— Sete locais de O'Village, incluindo o monumento dos túneis, foram atacados durante a madrugada de hoje — a jornalista na TV falou. — Mais informações com a repórter Sarah Johnson.
— É isso mesmo, Bethany. Seis estabelecimentos de diferentes setores e a antiga entrada dos túneis de O'Village foram atacados por uma suposta gangue de motociclistas durante a madrugada. Estamos aqui com o chefe de polícia, xerife Robert Carter, que nos dará mais informações. Xerife, o que a polícia sabe até agora?
A câmera fechou no policial.
— Até o momento não temos a identificação dos suspeitos. Só sabemos que era uma gangue de motoqueiros por causa das câmeras de segurança, mas todos usavam capacetes e as motos estavam sem placa, então não é possível saber quem eram ainda. Mas a polícia fará de tudo para descobrir quem são esses terroristas.
— O que a polícia acha que motivou esse grupo a atacar o monumento da cidade?
— Acreditamos que esses terroristas estejam querendo passar alguma mensagem. Quando tivermos mais informações sobre o caso, faremos uma nota para a imprensa.
— Muito obrigada, xerife. Bethany, é com você.
Com o braço que não estava enfaixado, Ian desligou a televisão e voltou a deitar na maca. A noite anterior lhe resultara um corte profundo do ombro à metade do braço esquerdo, os dois pontos na testa e alguns arranhões. Não aconteceu algo pior na explosão porque ele foi rápido o suficiente para correr, mas infelizmente ele foi dos poucos sortudos.
O corpo de Lizzie no momento devia estar na autópsia, Patrick teve 30% do corpo queimado e vários outros homens dos Collins haviam morrido tanto na explosão quanto nos tiros. A polícia sabia muito bem que aquilo tinha sido um ataque direto ao grupo, mas a imprensa saber disso traria foco demais aonde eles não queriam. Natasha os pagou bem para se calarem também sobre o resto das drogas encontradas lá, juntas a trilhos e carrinhos para carregar.
Corruptos de merda, Ian pensou.
O médico entrou no quarto e foi até a maca dele sorrindo.
— Boas notícias para você, senhor Knight. Já pode ir para casa.
Ian assentiu e se levantou. Depois de assinar alguns papéis, estava fora do hospital, onde Ben o esperava. Ele entrou no carro sem questionar.
— Hannah está te esperando lá em casa — ele disse.
Ian apenas assentiu novamente. A imagem de Lizzie no chão não saía de sua cabeça, sabia que ela não era exatamente uma pessoa boa, mas não merecia morrer daquela forma. Ele olhou pela janela e viu que o sol já estava quase se pondo. Havia passado o dia todo sob cuidados médicos.
Não demoraram muito para chegarem à mansão. Ian seguiu o Collins pelos corredores até um escritório. Hannah correu até ele e o abraçou com cuidado, analisando o dano sofrido.
— Eu sinto muito — ela disse e pareceu sincera, mas Ian não ligava.
Mais uma vez assentiu.
Ele se sentou em uma das cadeiras e assistiu Natasha olhar algo em seu celular, só então percebendo o quanto ela parecia abalada.
— Acho que não precisamos investigar quem fez isso, não é? — ela disse, finalmente levantando o olhar para quem sobrou de sua equipe.
Joe, também machucado, se mexeu na cadeira e falou:
— Isso merece uma retaliação à altura. Eles não só destruíram nossos estabelecimentos, como também nossa entrada de mercadoria, custando a vida de nossos homens!
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Ride Or Die [Livro I]
ActionMegan Dresch e Ian Conighan são agentes da FBI que são enviados a O'Village para investigarem a ligação das famílias fundadoras, Walker e Collins, em corridas ilegais e outras atividades ilícitas. Megan se infiltra na família Walker e acaba se envol...