Capítulo 25

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Christian é despertado com os gemidos de Anastásia, a olha preocupado pensando que ela está tendo um pesadelo, coloca a mão no rosto dela,  está queimando de febre, olha para o corpo dela e vê que as manchas se espalharam mais ainda.
 Levanta-se pega o antitérmico que o médico passou e a acorda.
— Anastásia, toma seu remédio, sua febre voltou. - ela se senta meio sonolenta,  coloca o remédio na boca dela e ajuda a tomar água.
— Dói tudo. -  fala se encolhendo.
— Logo vai passar, o remédio vai fazer efeito. -Ela se deita de novo e se encolhe, Christian vai ao banheiro e volta rápido, preocupado com ela. Volta ao banheiro, faz uma busca no armário de Primeiros Socorros e encontra um termômetro. Volta para o quarto e vê que ela está tremendo, a abraça e coloca o termômetro embaixo do braço dela, lhe dá um beijo no rosto e volta para o banheiro e coloca a banheira para encher. Volta para o lado dela e verifica o termômetro, ela está com 39 de febre. Corre para o banheiro, verifica a temperatura da água e desliga a banheira. Volta para o quarto para busca-la. — Vem, amor, vou te dar um banho. -  diz a pegando no colo, ela apenas geme.
— Quero dormir, Christian, meu corpo dói.
— Você não vai conseguir dormir desse jeito, sua febre está alta. -  a coloca sentada na banheira, ela se arrepia com o choque térmico.
Entra atrás dela e a abraça, ela encosta a cabeça no peito dele.
— A água está uma delicia. - ela fala. Christian joga água com a mão por sobre os ombros dela e ela geme de satisfação. - Você tem razão, esse banho vai me fazer bem.
— Vai te ajudar a relaxar e a febre vai baixar um pouco.
— Além de lindo, fofo, inteligente é médico também?-  vira o rosto para olha-lo. Ele sorri.
— Não, mas trabalhando em um orfanato há anos, sei como dar os primeiros socorros a uma pessoa, fui treinado para isso também.
Anastásia volta a se virar e encosta a cabeça de novo no peito dele. Fica pensando que deve ter feito algo muito bom para merecer tanta atenção da parte dele. E como é bom ficar assim, junto dele, sentindo seu perfume, se sente em paz e segurança quando está nos braços dele. Ela se lembra de algo e olha para ele:
— Você me chamou de amor?- ele fica sem graça, pensa em desviar o olhar, mas não consegue isso é que ela se tornou para ele, mas não consegue expressar, sabe que isso trará consequências, e ainda não se sente preparado para isso.
— Não é assim que os namorados se tratam?- diz procurando mostrar indiferença, ela solta um suspiro de desânimo e se vira de novo, mas seu corpo está tenso. Não era isso que esperava ouvir. Mas será que ela também estava preparada para isso? Faz carinhos em seus ombros tentando traze-la de volta, sente que um muro se formou entre eles e não é isso que  quer. Tenta pensar em algo para acabar com isso. Levanta-se, procura uma toalha, se enxuga e veste um roupão, ela continua calada, fazendo ondas na água com a mão, perdida em seus pensamentos. Pega uma toalha e a abre para ela, ela se levanta e ele a envolve na toalha e a leva para o quarto, a enxuga, pega um edredom e a envolve. - vou buscar uma roupa pra você. Vai até a cômoda dela, pega uma camisola e a ajuda a se vestir. Pega o termômetro e coloca nela. Estão calados e o silêncio no quarto é mortal. Ele pega o termômetro está 38. — A febre baixou. -  diz se sentando ao lado dela. A abraça, sente que ela está decepcionada com ele, talvez ela esperasse mais e ele a decepcionou, se sente péssimo por isso. Senta-se na cama, encostando-se à cabeceira, a puxa para ele, a coloca de frente para ele, sentada no colo dele, como se ela estivesse montada nele,  procura os olhos dela, vê tristeza neles. Dá um suspiro de desânimo.- Me perdoa, não queria te magoar.
Anastásia o olha fixo, tentando ler a alma dele, sabe que tudo pode mudar se ela confessar o que vem sentindo, mas prefere encarar a mudança a ficar com isso preso dentro dela.
— Me apaixonei por você.-  fala, ele continua a olhando sem saber o que dizer, vem nutrindo sentimentos por ela nesses últimos dias, que nunca sentiu por ninguém, mas sabe que não tem muito a oferecer a ela. Mas sabe que se continuar a negar isso a ela, ela irá sofrer e ele também. Ele a puxa para um abraço, a aperta no peito e lhe beija os cabelos.
— Eu também, Bambina mia. Já venho te considerando como meu amor há muito tempo, só tinha receio de te falar, não quero te magoar, não posso te oferecer nada. Não tenho condições de te assumir ou te dar o que merece.
Ela se afasta para olha-lo.
— Você já me dá muito mais que imagina, muito mais que eu necessito.
— Mas para mim não é o suficiente, queria poder andar com você de mãos dadas, te levar ao cinema.- pega a mão dela, a beija.- queria por um anel aqui no seu dedo. -Ela paralisa com essa declaração.- você não quer?
— Só acho cedo para isso. Não sei se estou preparada.-  a abraça forte de novo.
— Eu sei Bambina, temos um caminho ainda a percorrer.- a afasta e procura a boca dela em um beijo terno. – mas percorreremos juntos, vamos enfrentar tudo juntos.-Ela sorri e agora é ela que procura a boca dele.— Você parece melhor.- diz com a boca em sua face, vendo que a febre baixou.- mas é melhor dormir.-  se deita a levando junto com ele, ela ri com o susto, a coloca na cama e ajeita a cabeça dela em seu peito, lhe fazendo carinhos no cabelo.- se precisar me chame. Bono sonno, amore mio. – e lhe beija os cabelos.
Anastásia fecha os olhos, o sono logo vem, agora está feliz, sabe que está nos braços de alguém que a ama e enfrentará tudo com ela.
Christian demora a dormir, está agitado, feliz , preocupado com Anastásia, com medo de a febre voltar. Sabe que deu um grande passo em se assumir para ela, mas já está feito, o jeito é viver esse sentimento e procurar faze-la feliz, pois a felicidade dela será a força que ele vai precisar para enfrentar as dificuldades que terão de enfrentar. Pensando nisso ele adormece e sonha com ela, linda, vestida de branco vindo em sua direção em uma igreja.

50 Tons- DominadaOnde histórias criam vida. Descubra agora