While I recall all the words you spoke to me
Can't help but wish that I was there
Back where I'd love to be, oh yeah
Dear God
Avenged Sevenfold
Se passaram duas semanas, desde que tive alta do hospital. Matt foi liberado um dia depois, mas ele não saiu de perto de Amy um minuto se quer. Como ele não podia ficar no quarto com ela, ele ficava sentado na sala de espera. E ficava cada minuto que podia segurando sua mão, nos horários de visitas. Já são dezesseis dias em que Matt se quer sai para o lado de fora do hospital.
Os dias estão se arrastando e a cada novo amanhecer, posso ver a derrota e o cansaço se apossando de seus sentidos e pensamentos. Seus olhos estão profundos e tristes. A barba antes rala está grande, cobrindo as covinhas que eu tanto amo, quando ele sorri. Se bem que há dias que ele não sorri. Todo o sofrimento que tem passado está estampado em sua fisionomia e olhar. Ele não sorri, fala apenas quando alguém o questiona sobre algo e come apenas por insistência minha ou de seus pais.
Nos primeiros dias após sua alta, Matt estava muito confiante de que tudo daria certo. Nós ficamos tão próximos. Ele me contava seus medos, falava sobre planos que tinha para o futuro, ficávamos horas na sala de espera apenas aproveitando a companhia um do outro com nossas mãos entrelaçadas.
— Quero que conheça meu estúdio, quando sairmos daqui. — ele me diz em uma tarde depois de um longo tempo de silêncio.
— Se você for um cara legal, eu posso até deixar você me tatuar. — falo em tom de brincadeira.
— Se você for uma garota legal, talvez eu te tatue. — um raro sorriso desponta em seus lábios.
Momentos assim vêm se tornando escassos.
Nossos olhos se encontram e todo o ar de brincadeira se esvai. Ele me olha com ardor. Me olha como se minha imagem pudesse aplacar um pouco de seu sofrimento.
— Vem comigo. — se levanta e estande a mão para mim.
Não penso, apenas a seguro e o sigo. Percorremos alguns corredores, até que chegamos a uma porta em um local sem movimento. Matt olha para os lados, meu coração está acelerado de uma forma que não fica há dias. Ele abre a porta e entramos sorrateiramente. Provavelmente um depósito, pois está cheio de materiais de limpeza, vassouras e outras coisas que eu não sei o que são.
— Nós deveríamos estar aqui? — quando encontro seus olhos perco o fôlego.
— Não. — sua voz forte ressoa em meu corpo. — Mas eu preciso muito fazer uma coisa. — assim que termina de falar, sua boca recai sobre a minha.
Seus lábios são fortes, mas gentis. Nossas línguas travam uma dança ritmada, nossas mentes se afastam de tudo que acontece a nossa volta. Usamos nossos corpos para apagar a dor que nos rodeia. Meu corpo se acende e reage imediatamente ao seu toque e nos perdemos um no corpo do outro.
— Matt. — sussurro seu nome de forma reverente.
— Eu preciso de você Vall. — suas mãos estão ávidas. —Preciso que você me faça esquecer. — sua voz está desesperada.
Seguro em seu rosto e o encaro por alguns segundos, quero que ele veja que eu faria qualquer coisa por ele. Quando nossas respirações se tornam pesadas e não conseguimos mais controlar o desejo que estamos sentindo, ele nos encosta na parede e nos tornamos uma massa de sensações, toques, suspiros e prazer.
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Inefável - Quando não existem palavras para descrever um sentimento. (Completo)
Chick-Lit[COMPLETO] ****CONTEÚDO ADULTO**** A vida colocou Valary Sanders diante de caminhos tortuosos em inumeráveis situações. Situações as quais, as consequências foram quedas que a fizeram sangrar até quase a morte. Um acidente que lhe tirou tudo de m...