17. Drift

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Megan fechou o zíper da bota e se olhou no espelho. O short jeans e a bota de cano longo deixavam apenas uma parte de sua coxa à mostra; a blusa preta estava encoberta por uma jaqueta de couro da mesma cor; e os cabelos estavam soltos, como sempre. Apesar de não ser a maior adepta de maquiagem, resolveu passar um batom vermelho e um delineador dessa vez.

Ela sentou no sofá e se viu inquieta, esperando a mensagem que diria onde ia ser a corrida da noite. Pensou em bater no apartamento do Ian, mas seu orgulho fora mais forte, então decidiu dar uma passadinha na sala secreta.

Ao entrar, viu um bilhete sobre a mesa.

— "Chegaram os resultados. Olhe seu e-mail" — ela leu.

Megan abriu o notebook e entrou na conta que era sua ligação com o FBI nessa missão. Lá estava o e-mail com o resultado das amostras que colheram nos túneis sob a cidade. Ela abriu e começou a ler.

— Vestígios de gesso e cocaína... — disse baixo. — Igual aos dos samurais que roubamos nos caminhões.

Meg levantou e abriu a porta que levava ao apartamento de Ian, mas estava tudo escuro e em silêncio. Ela puxou o celular do bolso e discou o número dele, que deu desligado. Repetiu mais três vezes até desistir.

— Merda, Ian.

Ela suspirou e voltou ao seu apartamento.

— Ele deve estar bebendo com aquela loira azeda do trabalho — falou para si mesma. — Eu vejo isso amanhã então.

Quando ia sentar-se novamente, o celular vibrou e Megan o pegou de prontidão, esperando que fosse seu parceiro, mas era a mensagem com as coordenadas da corrida. Meg jogou o endereço no GPS do celular e viu que era em um estacionamento cuja obra fora embargada.

— Hora de correr.


———


Ian saiu do carro e bateu a porta. O prédio apesar de ser bem extenso já estava lotado de pessoas dançando ao redor de carros turbinados. A música alta combinava perfeitamente com o clima do lugar.

Ben parou ao lado dele e sorriu.

— Bem legal, não é? — ele perguntou.

— Legal? Legal é pouco!

Duas moças de roupas bastante curtas passaram encarando-os.

— Olá, bebês! — Ben disse com um sorrisinho nos lábios. — Knight, você vai amar isso aqui. Se tiver um carro desses — Ele apontou para seu conversível. — consegue a mulher que quiser.

— Não que eu esteja reclamando, mas meu salário ainda não me permite.

— Relaxa, irmão. Agora você é meu sócio. Logo logo terá isso e muito mais. Vem, vamos conhecer a equipe.

Em uma área que Ian julgou como V.I.P. estavam cinco homens e uma mulher.

— Ei galera — Ben disse animado. — Aqui está o cara de quem tanto falei. Quero que conheçam Ian Knight, nosso novo sócio.

Todos o cumprimentaram ao mesmo tempo.

— O Joe você já conhece — Ben disse apontando para o grisalho. — Esse aqui é Patrick Hart, engenheiro e seu novo parceiro de trabalho.

Patrick era alto, imponente, mas tinha um sorriso acolhedor. Ele apertou a mão de Ian.

— Espero que você seja tudo isso que Ben dizia de você, porque estou realmente precisando de uma ajuda.

Ride Or Die [Livro I]Onde histórias criam vida. Descubra agora