Capítulo 27

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I've stood in the dark, been

Waiting all this time

While we damn the dead I'm

Trying to survive

Not ready to die

Avenged Sevenfold




Amy está nos esperando no carro como havia dito que faria.

— Finalmente. — imagino qual deva ser o motivo dessa impaciência dela. Se eu tivesse que arriscar, diria que ele é alto e tem olhos castanhos.

Entramos no carro e partimos a caminho do restaurante na praia.

Matt segura minha mão por todo o caminho, quando ele a ergue e a beija, Amy no banco de trás faz um barulho de enjoo.

— Vocês estão embrulhando meu estômago, com essa melação toda. — o sorriso contido em sua voz nos faz rir. Matt me encara e pisca para mim, fazendo meu estômago ficar em polvorosa.

— Você só está com inveja irmãzinha. — ele a provoca.

— Vai sonhando irmãozão. — vejo Matt fechar a cara ao ouvir sua resposta, enquanto eu tento segurar o riso.

— Como assim Amy? — o modo irmão protetor entra em ação.

Fico no meu canto enquanto os dois entram em uma discussão acalorada. Amy o repreende por querer controlar a vida dela, enquanto Matt rebate que ela precisa dos seus cuidados.

Coisas de irmãos.

No fim Amy o engambela com uma desculpa esfarrapada que Matt acaba engolindo, mas a carinha de quem está escondendo algo, está estampado em seu rosto. Fico a encarando pelo espelho retrovisor do carro, e quando ela percebe, da uma piscada para mim. Acho que não foi apenas a minha noite que foi boa.

Quando chegamos ao restaurante, Hank e Brian já estão nos esperando. Os dois se encaram, como se estivessem travando uma batalha silenciosa.

Estou com um pouco de pena do Hank, esses dois em cima dele, vai ser osso duro. No entanto, ele parece estar pronto para enfrentar o que for preciso para ficar perto de Amy. Nas poucas vezes que estivemos em um mesmo lugar, vi que ele a olha com toda devoção que Amy merece.

Almoçamos em um clima amistoso. Amy e eu conseguimos ignorar o mau humor de Matt e Brian e tivemos um ótimo momento. Hank nos acompanhou enquanto os dois ficaram com cara de bunda.

O restante do dia foi passado na praia. Conversamos, brincamos, e os dois irmãos ciumentos acabaram relaxando, quando viram como Hank trata Amy.

Com muito custo Matt, me convenceu a entrar no mar. Fiquei um pouco reticente diante daquela nova experiência, mas quando seus olhos me encararam com tanto carinho e ele ergueu sua mão em minha direção, não resisti. A segurei firme e me entreguei a sensação de sentir a água fria do mar, me envolver a cada passo que nós dávamos.

Essa foi a primeira vez que me permiti viver algo que queria ter aproveitado com Hilary, sem me sentir culpada. E Tudo isso, graças ao cara incrível que estava segurando firme minha mão.

Matt me segurou em seus braços pelo tempo que precisei, e quando uma lágrima escapou de meu olho, ele a secou com um beijo.

Não preciso dizer que meu coração quase explodiu.

— Não Matt, para! — os respingos de água salgada que ele me joga, faz meus olhos arderem levemente e perder o fôlego.

— São só uns pinguinhos Vall. — me jogo em sua direção com a respiração presa, enrosco minhas pernas em sua cintura e afundo meu rosto em seu pescoço, não dando chance para ele continuar seu "ataque".

Inefável - Quando não existem palavras para descrever um sentimento. (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora