Capítulo 7

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Ana adorou a cama, mas levantou rápido para tomar um banho e o café da manhã. O que será que serviriam?

Estava com muita fome, normal quando se bebe no dia anterior. Olhou o celular, pois pedira a avó de Matheus para ligar quando o levasse. E como não viu nenhuma ligação entrou no banheiro.

Quando penteava o cabelo, uma batida forte na porta a assustou, ela travou com toda vez que se assustada. A batida repetiu. Passando o susto, ela se enrolou na toalha e saiu para ver quem era.

-Por que não passou a noite com meu pai? - João irrompeu quarto a dentro, e sentou na cama.

Ana levou um minuto para entender o que estava acontecendo. João lindo, um deus do Olimpo, sentado na cama confortável que ela acabara de acordar. Ela estava de toalha, porém já com as roupas de baixo e ele de blusa, bermuda e tênis. Ela piscou e fechou o semblante.

-Não tenho que responder nada a você. Sai daqui. - Ana disse com voz firme. João mostrou-se surpreso. Aí está um filhinho de papai que nunca ouvira um não na vida. - Eu tenho que me vestir.

-Eu quero saber o porquê. - Ele falou com a voz macia. Devia ser esse tom, que ele usava para seduzir as mulheres. Porque Ana quase amoleceu.

-Por que quer saber? Pergunte a ele? Agora saia, que vou me vestir. - Falou ela ríspida.

João foi rápido, fechou a porta que Ana segurava aberta, e encostou nela. Ela se viu entre as mãos deles e se espantou. Será que vai me agredir?

João olhou em seus olhos e viu o medo, suavizou a expressão, mas não mudou a posição. Estava perto demais, Ana pôde sentir o perfume de seu desodorante e ver seus olhos mel, a barba por fazer, no queixo bem desenhado. João sentiu a frescura pós-banho e seu perfume.

Delicioso. pensou ele. Teve que balançar a cabeça, porque estava encarando a boca de Ana e quase a beijou. Pare com isso seu idiota! Ela é do seu pai.

-Vou te explicar como funciona esse jogo, Ana. - Falou ele, ainda com voz macia, porém ameaçador.

-O quê? - Ana sussurrou, hipnotizada pela boca próxima dele, descendo o olhar para seu pescoço. Apenas um movimento, um gesto e sentiria o beijo daquela boca. Piscou para voltar a realidade. - O quê? - Falou firme dessa vez, encarando os seus olhos. João viu sua expressão desafiadora e sentiu tesão. Tesão?

-Quem dar as cartas é quem paga, quem tem o dinheiro. - João falou com a voz sedutora dessa vez, aproximou o rosto do dela sem perceber. Encostando a boca na dela.

Quando se deu conta, estava beijando aquela boca macia e carnuda, deslizando a mão em seu corpo.

A mente de Ana começou a processar aquelas palavras e Ana se enfureceu. Já havia deixado claro, para Antônio que não transaria por dinheiro. Agora teria que explicar ao grosso e lindo do seu filho?

Empurrou ele, mesmo gostando do beijo, porém sua raiva falava mais alto.

-Eu não fui paga para nada. Eu trabalho e tenho o meu dinheiro. - Sua voz saiu estridente. - Agora saia do meu quarto, seu grosso! - João ficou surpreso, não esperava aquela reação. Que mulher era aquela? Por que estava incomodado com ela?

-Ok, ok - falou ele retirando as mãos da porta. - Vamos começar de novo. Que tal você se vestir primeiro? - Falou ele calmo, usando todo o seu autocontrole.

-Era o que eu estava tentando fazer. - Ana deu as costas a ele e entrou no banheiro, batendo a porta.

Quando saiu, sua visão não o ajudou muito. Usando um short jeans, que mostrava suas pernas bonitas e uma blusa branca, quase transparente, que se via o sutiã, também branco.

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