Prólogo

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A HISTÓRIA FICARÁ COMPLETA ATÉ, 01/03/2019

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A HISTÓRIA FICARÁ COMPLETA ATÉ, 01/03/2019.
BOA LEITURA! 💜🖤

Rosas.

Uma campina coberta de rosas de um vermelho tão intenso que todo o chão parece estar coberto por grandes gotas de sangue.

Olho em volta à procura de algo ou alguém que tenha me trazido até aqui, mas não enxergo nada além de um imenso mar vermelho me cercando por todos os lados.

— Olá, alguém!!! — grito o mais alto que posso em meu desespero.

O silêncio é minha única resposta.

Por que estou aqui?

Respiro fundo tentando me acalmar e sinto a fragrância das rosas perpassando por minhas narinas. Abaixo-me e apanho uma, elas são morbidamente irresistíveis. Desastrada como sou, furo meu dedo com um dos espinhos de seu caule.

— Uma flor tão bela como uma rosa pode se transformar em calvário nas mãos de quem não sabe manuseá-la com carinho. — A voz de minha mãe falando sobre suas flores favoritas me vem à mente.

Ela sempre adorou rosas, especialmente as vermelhas. Nossa casa sempre tinha nem que fosse uma em cima da mesa de jantar, desde que me lembro.

Hilary e eu sonhávamos que um dia encontraríamos um rapaz que nos daria uma rosa por dia até que estivéssemos apaixonadas por ele, assim como papai fez com nossa mãe.

Escutamos essa história incontáveis vezes.

Uma saudade imensurável invade meu peito. Sinto tanta falta deles.

Coloco a rosa de volta junto das outras e, assim que volto a olhar a minha frente, em um ponto bem distante posso ver a silhueta de três pessoas. Não consigo distinguir bem, pois está tão longe. Aperto os olhos e consigo ver que a pessoa da direita está acenando para mim.

— Vall. — Escuto um leve sussurro em meu ouvido e me viro assustada.

— Hilary. — Minha voz sai apenas uma lamúria.

Não pode ser ela. Hilary está morta.

— Vall, anda logo. — Olho em todas as direções, não tem uma alma sequer próxima de mim.

O desespero me toma e eu procuro uma forma de escapar desse lugar. Corro pelo pequeno espaço em que estou, onde não tenha rosas, mas não existe uma saída em lugar nenhum.

— Querida vamos logo. — Dessa vez o sussurro é a voz de meu pai.

— Papai! — o chamo. Em resposta, recebo apenas um vento gélido que espalha meus cabelos em todas as direções.

Sinto-me impotente nesse maldito lugar sem ter a mínima chance de seguir suas vozes. Olho novamente em direção às três pessoas que estão do outro lado, elas são minha única chance de sair daqui, preciso arrumar uma forma de me comunicar com elas.

Inefável - Quando não existem palavras para descrever um sentimento. (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora