Capítulo 33

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O dia amanheceu mais uma vez ensolarado, com o sol iluminando o corpo meio coberto e de bruços. João viu aquele lindo corpo ao seu lado, lembrando de tudo o que fizera a ele na noite, não se conteve e olhou para a bunda empinada de Ana apalpando-a.

- Bom dia - falou para o corpo dela.

- Bom dia - ela acordou com a mão dele em seu corpo. Deitou-se de costas e o encarou. - João, estamos mesmo namorando? - ela não se conteve e ele piscou com a pergunta tão direta.

- Sim, não é isso que você quer? Posso te convencer. - falou ele já em cima dela.

- Eu quero e sei que pode - ela sentiu os beijos em seu pescoço - Mas não deixo de pensar, há muito tempo não faço isso e há muitas pessoas contra. - ela brincava com o peito dele, enquanto deixava as dúvidas transparecerem.

- Contra? Minha irmã? - ela assentiu e ele percebeu a insegurança. - Acredito que vocês vão se dar bem um dia, mas deixe o tempo. Não ligo para isso, e ela mora em são Paulo, então... - Ele a beijo sem pudor, dando toda a segurança que ela precisava no momento.

- João, além de Matheus, tenho família. E ela é grande. Namoro não é só festas. É assumir a pessoa em qualquer lugar. - falou ela interrompendo o beijo.

- Não me espante antes de começarmos, Ana - falou ele brincalhão.

- Também não o conheço bem, não sei do seu passado.

- Você não vai conseguir. Está decidido. Você é minha! Para de colocar empecilhos. - ele usou o tom autoritário.

Ela o olhou e o beijou de novo, aceitando a nova situação. Levantou da cama, para usar o banheiro. Quando ouviu o som do chuveiro, João entrou e tomou banho com ela sem cerimônia.

....

No café da manha, Joana não sabia o que fazer. Seu irmão ficaria magoado com ela para sempre se deixasse aquela situação daquele jeito. E ela sabia muito bem que o ele pensava de seu marido, então não poderia fazer o mesmo com ele. Quando a família ão gostava do seu parceiro, era complicado, pois sempre pensavam ou agiam mal.

Deveria conhecer Ana melhor, para depois tirar conclusões sobre ela. Sentia-se envergonhada, essa era a verdade. Decidiu sentar-se com eles, que já estavam tomando o café da manha no restaurante do hotel. Amplo com mesas brancas e toalhas impecáveis, além da mesa do café, que enchia os olhos e o nariz, fazendo a fome vir à tona. Chegando perto ouviu a conversa.

- Nunca namorou? - perguntou Ana continuando as questões de manhã cedo.

- Uma vez. Mas quando pedi para ela morar comigo ela não quis, então acabou.

- Hum. E o que há entre seu pai e sua irmã? - Joana parou atrás de Ana, ela havia percebido o incômodo da noite. Ficou um pouco distante para ouvir a resposta de João, que já a havia visto.

- Meu pai não presta, Ana. Sempre traiu minha mãe, mesmo quando estava doente. Joana presenciou tudo. - falou João olhando para a irmã, que decidiu se aproximar.

- Tudo mesmo - afirmou ela ao se sentar ao lado do irmão. - Te devo desculpas, Ana. Não deveria ter falado aquelas coisas ontem. - Ana a olhou por um tempo, e percebeu que fazia aquilo pelo irmão. Pensou no seu próprio irmão e percebeu que ela faria o mesmo.

- Tudo bem. - disse por fim. Não gostava de ficar chateada por muito tempo com ninguém.

- Minha mãe teve câncer de mama, que a consumiu rápido. - João segurou a mão da irmã, quando percebeu sua voz embargada.

- Sinto muito. - falou Ana.

- Você me lembra um pouco ela, Ana - falou João olhando-a com os olhos vermelhos. Ana se inclinou um pouco para a mesa, mas ele ainda segurava a mão da irmã.

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