Inefável - Quando não existem palavras para descrever um sentimento. (Completo)

Capítulo 25

In many ways I guess I'll never let you go
I'm close behind
But I've got room here left to grow
Until our second chance
Just enjoy the dance
And find out who we are  

4 A.m.

Avenged Sevenfold

Minhas mãos tremem enquanto tento encontrar o maldito buraco da fechadura. Matt percebe meu nervosismo e as segura delicadamente.

— Respira Vall. — sua voz arrastada, próxima ao meu ouvido me acalma, nem percebi que estava prendendo a respiração até ele falar.

Nossas mãos unidas encaixa a chave na fechadura com perfeição, damos as voltas lentamente até escutar o clique indicando que a porta está destrancada — pausa para eu sentir vergonha por achar esse momento extremamente erótico. Me desculpem por isso! —, ele solta minha mão, eu abro a porta e entro no quarto com Matt bem atrás de mim.

Seu corpo tão próximo ao meu, apenas contribui para que minha imaginação se perca em pensamentos libidinosos. Minha cama — de solteiro. — no canto do quarto nunca me pareceu tão convidativa como agora, mesmo com seu espaço limitado.

Paro no meio do quarto e fico perdida sem saber o que fazer. Não sei se seria uma boa ideia me virar e pular em seu colo para realizar cada uma das imagens que já passaram por minha cabeça desde que saímos da praia.

Assim que pedi a Matt para nos trazer de volta para universidade, ele me deu um último beijo e nos conduziu de volta a praia sem nunca soltar minha mão. E quando encontramos Brian pelo caminho, ele muito discretamente pediu para que ele levasse Amy, para dormir no dormitório deles. Sei que ela vai ligar os pontos e entender o que nós viemos fazer aqui e o motivo de ela ter que dormir fora. Fiquei constrangida por uns cinco segundos, depois me toquei do quão ridícula eu estava sendo. Não tenho que dar explicação da minha vida para ninguém, muito menos me envergonhar do que estou prestes a fazer.

Mesmo assim, não preciso dizer que nem encarar Brian eu consegui enquanto eles conversavam. Ontem foi vômito e hoje estou levando o irmão dele para meu quarto. Talvez se eu ficar uns vinte anos sem vê-lo seja tempo suficiente para a vergonha passar.

Continuo parada de costas para ele, mas sinto sua presença e seu olhar em cada célula de meu corpo.

— Você sabe que não precisamos fazer isso hoje né? Mesmo que eu queira muito ficar assim com você, eu posso esperar Vall. — suas palavras apenas me jogam mais em seus braços.

Me viro e encaro seus olhos, duas piscinas verdes que me encantam desde a primeira vez que as vi. Seus olhos me dizem que está pronto para acatar qualquer decisão que eu tome.

— Eu quero isso Matt, preciso que você me faça sentir viva novamente. — vejo confusão em seus olhos ao ouvir minhas palavras.

Posso ver que ele compreende que por detrás de minhas palavras há muita coisa, mas ele não me questiona para meu alívio.

Respiro fundo, fico com medo de tê-lo assustado com minhas palavras, mas assim que desponta um sorriso cheio de promessas em seus lábios fico tranquila. Toco seu rosto com reverência.

— Você é tão lindo. — minha mão percorre seu rosto, meu dedo indicador toca seu piercing no canto de seu lábio e ele solta um suspiro, em seguida suga meu dedo com sua boca e cada nervo de meu corpo sente o toque de sua língua.

— Você que é linda. — suas mãos seguram firme em minha cintura. — E gostosa pra caralho.

Ele não me dá tempo de responder nada, pois sua boca colide com a minha com fome, meu corpo reage rapidamente ao seu beijo. Fico ensandecida e assustada com o poder que ele possui sobre meu corpo. Mas estou disposta e pronta para entregar o controle em suas mãos, pelo menos enquanto sua boca está me levando ao paraíso.