29. Servindo à Rainha

355 38 4
                                    

Megan foi a última a chegar na mesa da sala de reuniões. Estava no hospital enquanto Sean ia em casa para tomar banho, mas assim que ele voltou, ela o deixou sob os cuidados de Simon e foi para a oficina, que apesar de tudo, funcionava como de costume.

Max encarava as duas cadeiras vazias, a de Sean na ponta e a primeira do lado direito que pertencia a Travis. Então começou a falar:

— Ninguém está com a cabeça focada, eu sei disso. Pensei em fazer um discurso ou sei lá... mas percebi que não vai adiantar de nada. Não sabemos o que vai acontecer com o Travis, mas independente disso, sabemos que o Sean, quando sair desse momento, vai querer vingança. Temos que estar com a arma engatilhada e com o alvo pronto quando isso acontecer.

"Ainda não temos informação sobre os motoqueiros porque, além de Megan, ninguém chegou a vê-los, mas já pegamos o nome do corredor e tem gente em todo o sul da Califórnia procurando por ele. Uma hora iremos achar.

"O corpo do cara que Meg atirou foi enterrado e a moto está escondida lá nos Químicos, o que me leva ao próximo assunto. Temos carregamento chegando e precisamos ir atrás dos nossos distribuidores. Os Collins estão voltando a todo vapor e não podemos deixá-los ganhar território. Então vamos nos dividir em equipes. Uma parte cuida do rastreamento daqueles bastardos enquanto o resto de nós segue com os nossos negócios. Alguém tem algo contra isso?".

Ninguém na mesa se manifestou, aquilo parecia o mais lógico para todos.

— Muito bem então. Meg, Crash e Andrew, quero vocês escoltando nossa mercadoria até os Químicos hoje e marquem a entrega com os distribuidores dentro e fora da cidade. Oliver e Drake, vocês continuam buscando informações. Se todos concordarem, ficarei supervisionando e de olho em Sean, porque sei que não teremos tempo integral para ficar ao lado dele. Posso atualizá-lo também.

— Max, se você não se importar, gostaria que eu fosse a pessoa a atualizar ele — Megan falou. — Sei que vou estar ocupada, mas não quero ficar longe.

Ele assentiu e lhe deu um sorriso. Apesar de não ter dito nada, Megan conseguiu ver que ele gostava de tê-la ao lado de Sean.

— Bem, vamos ao trabalho.

A equipe se levantou, cada um seguindo seu rumo.

Já era tarde da noite. Megan assistia Crash, Andrew e outros homens do Walker transferirem os tonéis que supostamente estavam cheios de motor — mas que na verdade estavam abarrotados de pasta base — para o caminhão. Todos estavam preocupados, não por medo da polícia local aparecer, já que eles eram bem pagos para manter distância. A causa vinha tanto de seu amigo em coma, quanto da resposta negativa de alguns distribuidores das cidades vizinhas.

Aparentemente alguém havia os abastecido, o que deixaria a equipe com um estoque cheio até a próxima demanda. Isso não era bom. Dentro da cidade, seus negócios continuavam normais e na noite seguinte já haveria a entrega.

Com os dois caminhões devidamente abastecidos, cada um foi para seu carro. Novamente Megan usava o Dodge alterado para não ser identificado. Eles escoltaram a mercadoria tranquilamente até o prédio onde os trigêmeos de cachos loiros, conhecidos como Os Químicos, trabalhavam.

Enquanto os homens descarregavam, a única garota entre três foi até Megan.

— Sinto muito pelo Travis — ela disse.

— Eu também.

— Se ele não voltar, é você quem vai assumir aqui?

Megan a encarou, pronta para retrucá-la de uma forma não muito educada, mas a garota parecia ter falado inocentemente.

Ride Or Die [Livro I]Onde histórias criam vida. Descubra agora