A semana passou rápido. Não, ela voou! O tempo sempre passava rápido, quando se tem muitas coisas para fazer e a sua cabeça, está na lua. Mesmo sendo quinta, Ana já estava com cansaço da semana inteira. Parecia que o seu corpo precisava de férias.Depois do trabalho, entregou Matheus a avó, dando recomendações para estudar para a prova do dia seguinte. Entrou, se arrumou, passou o seu melhor perfume e saiu, depois de se despedir da mãe.
Sua mente estava leve, seu coração pulando no peito e o estômago... bom, esse ficou em casa, de tanto nervoso com o que poderia acontecer, ele não poderia aguentar.
Avisou a João, que estava no caminho e viu uma chamada perdida de Ricardo. Não ligou, estava sofrendo outras coisas no momento, até uma queimação.
Desceu do ônibus e quando virou a esquina, João estava no portão do prédio e Ana sentiu um aperto no coração e um frio na barriga. Ele riu ao reconhecê-la.
Num movimento rápido, Ana viu uma figura conhecida se levantar da mesa do bar mais adiante. Não pode ser, pensou Ana quando Ricardo veio em sua direção, passando pelo João.
- Ana - Gritou Ricardo. João percebendo o estado do rapaz, ficou ao lado de Ana.
- Ricardo - falou ela baixo. Quando ele a abraçou e tentou beijá-la, ela não deixou.
- Por que não atende minhas ligações? - sua voz já estava confusa pelo excesso de bebida.
- Eu já te falei, que não nos veremos mais, Ricardo. Não mais, sozinhos. - Ana olhou para João. - João esse é Ricardo. Ricardo, João. - Ana apresentou, mas eles não fizeram nada. João percebera a hostilidade no amigo de Ana, ela sentiu a tensão do momento.
- Quem é ele, afinal? Não parece ser apenas um amigo - João olhava para Ana intrigado.
- Eu sou o "ligue e tenha*. - falou Ricardo alterado. - Ela é minha puta.
- Eu não sou sua puta, Ricardo - falou Ana com desdém. - Você está bêbedo!
- Eu fiquei com você quando estava carente, sozinha. Quando ninguém mais te quis! Você não vai me deixar, assim. E, depois, sempre fazia tudo o que eu pedia. Tudo! - Ana sentiu vergonha daquela exposição, humilhada. Na frente de todos, que passavam na rua e estavam no bar. Ela não queria mais aquilo para ela. Não conseguia olhar para ninguém.
- Pare com isso, Ricardo - falou com a voz trêmula.
- É por causa dele, que você não me atende? - Ricardo não parou.
- E daí se for! Eu não te devo explicações! Você que não é e nunca foi, nada meu! - falou Ana se exaltando. Ricardo riu de como a deixou nervosa, estava conseguindo tirá-la do sério.
- Se for por causa dele, nós seremos sócios! - Ricardo sorriu de lado, estava gostando demais daquilo. O que Ana fizera, não saíria de graça.
João que olhava de um para o outro e vendo as pessoas se aproximarem, não aguentou. Ele fechou a mão e socou Ricardo, bem no nariz.
Ana percebeu que João iria bater de novo, quando Ricardo não caiu no chão. Apesar de toda a força, empenhada no golpe. Ela o segurou quando viu os amigos de Ricardo, se aproximarem mais.
- Aprenda a respeitar uma mulher, seu babaca! - gritou João, com Ana o puxando para a portaria do prédio, sem sucesso.
João deu mais um soco em Ricardo, que, dessa vez, caiu nos braços dos amigos. Quando iam revidar, o segurança da rua chegou, perguntando o que estava acontecendo.
- Ele desrespeitou minha namorada! Chamou-a de puta! - falou João alterado e com o dono do bar, afirmando o que ele dizia. Ana que estava segurando o choro há um tempo, já na portaria esperando João.
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Sonho Realizado
RomanceCapa de @RosieSenna Ana é uma mulher comum, mãe solteira e guerreira, que um dia se arrisca em um site de relacionamento. Sua vida muda ao conhecer Antônio, que além dos mimos, lhe dará oportunidades que antes nunca tivera. Mas tudo pode acontecer...