha cabeça em seu ombro e encarei o céu, que estava lindo e repleto de estrelas.

— Mais lindo que esse céu só o sorriso da minha namorada mesmo. — Carl diz e eu o encaro de canto sorrindo — Eu amo você, Allyce...

— Eu também amo você, Carl.

•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora