Os dias foram passando rápido. Eu me impressionei com muitas coisas. Eu tinha certo receio do que me esperava depois da escola. Sentiria falta de toda a rotina de levantar cedo e ver sempre as mesmas pessoas ao meu redor. Mas as coisas seguem então...
Meus pais foram no mercado e eu resolvi assistir tv. Claro que demorou para eu encontrar algo que me agradasse. É sempre assim! O meu programa favorito não dá nos Domingos então tenho que me conformar com isso. Ouço um barulho na porta e dou um pulo no sofá. Já chegaram? Fico espiando para ver quem é, então meus olhos esbarram em olhos verdes.
- Ei! Está invadindo minha casa? – Pedi rindo.
- Na verdade eu sei onde fica a chave. – Ele mostrou a pequena chave da porta de casa. – Para emergências...
- E qual é a emergência? – Parei na sua frente. Erick fechou a porta e então pousou suas mãos em minha cintura. Fiquei encarando seus olhos e então selei nossos lábios. Parece que alguém tomou café recentemente...sorri ao sentir o sabor de café. E para ele saber que eu havia aprovado dei uma mordida em seu lábio inferior.
Erick foi me empurrando para a sala, já que estávamos na frente da porta. Senti o sofá atrás de mim e tentei me apoiar nele, mas foi em vão. Nós dois caímos em cima dele. Começamos a rir, o peso de Erick estava todo em cima de mim.
- Ei você é pesado. – Falei perto de sua orelha.
- Eu nem estou em cima de você. Estou me apoiando aqui ó. – Indicou. Ele se soltou e então se apoiou em mim. – Agora estou em cima de você.
- Meu deus! – Ri. – Saí daí. – Tentei o empurrar.
- Se eu cair você vai ver. – Me olhou malicioso. Continuei o empurrando e para me provocar ele se jogou no chão e me levou junto com ele. Dessa vez eu caí em cima dele. – Muito melhor...
- Ei! – Bati em seu ombro. – Garotos. – Revirei os olhos.
- Garotas só reclamam. – Falou rindo. Fiz cara de indignada e então demos um beijo rápido. A porta se abriu e ouvi meus pais conversando. Senti meu rosto esquentar. Congelei. Não conseguia me mexer. A sorte era que o sofá nos tapava por enquanto. Saí de cima dele e me sentei no chão me segurando para não rir. Erick passou a mão nos cabelos e sentou ao meu lado. Suas pupilas estavam muito dilatadas.
-Erick? – Minha mão nos notou.
- Oi. – Sorriu. – Como vão? – Meu pai surgiu da cozinha.
- Bem, o que faz aqui querido? – Perguntou ela.
Erick me deu uma olhada como se estivesse me pedindo ajuda. Eu não fazia a menor ideia do que poderia responder. Comecei a rir, não consegui me controlar. Meus pais não estavam entendendo nada.
- Cassie o que foi? – Meu pai pediu.
- Eu...não...esquece. – Falei.
- Erick está tudo bem?
- Sim. Tudo ótimo. – Falou sorrindo. Ele passou o braço ao redor de mim e eu me ajeitei perto dele. Foi um gesto tão rápido que só depois me dei conta que meus pais estavam na nossa frente. Dei aquela olhada para Erick e sorri bem sem jeito.
- Hum tem algo aí? – Minha mãe pediu.
- Mãe! – Exclamei.
- Erick hum...- Meu pai pareceu pensar.
- Ai deus...que vergonha. – Falei balançando a cabeça.
- Que isso. – Erick riu. – E aí sogrão...
- Ah não me venha com essa. – Meu pai falou.
- Erick! – O encarei.
- Sempre soube que tinha algo aí...- Minha mãe sorriu.
- Vocês não têm que fazer o almoço não? – Pedi me levantando, Erick fez o mesmo.
- Bom vamos deixá-los a sós querido. – Minha mãe empurrou meu pai até a cozinha.
- Sogrão? – Pedi a Erick quando meus pais saíram da sala.
- É. – Riu. – Vai dizer que não é verdade?
- Eu não ganhei nenhum pedido de namoro ainda. – Falei colocando as mãos na minha cintura.
- Touche! – Riu. – Nada impede. – Ele se aproximou de mim e pegou minha mão e me levou até a porta. Fiquei pensando no que poderia acontecer a seguir. Eu não estava falando sério. Erick me levou para os fundos da casa dele, lá estava seu violão e um buquê de rosas. Ele foi até seu violão e o pegou. Me sentei na grama e ele se sentou na minha frente. Os acordes invadiram meus ouvidos. Sorri para ele que me retribuiu.
Dime tú, como hago para captar tu atención
Sé muy bien, que en el pasado
Te han roto el corazónAbrázame fuerte y no tengas miedo amor
Déjame explicarteQuiero ser el que llena de felicidad
Cada espacio de soledad
Déjame ser tu luzA voz dele era tão linda...eu fiquei impressionada, não achei que eu receberia uma serenata. Fiquei apaixonada pela música. Ah meus sentimentos estão a flor da pele. No fim da música pude sentir um olho na minha lágrima. Erick se levantou e pegou o buquê de rosas me levantei também e então peguei elas de sua mão.
Erick colocou a mão no bolso e dele tirou uma pequena caixinha preta. Ele se ajoelhou na minha frente e pegou a minha mão. Ele abriu a caixa e dentro dela tinha um pequeno anel prateado.
- Cassie você aceita ser minha namorada? – Sorriu.
- Meu deus que louco tudo isso. – Falei. – Claro que aceito. – Ele colocou o anel no meu dedo e se levantou em seguida me beijou. Ouvimos palmas ao fundo e então nos separamos. Vi Alisson e meus pais sorrindo.
Eu não esperava aquilo. Fiquei muito surpresa, mas eu gostei. Foi algo bem a cara do Erick. Tudo combinou perfeitamente. Ele escolheu o jeito certo, algo simples e romântico. Gosto dessas coisas. Erick viu que eu ainda estava usando o colar que ele tinha me dado no dia do meu aniversário e abriu um sorriso enorme. Encarei aqueles benditos olhos, sei que posso confiar nele, mesmo que tivemos um passado meio turbulento. Agora que estamos juntos nada nos separa.
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Volverte a Ver
FanfictionErick e Cassie com cinco anos de idade já diziam que eram namorados, mas uma briga boba por um urso de pelúcia acabou com tudo. A família de Erick se muda para Miami e assim os dois são separados. Mas os anos se passaram e agora Cassie nem lembra de...