João que olhava para Ana, não percebera que o grito fora para ele.
Ana levantou-se um pouco para ver quem era. Viu Aline, de short, chinelos e cabelo preso, parada perto da saída do restaurante e parecia irada com João. Ana olhou para ele, que se levantou para ver o que estava acontecendo.
-Aline. Aline, vem aqui - chamou Juliana, prevendo o que aconteceria depois. Aline a olhou com desprezo e caminhou até João.
-Você prefere trazer essa menina, ao invés de mim? - Aline gritou com desdém, como se Ana estivesse no lugar errado. - Como pôde fazer isso comigo? Escolheu a mulher do seu pai! - Ana sentou-se reta na espreguiçadeira.
-Eu não sou a mulher...
-O que você está fazendo aqui, Aline? - João interrompeu Ana, colocando a mão em seu ombro.
-Eu sou sua namorada, eu que deveria estar aqui com você. Eu! - toda vez que Aline falava, apontava para o próprio peito.
-Entendi Aline. Agora se me der licença. - João puxou Ana pela mão. - Vamos à praia.
-Ah, não! Não vai não! - Aline avançou para cima de João e começou a batê-lo.
Que humilhação, pensou João. Ele soltou a mão de Ana para se defender. Felipe veio ficar ao lado de Ana.
-João. Leve-a para um lugar sossegado. Converse com ela, será melhor assim. - Falou Ana que não imaginava ser tão séria a relação dos dois.
João que segurava os punhos de uma Aline enraivecida, concordou com a cabeça. Abraçou a moça e foram entrando no restaurante. Em todo o caminho, Aline não parava de gritar.
-Que situação - falou Felipe, para apenas Ana ouvir. Depois que João sumiu dentro do salão.
-Verdade. - Falou Ana. Quando ela olhou para Felipe, lembrou da conversa de mais cedo. - Por que ela fez isso? Eles namoravam de verdade? - Falou Ana afastando um pouco dele. Felipe percebeu, mas não fez nada.
-Na cabeça dela sim. - Falou ele, pegando dois copos de água quando o garçom passou, deu um para ela. - Aline é de família rica. Conheceu João naturalmente, em uma festa de amigos. Porém ele não assume namoro há muito tempo, então exclusividade era apenas da parte dela.
-Então ela não participava dos jogos de vocês? - Ela não conseguiu evitar a pergunta. Pergunta perigosa, porque se mostrasse interesse, ele poderia entender como se fosse participar.
-Sim. Apenas para agradar o João. Como ele disse, ninguém é forçado a nada - Felipe apressou-se a dizer. - Ela achava que tinha que fazer tudo o que ele fazia e queria, mas sempre faltou o principal.
-E qual é o principal?
-O ciúme, Ana. O ciúme. - Felipe falou com o dedo em riste. - Um homem com ciúme, não deixa a mulher participar dos jogos. Não divide a sua mulher com ninguém.- Ele concluiu.
Felipe tinha razão. Um homem que gostava da mulher, tinha ciúme e também se mantinha fiel a ela. Assim, o casal teria apenas um ao outro. Ana queria isso.
Há muito tempo, ninguém sentia ciúme dela. Como Felipe dissera, João também não assumira ninguém. Mandou o coração não ter esperança, de novo.
As pessoas, depois de um tempo, pareciam ter esquecido da confusão. A festa continuou e Ana reparou que o jogo havia começado, mais uma vez. Antes tinha grupos de homens e outro de mulheres, agora estavam juntos e misturados. Quando viu dois casais deixarem a piscina, com as meninas visivelmente bêbedas, Ana teve certeza do que fariam. Melhor dizendo, tinha uma ideia, já que no quarto ela não saberia dizer.
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Sonho Realizado
RomanceCapa de @RosieSenna Ana é uma mulher comum, mãe solteira e guerreira, que um dia se arrisca em um site de relacionamento. Sua vida muda ao conhecer Antônio, que além dos mimos, lhe dará oportunidades que antes nunca tivera. Mas tudo pode acontecer...