CAPÍTULO VINTE E TRÊS

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Eu nunca tive a sensação de dormir com alguém

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Eu nunca tive a sensação de dormir com alguém. Nem com a minha tia e minha prima. Eu me sentia incomodada com a presença de alguém ao meu lado, dormindo na mesma cama que eu, mesmo depois do sexo.

Muitos dizem que sexo é algo muito íntimo, de fato para algumas pessoas é. Mas para pessoas que procuram sexo por uma noite, não chega ser nada íntimo. É algo que terá benefícios para os dois lados. Para mim, homem só serve para me satisfazer, assim como nós mulheres servimos para ele.

Para homens, mulheres que dormem com um homem por uma noite, é vadia. Mas eles podem nos usar por uma noite, que ninguém irá julgar?
Eu sou a prova viva que, ser xingada de vadia, não mata. Já levei muitos nomes, pelo simples fato de querer apenas uma noite com um cara.

É algo errado? É proibido? É nosso corpo fazemos com ele o que bem quisermos. Ninguém manda em nosso corpo, a não ser nós mesmo. Se dormir com um cara no primeiro encontro te faz ser uma vadia, então, minha cara amiga, temos vadias pelo mundo todo. Ter sexo no primeiro encontro não é proibido, e sim uma possibilidade de conhecer a pessoa não só pelo beijo e conversas, mas também pelo sexo.

A partir do momento em que você dorme com uma pessoa e ela te promete não com as palavras certas, mas promete que no dia seguinte ela vai estar ali com você e você acorda feliz, certa de que vai ter um dia maravilhoso, começando com sexo. Mas tudo vai por água abaixo, quando a pessoa não está ali, como você imaginava. Eu não queria alguém para me levar para o altar, só queria alguém para me dar orgasmo.

Mas Oliver não fez isso. Ele achava que com isso, de dormir comigo na mesma cama, iria se resultar em: casar, ter filhos e ser felizes para sempre. Mas acho que ele não me conhece tão bem assim. Eu estava disposta a quebrar minha regra de odiar dormir com alguém por ele. Mas ele como todo homem cafajeste, pensou outra coisa.

Acho que entre eu e Oliver, sou mais homem que ele.

Se é que me entende.

Passei o dia todo de mal humor. E para ajudar, Oliver não deu as caras. Saí mais cedo da empresa, precisava urgente de um café bem amargo.

[.....]

Estava tão distraída, degustando meu café, que nem se quer percebi que Charlotte estava ali, me encarando.

— Você precisa parar com isso — digo, sentando em cima da bancada.

— Não tenho culpa se você está tão distraída aí, pensando no Oliver pelado — diz, com sarcasmo.

—Nem me fale dele — suspiro.

— O que aconteceu? — pergunta, sentando ao meu lado.

ARDENTE DESEJO » LIVRO ÚNICOOnde histórias criam vida. Descubra agora