cap 52- Revenge

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Pov. Cristiano Ronaldo

A cabeça latejante e a visão meio escurecida me deixa tonto, estou tentando se acostumar com a claridade da luz e o murmúrio das pessoas a minha volta. Me sento no chão levando a mão na cabeça e percebendo que está sangrando, o cheiro de fumaça me faz tossir.

__ Oh! Ele acordou. - O estranho fala animado.

__ Barbara. - Digo meio tonto, me levantando subitamente, abrindo espaço para me passar e sair dessa roda de pessoas a minha frente.

Vejo o táxi queimado e os bombeiros apagando o fogo, fito cada rosto desconhecido tentando encontrar minha Mon Petit e não a vejo em nenhum lugar, um aperto se faz em meu coração.

__ Minha esposa. - Pergunto ao bombeiro. __ Cadê a minha esposa? Vocês a levaram para o hospital?

__ Calma. Você precisa de um médico. - Fala sério, analisando meus ferimentos.

__ Eu preciso da minha mulher. - Digo impaciente segurando na sua camisa. __ Cadê a Barbara?

__ Lamento o que vou lhe dizer senhor Ronaldo, mas a sua esposa provavelmente morreu dentro do carro junto ao taxista, não sei como o senhor conseguiu sair do carro e sobreviver a explosão. - Diz pensativo. __ Sinto muito, ela morreu carbonizada, a única coisa que sobrou foi a sua aliança de casamento.

__ Não pode ser. - Falo desesperado, meus olhos focados na aliança com o nome Mon Petit, a Barbara não poderia ter ido embora sem mim. __ VOCÊ ESTÁ MENTINDO, EU QUERO MINHA ESPOSA DE VOLTA.

Acerto um soco no cara, tentando passar das fitas que impedem as pessoas que atrapalhe a investigação, mas dois homens me seguram com força me impedindo de chegar perto do carro queimado.

__ Se acalme. Ronaldo.

__ ME SOLTA. CARALHO! QUERO MINHA ESPOSA, MEUS GÊMEOS..... - Digo furioso, a fúria dando lugar ao desespero que se transforma em lágrimas pelas quais não impedir de cair em meu rosto. Me ajoelho diante ao carro com a aliança da Barbara intacta na minha mão, meu coração se recusa a aceitar o que os meus olhos vê, eu não posso ter perdido o amor da minha vida, sem ter vivido 50 anos ao seu lado, envelhecer com minha esposa e ficar numa cadeira de balanço vendo nossos netinhos brincando no jardim.

__ Tinha um carro nos perseguindo agora consigo lembrar. - Digo pensativo. 

__ O que mais? - O cara ao meu lado indaga.

__ Não sei, depois o taxista perdeu o controle do táxi e bateu na árvore. - Falo pensativo, com o olhar perdido e o coração apertado. __ Ela tem que está viva.

__ Impossível, você será mandado para o hospital, dará seu depoimento e será liberado para o enterro. - Diz sério.

__ MON PETIT. - Começo a gritar feito louco com a esperança de achar o retorno da sua voz, mas nada ouço. Só o murmúrio dos curiosos e alguns fotógrafos tirando fotos minhas. 

__ Vamos te levar pra longe daqui.

Sou levado para dentro do carro, meus pensamentos se tornam confusos nós estamos juntos, felizes e apaixonados e agora tudo se transforma nesse pesadelo.

                  [...]

Depois que o médico me libera sigo direto para a delegacia, eles começam o interrogatório.

__ Nos fale o que aconteceu minutos antes do acidente. - O delegado diz sério.

Duas horas atrásO taxista muito simpático nos dá balas de morango, Barbara agradece com um sorriso de menina que não pode ver um simples doce e já quer pra si.

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