65° Capítulo.

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Anne narrando.

A campanhia tocou e eu levantei pra atender, mas antes de eu chegar no portão a Raissa já tinha aberto. 
Olhei bem pra cara dela, menina abusada. 
Tudo bem que a gente conhece quem tá chegando, mas e se fosse um desconhecido?!

Vanessa entrou e o Farinha entrou atrás dela!
Os dois me comprimento também com "Oi"
Só respondi.

Farinha: tá tudo pronto?! -Me olhou de lado, sem fixar os olhos em mim

Anne: está! Raissa, vai buscar sua mochila no seu quarto. -Falei

Farinha: cadê o Rael? -Perguntou.

Anne: não sei,tava na sala antes de vocês chegarem.

Farinha: Rael -Chamou alto. E não obteve respostas.

Vanessa me olhou, e eu não obtive reação nenhuma também.

Anne: Rael.. - chamei.

Rael: Oi mamãe. -Escutei sua voz vindo do quarto.

Farinha não pensou duas vezes, levantou e foi atrás. 

Vanessa: Rael tá estranho, o que houve?! -Perguntou.

Anne: não sei. Depois que ele ficou internado, nunca mais falou do pai pra mim.  E ele não quer ir hoje..

Vanessa: mas ele vai né?

Anne: vou vê com ele pra ele ir. Mas eles vão ficar na sua casa né?!

Vanessa: sim, você sabe como o Farinha e né?! Vai passar o dia com eles,mas a noite sou eu que cuido. Porque ele cai no mundo!

Anne: e isso porque ele disse que iria mudar né! Vi os status do WHATSAPP dele. Ele tá curtindo bastante...

Vanessa: boba é você,  que fica trancada em casa. Tu não tá morta não fia,vai viver, nao existe so o farinha de homem no mundo, nem so vc de mulher. E ele ja ta provando isso - Falou e eu ressenti.

Fiquei quieta.

Farinha apareceu com o rael no colo e a mochila dele nas costas.
Raissa veio andando atrás. 

Raissa: mamãe agt já vai. -Falou alegre. 

Anne: tá bom, danadinha. -Dei um beijo na mesma.
E fui até o Rael.

Anne: eai,  mudou de idéia? Vai ir? -Ele confirmou com a cabeça e me abraçou saindo do colo do pai dele.

Fomos até o portão e entreguei ele pra Vanessa. 
Me despedi da mesma.
O Farinha nem olhou pra trás,  nem pra dizer um "tchau" meteu o pé!
Ogro.
Vai ser lembrado.

Entrei pra casa, e me senti totalmente solitária, sozinha, sem ninguém.
Passo a metade do tempo com meus filhos, e me sinto tranquila. Sendo assim nem percebo que a solidão me acompanha. 
Agora me vejo só!
E repenso onde me enfiei...
No asfalto só, sem meus filhos. E sem nenhum companheiro que valha a pena.

Solta o preso, Seu Juiz. 2°TMP (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora