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Passamos o dia brincando de várias brincadeiras que Sam e Allison nos obrigava a brincar. Estávamos em pique esconde, e Sam era quem contava. Corri para detrás de uma árvore e ouvi um "psiu" atrás de mim. Me virei e vi Arthur atrás de outra árvore. Fui até o garoto e nos sentamos na grama.

— O que aquele idiota disse? — ele diz baixo

— Só besteira...

— Você ainda gosta dele, não é?

— Se eu disser que sim vai ficar chateado?

— Ally, você me beijou ontem. Não tem como eu ficar chateado com mais nada. — sorri com o comentário de Arthur

— Okay. Eu não gosto dele, eu amo ele. Entende? O problema é, eu não quero mais sentir isso. Carl não merece tudo o que sinto por ele. Sabe, eu esperava que ele fosse estar do meu lado como eu estive pra ele, mas eu me enganei. Carl ama a Enid.

— Entendo você, Allyce... — ele diz e segura minha mão — E... Eu não estou pedindo pra você me amar. Eu só queria que me desse uma chance de te ajudar a esquecer ele. Eu sei que você ainda ama o idiota do Grimes, e seria egoísmo da minha parte não entender. Mas eu quero o seu bem. Eu não aguento mais ver você triste por causa desse babaca.

Encarei os olhos verdes de Arthur e lancei um sorriso sincero para o mesmo. Aproximei nossos rostos e toquei meus lábios nos seus, iniciando um beijo calmo. Arthur apertou mais sua mão na minha e paramos o beijo por falta de ar. Olhei para ele que ainda sorria e o beijei de novo mais ferozmente.

— Achei o Arthur e a minha mãe se beijando atrás da árvore. Eu não disse pra você ficar longe dela? — Sam grita nos assustando

— Sam, fala baixo. — digo e Arthur me ajuda a levantar

Saímos de trás da árvore ainda de mãos dadas e Lia, Melanie, Allison, Tommy e Carl nos encarava confusos. Eu vi o sorriso de Carl, sumir e o mesmo deu as costas correndo para algum lugar. Me soltei de Arthur e por impulso corri atrás de Carl. Carl parou perto do lago se jogando sentado na grama e jogando seu chapéu no chão. O que eu estou fazendo aqui?

— Por que veio atrás de mim? — ele diz sem me olhar

— Eu não sei, eu só vim. — digo e então me sento ao lado dele — Por que saiu correndo?

— Ciúmes... — Carl disse e eu não contive os risos — Qual é, Allyce! — Carl disse e parecia nervoso

— Para de fingir que se importa se eu estou com outra pessoa, Carl. Você me odeia tanto assim que quer de todas as formas me fazer acreditar nos seus sentimentos? Carl, acredite, não tem dor maior do que ver a pessoa que você ama com alguém que não seja você. Então já deu, você já me machucou o bastante.

— Eu acabei de sentir essa dor, Allyce. E eu não pensei que machucava tanto. Me desculpe.

— Você é mais falso do que nota de três reais.

Tentei levantar, porém Carl me segurou me fazendo cair por cima dele. Seus olhos foram de encontro com o meu e meu coração já batia descontrolado. Carl se aproximou tentando me beijar porém eu me afastei.

— Não faça isso!

— Eu preciso!

Foi então que os lábios de Carl colaram com os meus, depois de tanto tempo separados. Sua língua pediu passagem e eu concedi por costume. Sua mão na minha nuca impedia que eu me afastasse. Sua língua explorava cada canto da minha boca. Era um beijo desesperado, um beijo de saudade. Senti uma lágrima quente e solitária cair e então consegui me afastar de Carl.

— Nunca mais faça isso! Não chegue perto de mim! Eu te odeio, Carl Grimes! Eu odeio você!

Corri para longe dalí. Sem olhar para trás e tentando não pensar no que havia acabado de acontecer. Acabei esbarrando em alguém. Olhei para cima e vi Spencer.

— Allyce... Está tudo bem?

— Não, nada bem. — digo sentindo outras lágrimas caírem

— O que a gente faz quando tem uma adolescente chorando no meio da rua? — Spencer olha para os lados

— Eu cuido dela... — Arthur diz parando na minha frente

— Arth!

•ℓαѕт ∂αуѕ - тнє ωαℓкιиg ∂єα∂ [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora