Cap 74 - Broken Heart

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    Pov. Barbara Palvin

Sinto o frio no meu quarto causando um arrepio em minha pele, a luz acendida do abajur ilumina boa parte do ambiente, a janela entreaberta com as cortinas voando deixa a temperatura baixa. Calço minhas pantufas para fechar as cortinas e ficar aquecida, o céu está bastante escuro com alguns raios iluminando a escuridão, uma tempestade se aproxima e não sei o porquê, mas sempre odiei tempestades.  Meu celular toca no criado mudo, era a minha irmã, porém não atendi estava preocupada com os meus gêmeos, talvez eles não estejam devidamente protegidos do frio. Saio do meu quarto seguindo pelo corredor largo e silencioso, abrir a porta com cuidado para não acordá-los. Ligo a luz para observar meus filhos, Edward suspira lentamente abraçado ao seu ursinho de pelúcia de cor azul, beijo seus cabelos loiros sedosos igualzinho aos meus fazendo um afago com as mãos. Na outra cama de solteiro vejo o Mateo adormecido, todo bicudo e sem o cobertor no corpo, encobri meu pequeno teimoso, protegendo-o do frio, também deixei um beijo na sua bochecha gostosa, desejando que sua implicância comigo tenha um fim.

- Bom sonhos, meus amores! Mamãe te ama tanto. - Sussurro baixinho, fitando os meus meninos lindos.

Fecho a porta devagarinho e apagando a luz, fito o longo corredor vendo os quartos de hóspedes a direita. Não quero mais ficar brigada com o Cris, eu preciso fazer as pazes com o meu esposo, sei que não estar sendo fácil para minha família se acostumar com minha nova rotina de empresária e eu necessito de um tempo a mais com eles. Sinto um friozinho na espinha como se algo de ruim tivesse para suceder na minha vida, ignoro o mau agouro e seguro na maçaneta girando-a vagarosamente.  Quero fazer uma surpresa para meu esposo nessa noite chuvosa, também estou sentindo a falta das noites calientes que nos envolvem e acalenta o fogo da nossa paixão.  Mas, ao abrir a porta do seu quarto o meu sorriso se desfez em questão de segundos, eu nunca imaginaria que iria do céu ao inferno tão rapidamente. Ele estava muito bem acompanhado nessa cama, não precisava da minha presença, na verdade ele se esqueceu de mim. Sentir a raiva se acumulando em cada poro da minha pele, eu não conseguia largar a maçaneta apertando-a com tanta força que meus dedos ficaram vermelhos, mas meus olhos continuavam fixos naqueles dois se amando na cama, as lágrimas rolavam pela minha face e parecia que uma facada estava sendo enfiada bem fundo no meu coração. Flávia me fita debochadamente arranhando as suas costas, como se fossem íntimos a bastante tempo, e quando meus lábios tremeram em meio ao choro e ao soluço que saiu da minha boca, finalmente me viu parada na porta.

- Bar-ba-ra! - Gagueja nervoso, saindo de cima dessa vaca. Aquilo me doeu por dentro, pois, pra ele foi fácil demais me trair e fazer-me sentir um lixo. Cristiano veste sua bermuda de volta e vem ao meu encontro, antes mesmo que me tocasse com essas mãos que estava tocando o corpo dela, acertei um tapa tão forte na sua bochecha que o barulho ecoou no quarto.

- Não encosta essa mão em mim, sinto nojo de você. - Esbravejo raivosa, a sua amante gargalha alto, adorando vê o meu sofrimento.

Eu sempre fui uma pessoa mais calma e contra a violência, mas essa vadia está merecendo uma surra bem dada. A adrenalina que sinto em meu sangue era tão forte que não sei explicar o tamanho da força que usei ao puxar o cabelo da Flávia com tanta raiva, que um tufo dos seus fios castanhos ficaram em minhas mãos.

- Aiiiiiiiiiiiii, chifruda! - Grita enfurecida, fico sentada sobre a sua cintura desferindo socos e tapas no seu rosto, mesmo sentindo as palmas das minhas mãos ardendo continuei batendo nessa vagabunda.

- EU VOU TE MATAR! - Grito exacerbada esmurrando seus olhos azuis, e quebrando o seu nariz fino, seu sangue saia  pelas suas narinas e os seus gritos de desespero aumentava a vontade que tenho de estrangular essa cadela. Arranho as suas bochechas com minhas unhas grandes e o Cristiano nada faz para salvá-la.

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