Calmaria?

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Jimin on

Jungkook estava estranho hoje, meio atento de mais e pensativo também. Ficava olhando ao seu redor toda hora e parecia estar meio assustado. Devia ser só impressão minha, mas ele estava esquisito. Quando chegamos na sala de aula, ele estava inquieto. Começei a ficar preocupado. Eu ia levantar para ir ver o que ele tinha, quando a professora chegou. Ela sorria para a porta e chamava alguém.

- Turma, teremos um aluno novo na nossa sala, por favor cuidem bem dele.

Mas essa agora. Olhei para Jungkook ele ainda estava inquieto.

A professora chama mais uma vez o tal aluno e ele aparece; era um garoto quase da mesma altura que eu, de cabelos negros e uma cara meio bolachuda.

- Classe, gostaria de lhe apresentar nosso novo integrante, Min Yoongi.

Min Yoongi, que nome mais estranho. Mas dane-se, ele não me interessa.

Olhei para os lados e vi Jungkook e me assustei. Ele estava pálido, tremia e olhava fixo para o garoto novo. Tentei o chama, mas o mesmo não me respondeu. O garoto novo o olhava e lançou um sorriso assustador. Quando ia fazer alguma coisa, vi Jungkook levantando e saindo correndo desesperado para fora da sala. Todos ficaram assustados com o ato dele, a professora o gritava para que voltasse a sala. Olho para Taehyung e ele me olha assustado.
Não me contive e sai correndo atrás dele, não me importando com a professora me gritando.

Não conseguia o achar, olhava para os lados e nada. Até que avisto ele trombando com um garoto. Começo a correr na mesma direção que ele.

Por que ele está fugindo? O que houve com ele?

Por qual razão ele ficou pálido quando viu aquele garoto novo na sala?

Eu sabia que ele estava bem desesperado. Eu o conheço, não muito, mas sei quando está bem mal. Pela minhas suspeitas, ele não deve estar muito consciente. Não me importa!! Vou atrás dele aonde for. Quero conforta-lo, abraçá-lo e dizer que estou aqui para tudo. Não preciso de explicações no momento, apenas vê-lo bem.



Merda, o perdi de vista.



Comecei a caminhar de um lado para o outro, não sabia aonde ele podia estar. Tentei seguir linha reta, mas não achei nada. Então avistei algumas pessoas assustadas, suponho que ele tenha passado aqui. Corri em direção ao um inspetor e perguntei se ele tinha passado por ali e que direção tinha ido. Tive que dizer que estava lá por ordens da professora, se não ele não me daria as informações.
Quando disse tudo, sai correndo a procura de meu amado.

Eu estava visivelmente preocupado. Corri bastante, até que aviste o banheiro antigo da escola. Era um lugar bem afastado, não era lá um lugar bonito. Ele tinha cido abandonado, pois tinha má infiltração e outros problemas mais graves. Deu um leve sorriso ao lembrar das pessoas contando que o banheiro tinha cido fechado por ter fantasmas.

Essa gente inventa cada merda, vô fala pra você.

Adentrei com cuidado no local. Estava bem feio, bem mais do que eu me lembrava. Todo sujo e empoeirado, pintora horriveis e etc. Achei meio impossível Jungkook está ali, até que escuto um choro. Andei rápido até aonde se ouvia e tive a pior visão.

Jungkook estava no chão do banheiro, visivelmente detonado por tanto chorar e correr. E o pior, estava segurando um vidro quebrado do espelho, nas mãos, perto do seu braço direito e estava prestes a se cortar.

Sai correndo e segurei o seu braço, impedindo que se corta-se. Ele me olhou e disse meu nome. Eu sorri e o abracei.

- Não faça isso! Só de te ver assim já me dói. - Suspirei. - Eu estou aqui amor, e sempre estarei aqui.


Ele então se desmanchou em lágrimas em meios braços.

Eu não podia fazer nada, além de estar alí e o consolar. Pergunta o que houve? Eu iria sim, mas não agora. Iria deixar ele colocar tudo pra fora e se acalmar.




E foi isso que aconteceu. Ele ficou ali, chorando nos meus braços por muito tempo. Não pude me controlar, e lágrimas começaram a descer em meu rosto. Ver a pessoa que você ama desse jeito, é horrível.

Ele ficou em silêncio, não se ouvia mais o seu choro. Eu iria levantá-lo para ver se estava bem ou se havia adormecido, mas ele fez isso primeiro. Me assustei quando senti seus lábios nos meus.
Era um beijos calmo e triste. Sua boca estava molhada e salgada de lágrimas, me afastei dele e lhe dei um último abraço.

- Quer me contar agora o que houve pra você sair correndo e quase se corta assim? - Digo calmo, não queria que ele soubesse que estava nervoso por ele ter feito isso. Talvez, depois.

- É ele Minie, ele voltou. - Disse ainda em meus braços e olhando para frente.

- Ele quem? - Estava confuso.


- O cara que destrui minha vida social.

- Você ta falando de-


- Lembra quando eu te contei o motivo de eu não confiar em você. Quando disse que teve um garoto que era meu melhor amigo e do nada, me humilhou. - Disse segurando meu braço com força. Deduzo que agora ele esteja com raiva, não o culpo. Comecei a fazer um cafuné em seus cabelos para que se acalma-se. Ele foi soltando o aperto ao poucos.

- Min Yoongi é o garoto que te humilhou. - Ele acenou com a cabeça. - Não acredito, eu vou acabar com a raça dele. - Disse quase levantando, quando Jungkook me puxou e me fez olhar em seus olhos.

- Não, não faça isso. É algo meu, não quero que atrapalhe. Se tem alguém pra resolver isso, esse alguém sou eu. Mas, não agora e nem hoje. Foi um choque pra mim, preciso recuperar minha consciência e me acalmar. E quero que você fique comigo. - Ele diz me abraçando. Agora eu estava em seus braços. Concordei com a cabeça e fiquei alí.






Ficamos naquela posição, curtindo um ao outro por um tempo.



Até que eu me levanto e o chamo para vir comigo.

- Vamos embora. - Peguei em sua mão e beijei sua bochecha.

- Pra onde? - Disse confuso e corado pela surpresa.

- Pra sua casa. Não é bom você ficar aqui com aquele cara. Como você mesmo disse, precisa se acalmar e aqui nunca foi um lugar bom pra se acalmar. - Disse lhe dando o meu melhor sorriso.

- Tudo bem, mas como vamos? Todos devem estar nos procurando, e se nos pegarem, vamos levar suspenção ou ser expulsos. - Disse meio preocupado.

- E você se importa?

- Não, mas estou preocupado com você. Por que sei que sua mãe iria te matar por isso e matar a mim também. - Eu ri de sua cara.

- Calma criança, eu explico pra ela depois, ela vai entender. E acho que não estão tão preocupados assim com a gente, no máximo vão avisar a direção que saimos da sala de aula. Eu mando uma pro Tae, a moça da enfermagem é nossa amiga, ela vai nos ajudar e sair dessa, não se preocupa. - Ele riu e passou o braço em meu ombro e me trouxe para perto de sí, me beijando logo em seguida.

Quem nos olha-se não diria que ele estava chorando desesperado e eu estava o consolando.

Fomos de fininho para um dos lugares abandonados, pulamos com a ajuda um do outro e saimos correndo antes que alguém nos visse.



Saimos rindo de lá e correndo feito loucos.





Adoro isso.



Mas, aposto que essa é a calmaria antes da tormenta.





Continua...



Amo vocês

Beijos na bunda  ̄ 3 ̄

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