Capítulo 18

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João que olhava para Ana, não percebera que o grito fora para ele.

Ana levantou-se um pouco para ver quem era. Viu Aline, de short, chinelos e cabelo preso, parada perto da saída do restaurante e parecia irada com João. Ana olhou para ele, que se levantou para ver o que estava acontecendo.

-Aline. Aline, vem aqui - chamou Juliana, prevendo o que aconteceria depois. Aline a olhou com desprezo e caminhou até João.

-Você prefere trazer essa menina, ao invés de mim? - Aline gritou com desdém, como se Ana estivesse no lugar errado. - Como pôde fazer isso comigo? Escolheu a mulher do seu pai! - Ana sentou-se reta na espreguiçadeira.

-Eu não sou a mulher...

-O que você está fazendo aqui, Aline? - João interrompeu Ana, colocando a mão em seu ombro.

-Eu sou sua namorada, eu que deveria estar aqui com você. Eu! - toda vez que Aline falava, apontava para o próprio peito.

-Entendi Aline. Agora se me der licença. - João puxou Ana pela mão. - Vamos à praia.

-Ah, não! Não vai não! - Aline avançou para cima de João e começou a batê-lo.

Que humilhação, pensou João. Ele soltou a mão de Ana para se defender. Felipe veio ficar ao lado de Ana.

-João. Leve-a para um lugar sossegado. Converse com ela, será melhor assim. - Falou Ana que não imaginava ser tão séria a relação dos dois.

João que segurava os punhos de uma Aline enraivecida, concordou com a cabeça. Abraçou a moça e foram entrando no restaurante. Em todo o caminho, Aline não parava de gritar.

-Que situação - falou Felipe, para apenas Ana ouvir. Depois que João sumiu dentro do salão.

-Verdade. - Falou Ana. Quando ela olhou para Felipe, lembrou da conversa de mais cedo. - Por que ela fez isso? Eles namoravam de verdade? - Falou Ana afastando um pouco dele. Felipe percebeu, mas não fez nada.

-Na cabeça dela sim. - Falou ele, pegando dois copos de água quando o garçom passou, deu um para ela. - Aline é de família rica. Conheceu João naturalmente, em uma festa de amigos. Porém ele não assume namoro há muito tempo, então exclusividade era apenas da parte dela.

-Então ela não participava dos jogos de vocês? - Ela não conseguiu evitar a pergunta. Pergunta perigosa, porque se mostrasse interesse, ele poderia entender como se fosse participar.

-Sim. Apenas para agradar o João. Como ele disse, ninguém é forçado a nada - Felipe apressou-se a dizer. - Ela achava que tinha que fazer tudo o que ele fazia e queria, mas sempre faltou o principal.

-E qual é o principal?

-O ciúme, Ana. O ciúme. - Felipe falou com o dedo em riste. - Um homem com ciúme, não deixa a mulher participar dos jogos. Não divide a sua mulher com ninguém.- Ele concluiu.

Felipe tinha razão. Um homem que gostava da mulher, tinha ciúme e também se mantinha fiel a ela. Assim, o casal teria apenas um ao outro. Ana queria isso.

Há muito tempo, ninguém sentia ciúme dela. Como Felipe dissera, João também não assumira ninguém. Mandou o coração não ter esperança, de novo.

As pessoas, depois de um tempo, pareciam ter esquecido da confusão. A festa continuou e Ana reparou que o jogo havia começado, mais uma vez. Antes tinha grupos de homens e outro de mulheres, agora estavam juntos e misturados. Quando viu dois casais deixarem a piscina, com as meninas visivelmente bêbedas, Ana teve certeza do que fariam. Melhor dizendo, tinha uma ideia, já que no quarto ela não saberia dizer.

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