Ana adorou a cama, mas levantou rápido para tomar um banho e o café da manhã. O que será que serviriam?
Estava com muita fome, normal quando se bebe no dia anterior. Olhou o celular, pois pedira a avó de Matheus para ligar quando o levasse. E como não viu nenhuma ligação entrou no banheiro.
Quando penteava o cabelo, uma batida forte na porta a assustou, ela travou com toda vez que se assustada. A batida repetiu. Passando o susto, ela se enrolou na toalha e saiu para ver quem era.
-Por que não passou a noite com meu pai? - João irrompeu quarto a dentro, e sentou na cama.
Ana levou um minuto para entender o que estava acontecendo. João lindo, um deus do Olimpo, sentado na cama confortável que ela acabara de acordar. Ela estava de toalha, porém já com as roupas de baixo e ele de blusa, bermuda e tênis. Ela piscou e fechou o semblante.
-Não tenho que responder nada a você. Sai daqui. - Ana disse com voz firme. João mostrou-se surpreso. Aí está um filhinho de papai que nunca ouvira um não na vida. - Eu tenho que me vestir.
-Eu quero saber o porquê. - Ele falou com a voz macia. Devia ser esse tom, que ele usava para seduzir as mulheres. Porque Ana quase amoleceu.
-Por que quer saber? Pergunte a ele? Agora saia, que vou me vestir. - Falou ela ríspida.
João foi rápido, fechou a porta que Ana segurava aberta, e encostou nela. Ela se viu entre as mãos deles e se espantou. Será que vai me agredir?
João olhou em seus olhos e viu o medo, suavizou a expressão, mas não mudou a posição. Estava perto demais, Ana pôde sentir o perfume de seu desodorante e ver seus olhos mel, a barba por fazer, no queixo bem desenhado. João sentiu a frescura pós-banho e seu perfume.
Delicioso. pensou ele. Teve que balançar a cabeça, porque estava encarando a boca de Ana e quase a beijou. Pare com isso seu idiota! Ela é do seu pai.
-Vou te explicar como funciona esse jogo, Ana. - Falou ele, ainda com voz macia, porém ameaçador.
-O quê? - Ana sussurrou, hipnotizada pela boca próxima dele, descendo o olhar para seu pescoço. Apenas um movimento, um gesto e sentiria o beijo daquela boca. Piscou para voltar a realidade. - O quê? - Falou firme dessa vez, encarando os seus olhos. João viu sua expressão desafiadora e sentiu tesão. Tesão?
-Quem dar as cartas é quem paga, quem tem o dinheiro. - João falou com a voz sedutora dessa vez, aproximou o rosto do dela sem perceber. Encostando a boca na dela.
Quando se deu conta, estava beijando aquela boca macia e carnuda, deslizando a mão em seu corpo.
A mente de Ana começou a processar aquelas palavras e Ana se enfureceu. Já havia deixado claro, para Antônio que não transaria por dinheiro. Agora teria que explicar ao grosso e lindo do seu filho?
Empurrou ele, mesmo gostando do beijo, porém sua raiva falava mais alto.
-Eu não fui paga para nada. Eu trabalho e tenho o meu dinheiro. - Sua voz saiu estridente. - Agora saia do meu quarto, seu grosso! - João ficou surpreso, não esperava aquela reação. Que mulher era aquela? Por que estava incomodado com ela?
-Ok, ok - falou ele retirando as mãos da porta. - Vamos começar de novo. Que tal você se vestir primeiro? - Falou ele calmo, usando todo o seu autocontrole.
-Era o que eu estava tentando fazer. - Ana deu as costas a ele e entrou no banheiro, batendo a porta.
Quando saiu, sua visão não o ajudou muito. Usando um short jeans, que mostrava suas pernas bonitas e uma blusa branca, quase transparente, que se via o sutiã, também branco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sonho Realizado
RomanceCapa de @RosieSenna Ana é uma mulher comum, mãe solteira e guerreira, que um dia se arrisca em um site de relacionamento. Sua vida muda ao conhecer Antônio, que além dos mimos, lhe dará oportunidades que antes nunca tivera. Mas tudo pode acontecer...