Um quase fim...

1.2K 107 6
                                    

Depois de muitas guerras de água e algumas lutas voltamos para a areia. Eu me atirei e ele fez o mesmo. Água cansa! Já estava quase escurecendo, mas o sol ainda estava bem alto. Eu adorava isso. Fiquei encarando as ondas que chegavam mais perto de nós conforme a maré subia.

- Cass...- Christopher me olhou.

- Oi. – Falei e encarei ele. Ele estava com aquele olhar. O que me fez ter medo do que viria a seguir. O silêncio tomou conta de nós o que foi extremamente horrível. – Fala...

- Eu sei que você disse que não poderia me prometer nada. – Começou. Ai não! – Mas eu fiquei pensando e se nós tentarmos algo? – Ele disse baixo. Eu o olhei e fechei os olhos. Eu imaginei que isso fosse acontecer. Deixamos ir longe demais.

- Ai Christopher. Eu...eu não sei se posso continuar com isso. – Falei. Eu tinha que ser sincera com ele. – Não posso fazer algo e acabar iludindo você no fim. Por isso eu te falei aquele dia que você veio, eu estava confusa e me deixei levar e agora estamos aqui tendo essa conversa estranha...

- Pois é. – Encarou o mar. – Eu te entendo. Só achei que pudesse ter um resultado diferente...

- Se você tivesse vindo alguns dias mais cedo...

- É. – Ele me olhou e ficou naquela. – Cass você está afim de outro? – Senti meu rosto esquentar, foi como se eu tivesse sido pega no flagra. O que eu iria responder? Tentei bolar algo estratégico, mas não rolou.

- De onde tirou isso? – Foi o melhor que pude fazer.

- Apenas deduzi. – Riu. – É o Justin? O Noah? O Sebastian? – Pediu falando o nome de alguns dos nossos colegas.

- Eca! Não...só disse pessoas ruins.

- Christopher! É esse né. – Rimos.

- Viu ó, por isso eu não queria que fosse longe demais. Eu gosto de você. – Falei abraçando ele.

- Quem não gosta? – Riu. Ficamos abraçados durante um tempo, quando nos afastamos nos beijamos. Tinha gosto de sal e de algas. O beijo estava muito interessante, segurei firme a nuca dele, já que estávamos sentados não tinha perigo de nós cairmos no chão. Me distraí com os seus cabelos e ele com meu pescoço. Dei um pulo quando senti uma mordida de leve, fiz nós dois nos batermos.

- Ai Christopher. – Falei esfregando meu pescoço.

- Opa. – Riu. – Desculpe. – Passou a mão nos cabelos.

- Isso vai ficar roxo!

- Acho que não. – Falou. – Eu só tenho mais uma pergunta, isso significa que...

- Eu não sei. – Ri. – Acho que ficamos na mesma, como nos outros dias.

- Jura? – Pediu sorrindo.

- Juro. – Falei. Dito isso ele me beija de novo, uma onda pequena chegou até nós fazendo com que nos separássemos. Começamos a rir, como foi que a maré subiu tão rápido? Christopher me levou de volta para a casa de Erick. Quando entramos demos de cara com ele e Joel. Nenhum sinal das nossas mães. Ótimo, rodeada de testosterona...

- Ei casal. – Joel acenou.

- Gostei da frase. – Christopher sorriu.

- Para de se achar garoto. – Falei cutucando suas costelas.

- Cass o que é isso? – Ele apontou para meu pescoço. – Não acredito. – Ele levantou do sofá e veio verificar meu pescoço. – Mancha bonita. – Riu.

- SAI DAQUI. – Empurrei ele de leve.

- Uh, vocês dois estão com tudo! – Joel falou.

- Não começa. – Christopher revirou os olhos.

- O que faz aqui? – Mudei de assunto.

- Erick me disse quem é a garota.

- Sério? Quem é? – Christopher pediu.

- Cassie. - Apontou para mim. Nessa hora Erick arregalou os olhos, eu olhei para ele e Christopher ficou encarando Joel. – Mentira gente, só pra tirar vocês. – Riu. – O que foi, vocês três estão estranhos...

- Você fala com tanta naturalidade que parece verdade. – Christopher olhou para mim.

- Verdade, você podia ser ator. – Falei rindo.

- Joel só fala merda. – Erick disse do outro canto da sala.

- Que nada. – Ele mostrou a língua.

- Bom enquanto vocês ficam papeando eu vou tomar um banho. – Fui subindo as escadas.

- Se quiser ficar ainda...- Erick falou para Christopher. – Recomendo a você usar o banheiro dos fundos, você sabe onde é e se quiser algo limpo...

- Beleza. – Sorriu. – Mas desta vez eu passo, meus pais estão me esperando. – Fez careta.

- Você que sabe. – Deu de ombros.

- Tchau Cass. – Acenou para mim.

- Até segunda. – Sorri. Dei meia volta e subi para o quarto. Peguei roupas limpas e corri para o banheiro. Meu cabelo estava cheio de nó, graças a água salgada. Parecia que eu tinha areia mesmo já estando bem limpa. Depois que saí penteei meus cabelos e fui em direção a sala. Os dois falavam sobre alguma coisa e quando cheguei pararam no mesmo instante. Fiquei encarando os dois.

- Falavam de mim? – Pedi.

- Não. – Os dois se olharam.

- Pensei em fazer pipoca, querem?

- Pode ser. – Erick disse.

- Maravilha, finalmente alguém vai fazer algo para comer....Erick não dá nada. – Riu.

- Que feio Erick...- Balancei a cabeça. Decidi fazer uma doce e a outra salgada. Quando elas ficaram prontas depositei elas em bacias separadas e fui para a sala. Me sentei no meio dos dois. – Pronto.

- Viva. – Erick riu.

- Cass é a salvação. – Os dois pegaram um punhado de pipoca e assim fiz também. Ficamos conversando sobre coisas nada a ver até que uma hora alguém jogou uma pipoca na minha cara.

- Quem foi? – Olhei para os dois. – Vamos! Falem. – Encarei Joel e ele começou a rir. – Eu sabia que foi você! – Joguei uma nele também.

- Quem disse que foi ele? – Erick pediu. Ele jogou uma na minha testa.

- Foi você. – Semicerrei os olhos. – Ah não, isso é muito feio. – Joguei quatro pipocas nele.

- Guerra de pipoca! – Joel pegou um monte e jogou em nós dois. Erick e eu fizemos um complô contra Joel. Começamos a correr atrás dele com as pipocas. Tudo estava indo muito bem até eu tropeçar no pé do Erick, o resultado? Nós dois no chão. Por sorte eu caí em cima de algo fofo, no caso ele. Encarei Erick que estava com o rosto a centímetros do meu, ficamos nos encarando e esquecemos de Joel ali. Ele limpou a garganta tirando nós dois dos pensamentos. – Vocês estão bem?

- Sim, Erick amorteceu minha queda. – Ri. Joel estendeu a mão para mim. – Obrigada...

- Já eu não digo o mesmo. – Fez uma careta. – Mas irei sobreviver...

- Acho melhor nós limparmos a sujeira antes que sua mãe chegue...- Joel riu.

- Também acho.

Volverte a VerOnde histórias criam vida. Descubra agora