No dia seguinte, João saiu de casa com uma boa impressão do domingo. Como se tivesse feito a coisa certa. Pela primeira vez na vida, não se preocupou com que os outros iriam pensar, ou qual seria a consequência daquilo. Apenas se entregou a Ana e a sua maneira de viver.
As noitadas não tinham mais graça depois da viagem a Búzios, os amigos reclamaram dele mais de uma vez. O que contara a Ana era verdade, não transara com ninguém naquela semana, mas não quer dizer que não tivesse tido a oportunidade, apenas não quis.
Pensava em Ana, com muita frequência e agora pensaria ainda mais. Depois que conhecera o Matheus então... bem que ele poderia ser seu filho!
Parou ao pensar nisso, já no estacionamento da empresa. O que o assustou mais foi que a ideia não lhe pareceu estranha, não lhe causou desconforto. Logo ele, que correria de mulheres que tinham filhos e falava que não queria ser pai. Logo ele que...
- Bom dia, Seu João -cumprimentou Marta, situando-o na realidade.
- Bom dia - seu sorriso era grande demais, para uma segunda feira, mas Marta não podia comentar.
- O senhor Oliveira ligou - a secretária o seguiu até a sala, e entregou o papel. - Também, o senhor Felipe e dona Joana.
- Joana ligou? - ele franziu a testa. - Quando?
- Há dez minutos.
- Certo. Vou ligar para ela primeiro. Me confirme a reunião das dez horas e o almoço com Felipe. - Marta assentiu e saiu da sala. João pegou o telefone e ligou para a irmã.
- Alô - quem atendeu foi Leandro.
- Oi Leandro. É João. Minha irmã me ligou - João foi seco, realmente não gostava do cunhado.
- Oi João. Vou chamá-la. Antes disso, como está Antônio?
Leandro sabia o que pensavam dele, porém não ligava. Quando namorava Joana, esteve em uma festa e João o viu com uma menina. Desde dali, eles mudaram, tendo uma ideia é errada de Leandro. Realmente naquele dia, mas nunca mais o fez.
Claro que João contou para Joana, que o namorado pobre dela a traíra. Joana o defendeu de tal forma, que calou o pai e o irmão, e ganhou ainda mais a admiração dele. Para ela, eles não podiam falar nada, já que faziam coisas piores com as mulheres.
Leandro se casou e enriqueceu, mas trabalhou para isso também. Ao lado de Joana, quando os dois a deixaram, em São Paulo, sozinha. Agora, eles o suportavam.
- Está bem. Já em casa, mas ainda afastado do trabalho, para evitar o estresse. - enquanto João falava, verificava a caixa de e-mail.
- Entendo. Bom, qualquer coisa avise. Jo chegou aqui. Vou passar para ela.
- Oi João. - falou Joana, ao pegar o telefone.
- Você me ligou. - João suavizou a voz com a irmã.
- Sim. Quero saber ao certo quando e como será o evento.
- Claro. Será sábado agora, às 21h, no Copacabana Palace. Vocês virão?
- Só eu. Leandro vai resolver algumas coisas aqui. E eu sei como funciona esses eventos, não quero meu marido metido com aquelas meninas. - João revirou os olhos.
- Joana...
- Sei como é. Elas se atiram, em qualquer um que tem dinheiro. - Joana falou em tom de acusação.
João pensou em dizer que se fosse por isso, ela não teria que se preocupar com ele, já que o dinheiro era dela. Achou melhor não estragar o bom humor, brigando com a irmã.
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Sonho Realizado
RomanceCapa de @RosieSenna Ana é uma mulher comum, mãe solteira e guerreira, que um dia se arrisca em um site de relacionamento. Sua vida muda ao conhecer Antônio, que além dos mimos, lhe dará oportunidades que antes nunca tivera. Mas tudo pode acontecer...