Capítulo 12

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A Semana passou como Christian havia falado para Anastásia, ele se manteve distante, até porque Therence arrumou trabalho para ele a semana toda. Ele e Anastásia mal se viram, ficava mais na sala dele, só saindo o necessário. Ela por sua vez, chegava antes dele e já entrava na escola, dava as aulas e ficava em sua sala até a hora que sabia que ele já tinha ido embora, não se falaram nem por telefone, mas ele vários dias, estacionava o carro em frente ao prédio dela, e lutava para não chama-la.

Na sexta feira, depois do almoço, Anastásia havia chegado do Orfanato, e resolveu contar o que resolveu para ele, foi até a sala dele e bateu na porta, já a abrindo:

— Posso entrar, atrapalho?

Christian levanta a cabeça para olha-la e abre um enorme sorriso, se levanta e vai até ela, ela entra e fecha a porta.

— Claro que pode tudo bem com você?-  lhe dá um beijo no rosto sorrindo.

— Tudo e você?

— Sim, com saudades. -  pega a mão dela e a leva até uma cadeira para se sentar, fica de pé, encostado na mesa a olhando.

— Eu também, mas vim-te falar que fui ao Orfanato. Conversei com o S.r. Wilson,  adorou os livros, mas falou que de fim de semana, tem vocês, então eu propus ir três vezes por semana, saio uma hora mais cedo daqui e vou para lá, e fico umas duas horas ajudando as crianças.

— Você tem certeza? Não vai te atrapalhar ou sobrecarregar?

— Claro, à tarde meu serviço é mais administrativo, vou dar um jeito.

— Se você precisar de algo, corrigir algumas provas, preparar alguma aula e não tiver tempo, me pede um socorro, promete?-  faz que sim sorrindo da atenção dele.- estava resolvendo aquele passeio para o Zoológico Woodland Park , já está tudo resolvido, data, horário, ônibus e tudo o mais, só preciso fazer uma reunião com os pais e passar os detalhes e ver quem vai.

— As crianças vão amar, nunca fui, dizem que é lindo. Minha mãe não era fã da natureza.

— Você não sabe o que está perdendo.

— Poderíamos fazer um passeio desses com as crianças do orfanato, o que você acha?

— Acho que sim, o problema é o aluguel dos ônibus e os ingressos.

— Fica por minha conta.- ele abre um sorriso, não acreditando no que ela está falando.- e também o lanche.

— Sério mesmo?

— Claro que sim, converse com o S.r. Wilson e me passe os detalhes.

— Ele vai te admirar ainda mais.- pega uma das mãos dela e beija.- sentindo sua falta.- Nesse momento batem a porta, ele a solta e vai para trás da mesa.- entre.

Paula, professora de geografia entra.

— Oi Christian.- olha para Anastásia a estranhando ali.- Oi Anastásia.

— Olá, Paula.-  responde já se levantando.- Fica assim então, assim que tiver os detalhes me avisa. Boa tarde.- fala, se dirige para a porta e sai.

— Ela é tão mal educada.- Paula fala.- nem esperou você responder. - Christian fica pensando na reação dela, mas acha melhor, não dar margem a conversa:

— Em que posso te ajudar?- fala seco.

Já estava próximo ao final do expediente, quando Thabata, entra na sala dele:

— Olá, Christian, você tem meia hora depois do expediente?

— Tenho sim, por quê?

— Amanhã é aniversário de Anastásia, então vamos fazer uma pequena comemoração na sala dos professores, ela não sabe de nada, fica um pouco com a gente?

— Claro, pode me esperar. - fala

— Está bem, até daqui a pouco.- e sai da sala.

Ele fica pensando o porquê ela não lhe contou sobre o aniversário dela,- Strana ragazza.- fala balançando a cabeça.

Depois do expediente,  se encaminha para a sala dos professores, quando chega, ela ainda não está,  cumprimenta os professores que estão ali, Paula se aproxima dele e puxa conversa, começa a conversar com ela, quando Anastásia, Sheila e Thabata chegam. Começam a cantar parabéns para ela que sorri envergonhada, os olhos dela se cruzam com os de Christian e o olhar dela vai para Paula que está ao seu lado, ela não gosta muito do que vê, mas não deixa transparecer nada.

— Obrigada, não precisava.- Ela fala quando acabam de cantar. Sheila e Thabata, são as primeiras a cumprimenta-la, em seguida os professores a cumprimentam um por um e Christian fica por ultimo. Ele para em frente dela com um olhar ilegível e fala estendendo a mão:

— Meus parabéns!

— Obrigada.- aperta a mão dele, sentindo a frieza entre eles.

— Hora de cortar o bolo!- Sheila vem em seu socorro. Ela dá mais uma olhada para ele e vai cortar o bolo. Corta o bolo e fala:

— Como todos os anos, o primeiro pedaço é seu Sheila.

— Oba!-  pega o bolo e se afasta, Anastásia continua a distribuir o bolo, e Sheila vai para o lado de Christian, que está com cara de quem quer matar um.- Pode deixar, eu divido meu pedaço com você.

— Por que ela não disse?

— Porque Anastásia é assim, não fala muito, não se abre.

Ele balança a cabeça em negativo, sabe que ela não foi assim com ele.

— Não comigo.

— É com você é tudo diferente.-  a olha intrigado. -Nunca vi ela dar a abertura que te dá a alguém, ela deve gostar muito de você.-  ia abrir a boca para responder quando Paula volta com um pedaço de bolo.

— Não vai comer bolo, Christian?

— Não. Com licença.-  começa a ir em direção a porta. Anastásia vendo o que ele pretende fazer o chama:

— Christian, vem pegar um pedaço do bolo.

— Obrigado, tenho um compromisso, tenho que ir, parabéns!- e sai da sala a deixando sem ação.

— Ele é esquisito.- Paula fala para Sheila que ainda estava do seu lado. Ela não responde e sai para auxiliar Anastásia com o bolo.

—O que deu nele, Sheila?-  fala ao entrar no carro.

— Ele reclamou que você não disse a ele que era seu aniversário amanhã.

— Mas o que ele queria? Que eu desse um relatório completo para ele?

— Você tem acesso a essas informações, ele não e outra, vocês passaram um fim de semana todo romântico e no fim de semana seguinte que ele poderia planejar algo para vocês, você não lhe deu essa chance.

— Eu não tinha pensado nisso.

— Deve estar achando que você acha que ele não se importa com você, por isso deve ter ficado possesso. De repente  marcou com Therence e não vai ter tempo de desmarcar. Isso deve estar mexendo com a cabeça dele.

— Sheila, sua amiga é uma burra!-  se joga no banco do carro.- vou ligar para ele.-  pega o celular liga e ele não atende.- não que me atender.

— Deve estar no compromisso.- Sheila fala e Anastásia afunda no banco de novo, seu celular dá um som de mensagem e ela lê:

— Nos falamos depois!- lágrimas escorrem dos olhos dela, Sheila a olha preocupada, prefere nem comentar a impressão que teve de Paula, Anastásia já tem problemas demais para se preocupar.

50 Tons- DominadaOnde histórias criam vida. Descubra agora