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A carta gigante se moveu.

Zoey sentiu seu corpo vacilar diante da tamanha grandeza enquanto o gigante começava a caminhar, o barulho de casas e prédios sendo destruídos pelos seus passos tão pesados que, à medida que caminhava, era um terremoto.

Até que ele começou a correr.

Zoey se firmou contra o chão, sua atenção sendo desviada por um monstro pálido e quase esquelético que avançou contra ela. Imediatamente invocou as duas adagas e fez um rasgo extenso no abdômen da criatura e, em seguida, cravou Noir no centro de sua testa, matando-o.

Ela ergueu a cabeça em direção ao gigante, todos – até os monstros – fazendo o mesmo enquanto ele passava ruas além como uma torre ambulante, brandindo uma foice vermelha enorme, as pernas quase distorcidas e finas demais para suportarem aquele tamanho. Entranhas saiam de suas costas como cobras vermelhas. Zoey formou uma careta de horror.

— Aquele caminho... – disse Lucca, baixo. Zoey desgrudou o olhar devagar do gigante ao rapaz, o coração batendo muito rápido. Ele a encarou, os olhos carmesins. – Ele está indo até a casa de Lisa.

Zoey arregalou os olhos quando uma torrente de fogo passou ao lado dela; Rune estava lutando contra os monstros nos quais voltaram a eles e continuaram avançando, as gargalhadas cada vez mais altas. Do outro lado havia Misha e Christopher, o garoto de óculos lutando com uma espada de esgrima, ágil e com destreza de um dançarino, esquivando tão rapidamente que não passava de um borrão branco.

— Ligue para ela! – exclamou Zoey, chutando o rosto de um Mikatri e cortando suas mãos, recuando um passo para perto de Lucca – Não se preocupe com os monstros!

Lucca retirou o celular do bolso enquanto dava murros e chutes precisos nas criaturas que iam em sua direção. Zoey cuidou de sua retaguarda, arrancando olhos e cabeças, cravando Amren e Noir em estômagos e testas, sangue negro e verde jorrando, maculando o chão.

— Kahi – disse Lucca atrás dela. – Sou eu, Lucca.

Zoey chutou para longe uma besta que iria atacar Rune por trás. Se aquele gigante estava indo em direção da casa de Lisa, onde havia aquele cristal... Ela ergueu o olhar a peça que despontava do céu vermelho, as nuvens girando e girando, distante. O cristal havia caído dos céus, havia fendas e fendas, monstros desciam como chuva. A rainha. Havia algo naquele cristal no qual alguma rainha tinha interesse. Tão importante ao ponto de mandar um gigante para ir atrás.

O estomago de Zoey revirou. Espere um minuto.

As cartas. As frases contidas nelas como um aviso, não de um remetente assassino, mas alguém que tentava alertar, de alguma maneira.

As pessoas decepadas, o sangue drenado delas.

Sangue pinga em suas belas rosas brancas. Das cabeças decepadas de uma rainha tirana.

Pelos planetas.

— ... um gigante está indo na direção da casa de Lisa – a voz de Lucca voltou aos ouvidos de Zoey – Saiam daí. Ele está atrás do cristal.

— Rune! Rune! – ela gritou, chamando a atenção da garota na qual apenas se esquivava e estalava os dedos, os monstros explodindo em fogo.

— O que foi? – Rune exclamou de volta, o rosto carregado de concentração.

— A rainha! A rainha tirana na qual a primeira carta falava! – Zoey arregalou os olhos, assustada, diante de um monstro semelhante a um cachorro sem olhos e se esquivou, seguido de um cortar da língua que emergiu da fera jorrando sangue verde. Ela desviou e cravou Amren no meio da testa e a criatura caiu pesada no chão. – Aquela peça que está lá é da rainha!

Flower boys, thorn girls #1 [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora