Capítulo 23

4.5K 326 29
                                    

Christian havia feito um omelete de cogumelos com bacon e uma salada com tomates, palmito e azeitonas.

— Foi o que eu achei na geladeira. -  fala a servindo.

— Está com uma cara ótima. -  coloca uma porção de omelete na boca e fecha os olhos. – você está de parabéns, está muito bom.

— Obrigado. - sorri para ela. - essa semana vai ser corrida, tenho um monte de detalhes para resolver sobre o passeio.

— O bom é o feriado, a semana vai passar voando. Não vejo a hora de ver a cara das crianças, elas vão adorar os animais.

— Eu que não vou ficar muito feliz. - Faz um biquinho e Anastásia o olha intrigada. – ficar um dia inteiro com você e não poder te tocar ou abraçar, vai ser um suplicio.

— Tiramos o atraso à noite. -  lhe dá um beijo.

— Conversei com Therence, fiz um acordo com ela. - come um pouco de salada e Anastásia espera ele falar o olhando curiosa e receosa ao mesmo tempo. - falei que precisava viajar para resolver alguns assuntos do meu pai, vou trabalhar em dobro a semana inteira e ficar o final de semana livre para nós. Terremos três dias inteiros juntos, começando na quinta à noite.

Anastásia se segura para não demonstrar euforia,  sabe que ele vai se sacrificar, vai se desdobrar por eles, isso a machuca e ao mesmo tempo a deixa feliz,  está se esforçando para conciliar o trabalho com o namoro deles.

— Vou dar uma desculpa para Thabata, vou falar que você vai fazer um curso de especialização rápido e vai entrar na parte da tarde, te abono as horas.-  diz.

— Não é justo, Anastásia.

— É justo sim, não quero te ver como um zumbi pela escola. E além do mais não quero que chame a atenção na escola sobre você.

— Está bem. Te agradeço por isso.-  toma a mão dela e a beija.- Fui ao Orfanato essa semana e George veio falar comigo.

— Sobre?

— Ele perguntou se estávamos namorando.-  fecha a cara e dá um suspiro irritado.- Falei que não.

— Você sabe que pode confiar em mim, se ele vir me cercar eu o corto de cara.

— Ele não vai fazer isso.- o olha intrigada.- falei que você tinha um namorado na Itália.

— Você enlouqueceu, Christian?

Solta o ar com dificuldade e diz em tom amargurado:

— Acho que sim, desde o dia que te vi ali naquele quarto, me implorando, com os olhos, por carinho.- Ela sorri e passa a mão no rosto dele para conforta-lo.

— Tudo bem.-  diz lhe dando um sorriso doce.

— Tudo bem, nada, Anastásia.- se levanta e anda pela cozinha, passando a mão nos cabelos. Para na frente dela e a olha sério. - estou cansado de mentir, de me esconder, fingir que você não é nada pra mim. -  se ajoelha e deita a cabeça no colo dela, como uma criança que precisasse de carinho, ela afaga seus cabelos.

— Por favor, não se desespere, se perdemos o controle agora, não o recuperamos depois, isso não vai ser bom.

— Eu sei. – fala. – Mas dói não poder te assumir. - levanta o rosto e a olha sério. - me deu vontade de falar para ele se afastar de você, tirar aqueles olhos de gavião de cima de você, porque você era minha, e no entanto tive que me esconder atrás de um namorado falso. Isso acabou comigo.

Ela o afasta e também se ajoelha na frente dele, o abraçando.

— Quando você se sentir perdido por mentir ou fingir, pense que isso é passageiro, que logo arrumaremos um jeito, teremos uma solução e poderemos assumir nosso namoro pra todo mundo.

50 Tons- DominadaOnde histórias criam vida. Descubra agora