50 Tons- Dominada

Capítulo 13

No dia seguinte, de manhã. Christian entra no quarto de Anastásia devagar, para não acorda-la. Coloca a bandeja de café da manhã em cima da cômoda e começa a caminhar para a cama dela, Juan que estava deitado na cama dele, mia e ele faz um sinal de silêncio para ele.

Chega perto dela e vê que ela está dormindo, tira os sapatos sem fazer barulho e se deita na cama, devagar para ela não acordar e a abraça por trás, sussurrando em seu ouvido:

— Feliz aniversário, mia Bambina. - ela se vira assustada e dá de cara com ele sorrindo , passa os braços em redor do pescoço dele, rindo de felicidade, ele a abraça forte.

— Você está aqui. -  murmura no pescoço dele, o beijando.

— Onde eu poderia estar em seu aniversário que não fosse ao seu lado?-  lhe dá um beijo no pescoço.

— Me perdoa, não queria te magoar ontem.

— Tudo bem, não foi só o fato de você não ter me falado, eu me vi no meio de todos os funcionários e não podia te abraçar, te desejar felicidades como devia. -  a afasta para olhar para ela. - isso me matou por dentro, já venho fingindo tanto e fingir indiferença a você, foi muito, não consegui processar.

— Eu sinto muito.

— Ontem, foi ontem, hoje é seu aniversário e quero fazer de hoje um dia especial para você. E detalhe, sou seu até segunda de manhã. Se você quiser e me deixar ficar aqui, é claro.

— Sério?-  faz que sim e ela o abraça sorrindo.- quero e muito!

— Trouxe café para nós, tive ajuda da Lauren, Sheila me liberou para entrar antes que você pense que invadi sua casa.

— Bobo. -  fala lhe dando um tapa no ombro. Ele sorri e lhe dá um beijo no rosto.

— Diamo La prima colazione, ragazza!(Vamos tomar café da manhã, menina). -  fala se levantando e pegando a bandeja, ela fica admirada com o italiano dele.

— Não é que você sabe, mesmo?

— Pensò Che stava mentendo?(pensou que estava mentindo?). -  fala colocando a bandeja na frente dela, se sentando na cama.

— Estou surpresa, apenas isso.

— Quero te surpreender sempre. - lhe dá um selinho na boca. - Depois que tomarmos café, você se arruma, vamos dar um passeio.

— Posso saber aonde?- fala colocando um pedaço de queijo na boca dele, que come o queijo e dá uma colherada de iogurte para ela.

— Zoológico Woodland Park . - ela arregala os olhos. - vou te levar para viver um pouco. Pedi para Lauren preparar uma cesta de piqueniques também. - a olha interrogando.- aposto que você nunca fez isso.

— Não mesmo. Cresci dentro desse apartamento ou na escola com minha mãe, viajamos nas férias, mas era só.

— Você vai gostar. -  acaba de tomar o suco, se levanta, calça os sapatos e fala:- vou te esperar lá embaixo. – dá um beijo rápido na boca dela e fala para Juan. - vem fazer companhia para mim. - o pega no colo e sai do quarto, Juan nem reclama ou mia, vai de bom grado ao colo dele.

— Traidor. - ela pensa e sorri.

Já tinham andado, mais da metade do Zoológico, Anastásia estava encantada, mas começou a reclamar que estava com fome e cansada e foram almoçar os lanches que Lauren havia preparado para eles.

Estavam sentados embaixo de uma arvore, descansando depois de haverem se alimentado, Christian estava sentado, encostado no tronco da arvore e ela estava deitada com a cabeça no colo dele. Ele mexia no cabelo dela fazendo carinho, ela se sentia tão bem com isso, a única pessoa de quem  teve carinho, foi sua mãe, e agora Christian estava dando isso a ela.

— Dois beijos por seus pensamentos. - ele fala. Ela vira a cabeça para olhar para ele.

— Estou feliz.

— Sou a razão dessa felicidade?-  faz que sim. - Fico feliz por estar lhe dando isso. - ele se abaixa e dá dois beijos na boca dela. - Fui ao Orfanato ontem a noite, S.r. Wilson está cheio de ideias para você.- passa a mão pelo rosto dela e fala sério:- ele acha que estamos namorando, eu disse que não, você era minha chefe, não teria cabimento.

— E o que ele falou?

— Riu como se não acreditasse em uma palavra do que eu disse.

Ela se levanta e senta a sua frente.

— Era esse o compromisso?

— Um deles, não me faça entrar em detalhes.

— Certo, desculpa, não deveria ficar falando sobre isso.

Ele passa a mão no rosto dela e a puxa para um abraço,  encosta-se ao peito dele, enquanto ele acaricia os seus cabelos.

— Tive uma semana horrível, sem você, tendo que estar com pessoas que não queria, fingindo algo que não sou.

— Sinto muito. -  fica em silêncio um pouco. - Daniele acha que eu deveria te contratar como exclusivo.

— Eu não aceitaria de jeito nenhum! Nem pense nessa possibilidade!

— Eu sei disso.

Ele a afasta para se olharem.

— E tem a escola, se eu deixar de fazer o que faço, ainda tem a escola, teria que pedir demissão e isso não posso, não no momento.

— E eu também não quero te demitir, você é um excelente profissional, gosto do seu trabalho.

Christian a abraça de novo, forte, apertado, como se aquele abraço fosse capaz de resolver todos os problemas deles.

— Sei o que você tem passado também, tinha um ritmo de vida e eu estraguei naquela noite.

— Você me salvou naquela noite. Hoje vejo que era tudo vazio, estava apenas me refugiando em algo que não existia, fingindo ser feliz e não era.- a afasta de novo, para olhar nos olhos dela.

— Isso que estamos vivendo, será que pode ser considerado namoro?

— Um namoro diferente.- ela ri- mas acho que sim. -  a puxa para o colo dele a segurando pela cintura e a beija, um beijo terno, sem nenhuma exigência, apenas de entrega.

— Você tem sido o Sol para mim em meio a essa tempestade que vivo.-  fala enterrando o rosto nos cabelos dela.- não posso te oferecer muito, mas quando estamos juntos, sou seu, de corpo e alma.

— Nunca namorei, isso tudo o que estamos vivendo é novo pra mim.

— Eu nunca fui muito de namorar também, sério mesmo só tive uma que durou um ano, mas depois veio à faculdade, para ela e para mim, perdemos um pouco o que sentíamos por causa da distância e planos diferentes.

— Minha mãe era muito vigilante, não queria que me envolvesse com qualquer um, penso que ela queria me casar por conveniência, como ela e meu pai.

— Um casamento sem amor, é muito triste, meus pais sempre foram apaixonados, por isso minha mãe sofreu tanto.-  a beija de novo. -Você está cansada? Quer andar mais um pouco ou vamos para casa?

— Acho que prefiro ir para casa.

— Então vamos, vou fazer o jantar para você hoje. Já conversei com Lauren.

— Vou experimentar sua comida então?- ele faz que sim.- será que Sheila abasteceu a farmácia?-  a olha intrigado.- de antiácidos.

— Antiácidos, é? – ela faz que sim,- vou te mostrar que você vai precisar de antiácidos antes do jantar, vai passar mal de tantas cocegas.- e começa a fazer cocegas nela, que se contorce nos braços dele rindo até perder o folego, quando  vê que  está esgotada, para e a segura forte em seus braços para ela se recompor. Pensa como em uma semana ela se tornou tão importante para ele e tem medo disso.- melhor?- pergunta acariciando os cabelos dela e dando um beijo em sua testa, ela faz que sim.- vamos recolher as coisas e ir pra casa.

Anastásia concorda, tentando colocar seus pensamentos e sentimentos em ordem, mas quase achando isso impossível, se espanta em como ele conseguiu bagunçar a vida dela em tão pouco tempo.