Intense

Cap 19 - I do nor want to lose you

         POV. Barbara Palvin

Hoje ele nos levou para jantar em um dos restaurantes mais luxuosos de Madri e durante o jantar conversamos de vários assuntos. A mídia lá fora, de certo modo, me preocupava, pois não buscava sair do anonimato e ter o meu rosto estampado em sites sensacionalistas de fofocas. Entretanto, ficava cada vez mais difícil manter-me neutra. Bebi um gole do meu vinho fitando o Cristiano limpando a boca suja de sorvete do filho com o guardanapo. Os dois pareciam tão cúmplices, a presença da sua mãe me deixava um pouco apreensiva, pois dona Dolores não parava de nos observar. Sem falar nas inúmeras fotos que a matriarca tirava de todos nós à mesa.

— Papai, quando é que o senhor vai visitar-me em Portugal? — Júnior indagou curioso, torcendo as mãozinhas pequenas e fazendo biquinho.

— Bem, eu ainda não sei...em breve, vou regressar as partidas e ficarei sem tempo livre para viajar com a família. — Cris respondeu sério, parecia não querer o filho por perto. Talvez o motivo seja a minha presença na mansão, ele não queria que o seu filho ficasse apegado a mim.

— Eu queria ficar mais vezes contigo. — Júnior abaixou a cabeça ficando tristonho. — Eu não gosto de ficar muito tempo longe do senhor, sinto a sua falta.

— Vem cá, campeão! — percebendo a tristeza no tom melancólico da criança, Cris sentou o Júnior na sua perna esquerda e disse atencioso: —Ano que vem, o pai promete que você morará comigo. Mas nesse instante é mais seguro ficar com a sua avó, você ainda não terminou o ano letivo e eu preciso fazer algumas mudanças antes da sua chegada.

— Eu espero só mais um pouquinho, mas não demora não, tá? — Júnior se aconchegou nos braços do pai, o mesmo acariciou o rostinho angelical do filho e depositou um beijo na testa.

— Um ano passa muito rápido, vamos voltar para casa e amanhã levarei vocês no aeroporto antes do meu treino. — Cristiano se levantou da cadeira; deixando algumas notas sobre à mesa.

***

Durante o trajeto de volta à mansão, o silêncio predominou no carro. Ele dirigia com calma, trocando poucas palavras com a mãe e o pequeno Júnior dormia do meu lado. Mandei uma mensagem para Isabelle para saber mais notícias sobre a minha irmã. Assim que o carro foi estacionado na garagem, Cris levou o filho adormecido no colo e a sua mãe me chamou para uma conversa em particular na sala.

— Será que posso conversar com a minha nora? — indagou curiosa, sentando no sofá, apenas assenti ficando do seu lado. — Você está apaixonada pelo meu filho?

— Eu admiro muito o Cristiano e me sinto feliz aqui. — confessei baixinho, sentindo minhas bochechas coradas.

— Fico feliz em saber que ele esteja namorando uma moça gentil e atenciosa. O meu filho mora sozinho e me preocupo com a sua saúde. — ela suspirou pesadamente, acariciando a minha mão. — E agora que descobri que vocês estão iniciando um namoro, fico mais tranquila em saber que tem alguém cuidando do Cris.

— Não se preocupe, o seu filho está muito bem de saúde. — assegurei-lhe.

— Hoje percebi um brilho diferente no olhar do Cristiano. Ele está apaixonado por ti, Barbara. — disse confiante, pegando-me desprevenida.

— A senhora acha mesmo que o seu filho está apaixonado? Ele é tão reservado. — indaguei confusa, um tanto receosa. É óbvio que o Cris não sentia nada por mim, além de desejo.

— Ele te venera com admiração, carinho e paixão. O sorriso do Cris é verdadeiro quando te fita em silêncio. — revelou contente, estampando um sorriso nos seus lábios. Depois voltou a ficar séria. — Ele namorou uma vagabunda chamada Nathália, o relacionamento durou um ano e meio, mas graças a Deus não foi adiante.