9° Capítulo.

23K 1.7K 498
                                    

Farinha narrando.

Entraram em uma rua e imbicaram o carro em uma garagem fechada, o portão do lado era baixo, fiquei só observando.
parei meu carro, travei,  desci e fui andando até o portão,  pulei o mesmo em menos de 2 minutos!

Fui seguindo o corredor e abri a primeira porta, elas tavam sentada no sofá.
Anne chorava, tinha umas crianças pelo chão,  e a Raíssa consolava.
Quando ouviram o barulho da porta se assustaram e olharam em direção.
Quando me viram, arregalaram os olhos.

Raissa: aí meu Deus, vão pro quarto crianças. -saiu puxando um por um e enfiando eles no quarto.

Anne tava paralisada, do jeito que estava ficou, me olhando.

Eu via medo em seu olhar, terror, pavor.
E eu sentia ódio, ódio pelo o que ela fez comigo.

Farinha: te achei vagabunda, agora que te mato com minhas próprias mãos. -Falei indo pra cima dela, mas a Raíssa entrou no meio.

Raissa: não faz isso Farinha, conversa com ela, escuta o que ela tem pra te dizer. -falou e começou a chorar, olhei pra Anne e ela continuava parada.
Porém, chorava feito criança.

Farinha: sai daqui, eu quero conversar com essa X9 sozinho.

Raissa: eu não vou sair, você pode matar ela, não vou deixar isso acontecer.  -falou amedrontada.

Farinha: SAI PORRA  -Gritei alto e ela continuou na minha frente.

 Me desviei e peguei a Anne pelos braços, puxei ela pra um cômodo ao lado estava vazio.

Raissa; Não faz isso com ela farinha, por favor -Falou se ajoelhando ao meus pés, emplorando.

Farinha: Eu não vou fazer nada! Sai daqui porra. -fingi que ia tirar a arma da cintura e ela se escondeu atrás da parede.

Anne: Vai olhar as crianças Raissa, deixa que eu me viro aqui.  -falou com a voz fraca entre soluços, Raissa a obedeceu.

Farinha: achou que ia fugir de mim? -falei e sorri com sarcasmo. Ela balançou a cabeça chorando. -FALA ALGUMA COISA VAGABUNDA, OU EU VOU METER BALA EM VOCÊ.

Anne: eu....e....eu não fiz nada farinha -Falou chorando e sua voz me paralisou, fingi não ligar, e peguei no pescoço dela, apertando.

Farinha: é isso que você tem pra dizer?! -ela negou com a cabeça chorando. - ENTÃO FALA!!! - Soltei a mesma com tudo que caiu no chão e ficou por lá mesmo.

Ela respirou fundo e começou a falar.

Anne: quando eu entrei no presídio o Ronaldo me passou a missão de te atender durante 4 meses e descobrir tudo sobre sua vida. -ela parou, secou as lágrimas,  respirou fundo e continuou. - Eu aceitei, porém, eu me apaixonei farinha, fiquei cega por você.... Não passei informação nenhuma sua, eu falei que passaria no final da missão tudo que eu havia descoberto, mas não conseguir terminar os planos dele, eu pedi minhas contas pra ficar contigo farinha, eu deixei tudo por você, e você acabou com minha vida. -Na hora não acreditei naquilo, arregalei os olhos e encarei a mesma.

Farinha: Mas a Rosana disse que... -ela me interrompeu.

Anne: ELA MENTIU FARINHA -A mesma gritou. -ela queria tá no meu lugar, ela queria tá te atendendo pra ganhar o mérito que eu iria ganhar.  No último dia que se vimos eu só fui pro presídio pra pedir minhas contas, eu desisti de tudo por você, eu não te falei no mesmo dia porque era uma surpresa pra quando eu fosse lhe visitar.  -Falou me olhando com os olhos derramando lágrimas e soluços entre as palavras.

Farinha: e como você me prova isso? -olhei desconfiado.

Anne: eu tenho documentos Farinha, que comprova que eu pedi as contas, e a Raíssa tem uma conversa minha com ela daquela época, eu contando tudo pra ela e dizendo que iria largar todos pra ficar com você. -Ouvi tudo e fiquei quieto minha cabeça tava a mil.

Anne: Por favor, eu só tô falando tudo isso pra você me deixar em paz e não fazer nada comigo, eu tenho vida agora, eu voltei a viver, eu tenho filhos pra criar. -Falou abaixando a cabeça colocando entre as pernas.

Farinha: filhos? VOCÊ JÁ TAVA COM OUTRO????-perguntei puto e sem reação depois de ouvir tudo, e infelizmente acreditar no que ela disse.
fomos interrompidos por uma menininha entrando.

Puta que pariu.
É igualzinha a Anne.

Anne: Filha vai pra lá, por favor. A mamãe tá bem. -pediu chorando. - RAISSA LEVA ELAAA POR FAVOR -gritou e a amiga dela apareceu puxando menina de lá,  mas não durou por muito tempo.

Senti um chute na bunda, quando olhei pra trás era aquele menorzinho lá.
Caralho,  que moleque da porra.
quando eu fui pegar ele pelos braços a Anne começou a gritar, achando que eu ia fazer alguma coisa.

Anne: NÃO FARINHA, NÃO FARINHA!!!!  NAO FAS ISSO COM ELE... ELE É SEU FILHO, ELES SÃO SEUS FILHOS, POR FAVOR NÃO FAZ NADA COM ELE, TEM MISERICÓRDIA DE MIM. É SÓ ISSO QUE EU TENHO - pediu chorando, gritando..tentando se levantar pra tirar o moleque das minhas mãos.
Quando ouvi o que ela disse, paralisei, soltei o garoto na hora e o encarei firme.

Meus filhos?!!!

Porra, porque é que eu só fui perceber agora que esse muleque é minha cara?

Solta o preso, Seu Juiz. 2°TMP (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora