Cap 7 - Fear

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POV. Barbara Palvin



A médica explicou calmamente como se usava o tal anticoncepcional? Também me indicou um analgésico para tomar no dia seguinte após a relação sexual. Mas eu não pretendo ter a minha primeira vez com o Cristiano. Guardei a receita na minha bolsinha de mão e sai da sala em silêncio. Aproveitei o descuido da Nathália que conversava animada com o enfermeiro e sai de fininho da clínica. Peguei meu celular no bolso do short, lendo a mensagem da Isabelle com o tal endereço da clínica que minha irmã estar internada. Fiz um aceno com a mão para o taxi parar e entrei no mesmo pedindo ao motorista para levar-me a clínica especializada para crianças com câncer. Coloquei o cinto de segurança observando as pessoas andando pela calçada de Madri vivendo sua vida cotidiana: indo ao trabalho, cinema, passeios com familiares, amigos ou namorado. E fico me perguntando: Quando terei a minha liberdade de volta? Só de lembrar que o Cristiano agredia as mulheres senti nojo de mim mesma, por estar atraída por esse monstro que sente tesão em ver as meninas sagrando.



- Chegamos! - o taxista gorducho disse impaciente, me tirando dos devaneios.



- Obrigada! - agradeci, saindo do táxi.



- Hei! Cadê o meu pagamento? - questionou raivoso. Puta que pariu! Eu não tenho nenhum euro no bolso.



- Moço, eu..... - fiquei nervosa mordendo o lábio inferior. - Eu estou sem dinheiro.



- O quê? A senhorita está tentando me dá um calote? Eu não vou ficar no prejuízo. - disse enfurecido saindo do táxi e segurando meu braço com força. - Se a senhorita não pagar o que deve, irei chamar à polícia.



Droga! Eu não posso ser presa, estou sem o meu passaporte.



- Eu não sou caloteira. Solta o meu braço! - resmunguei.



- Eu pago a corrida da moça. - virei o rosto fitando o motorista particular do Cristiano retirando algumas notas de euros na carteira.



- O que você está fazendo aqui?- indaguei receosa. Será que o Cristiano já sabe que fugir da clínica e mandou o seu cão de guarda me procurar?



- Eu vim visitar a minha tia que mora aqui do lado. - respondeu, pegando o troço das mãos do taxista. - O chefe deixou a dama sair sozinha da mansão?



- Não. - suspirei.



- Ele vai ficar puto da vida quando ficar sabendo da sua fuga. - gargalhou.



- É só por algumas horas, prometo que vou voltar para casa. - afirmei, ele não pode me dedurar para o seu patrão.



- Tudo bem, não vou dizer nada. Minha boca é um túmulo. Além do mais quando você não está por perto aquela casa fica sem graça. - disse malicioso, lambendo os lábios com a própria língua. - A propósito, eu sou o Raphael.



- Barbara. - apertei a sua mão, ficando meio desconfiada. - Bom, tenho que ir antes que fique tarde. Obrigada por ter pagado a corrida.



- Não tem de quê. - deu uma piscadela. Seus olhos azuis continha um misto de diversão e malícia. - Se for preciso pagaria outras mil vezes a sua corrida só para ficar alguns minutos a mais ao seu lado.



Não dei importância a sua cantada e adentrei na clínica, passei pela porta principal indo diretamente até o balcão da recepcionista.



- Boa tarde! Vim visitar a paciente Clarice Palvin. - falei educada, dando um sorriso simpático.



- Um minuto, por favor! - ele digitou no computador o nome da Clarice procurando a ficha da minha irmã. - Você é parente da paciente?



- Irmã. - respondi ansiosa.

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