Capítulo 27

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No dia seguinte, João saiu de casa com uma boa impressão do domingo. Como se tivesse feito a coisa certa. Pela primeira vez na vida, não se preocupou com que os outros iriam pensar, ou qual seria a consequência daquilo. Apenas se entregou a Ana e a sua maneira de viver.

As noitadas não tinham mais graça depois da viagem a Búzios, os amigos reclamaram dele mais de uma vez. O que contara a Ana era verdade, não transara com ninguém naquela semana, mas não quer dizer que não tivesse tido a oportunidade, apenas não quis.

Pensava em Ana, com muita frequência e agora pensaria ainda mais. Depois que conhecera o Matheus então... bem que ele poderia ser seu filho!

Parou ao pensar nisso, já no estacionamento da empresa. O que o assustou mais foi que a ideia não lhe pareceu estranha, não lhe causou desconforto. Logo ele, que correria de mulheres que tinham filhos e falava que não queria ser pai. Logo ele que...

- Bom dia, Seu João -cumprimentou Marta, situando-o na realidade.

- Bom dia - seu sorriso era grande demais, para uma segunda feira, mas Marta não podia comentar.

- O senhor Oliveira ligou - a secretária o seguiu até a sala, e entregou o papel. - Também, o senhor Felipe e dona Joana.

- Joana ligou? - ele franziu a testa. - Quando?

- Há dez minutos.

- Certo. Vou ligar para ela primeiro. Me confirme a reunião das dez horas e o almoço com Felipe. - Marta assentiu e saiu da sala. João pegou o telefone e ligou para a irmã.

- Alô - quem atendeu foi Leandro.

- Oi Leandro. É João. Minha irmã me ligou - João foi seco, realmente não gostava do cunhado.

- Oi João. Vou chamá-la. Antes disso, como está Antônio?

Leandro sabia o que pensavam dele, porém não ligava. Quando namorava Joana, esteve em uma festa e João o viu com uma menina. Desde dali, eles mudaram, tendo uma ideia é errada de Leandro. Realmente naquele dia, mas nunca mais o fez.

Claro que João contou para Joana, que o namorado pobre dela a traíra. Joana o defendeu de tal forma, que calou o pai e o irmão, e ganhou ainda mais a admiração dele. Para ela, eles não podiam falar nada, já que faziam coisas piores com as mulheres.

Leandro se casou e enriqueceu, mas trabalhou para isso também. Ao lado de Joana, quando os dois a deixaram, em São Paulo, sozinha. Agora, eles o suportavam.

- Está bem. Já em casa, mas ainda afastado do trabalho, para evitar o estresse. - enquanto João falava, verificava a caixa de e-mail.

- Entendo. Bom, qualquer coisa avise. Jo chegou aqui. Vou passar para ela.

- Oi João. - falou Joana, ao pegar o telefone.

- Você me ligou. - João suavizou a voz com a irmã.

- Sim. Quero saber ao certo quando e como será o evento.

- Claro. Será sábado agora, às 21h, no Copacabana Palace. Vocês virão?

- Só eu. Leandro vai resolver algumas coisas aqui. E eu sei como funciona esses eventos, não quero meu marido metido com aquelas meninas. - João revirou os olhos.

- Joana...

- Sei como é. Elas se atiram, em qualquer um que tem dinheiro. - Joana falou em tom de acusação.

João pensou em dizer que se fosse por isso, ela não teria que se preocupar com ele, já que o dinheiro era dela. Achou melhor não estragar o bom humor, brigando com a irmã.

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