Musica: Avenged Sevenfold Nightmare
- Então... aonde é exatamente esse clã? - Selena perguntou enquanto observava as casas pela janela do carro. A rua estava deserta, a noite era o motivo.
- Eu acho que é por aqui... - Respondeu Heigi incerto. O vampiro virou a esquerda, caindo em uma rua sem saída.
- Estamos perdidos, não é? - Indagou Letícia com cara de tédio.
- É... mais ou menos. Não me lembro muito bem onde é. - Respondeu sem graça estacionando o carro.
Repentinamente Drake empinou o nariz e começou a inspirar repetidas vezes.
- Sinto... cheiro de sangue. - Falou em tom diferente. Nesse momento, Heigi fez o mesmo que ele, após também sentir o aroma. Instintivamente começaram a rosnar, deixando as presas visíveis. As humanas se entreolharam, receosas.
- Não é uma boa hora pra vocês surtarem por sangue. Nós duas ainda queremos ficar vivas. - Advertiu Letícia.
Como dito antes, a falta de convivência com humanos fez os dois se acostumarem com os traços de vampiro. Acabaram não aprendendo a controla-los.
Haviam-se alimentado poucas horas atrás, e por isso, conseguiram domar a sede ao respirarem fundo.
- Meu pescoço agradece. - Falou Selena num tom irônico.
Preocupada, ela olhou pela janela procurando qualquer coisa diferente que justificasse o cheiro de sangue que os vampiros sentiram, mas não encontrou nada.
- Fiquem aqui. -Drake pediu abrindo a porta do carro. Heigi fez o mesmo.
Cheiro de sangue, principalmente a noite indicava algum vampiro por perto ou um crime. No entanto na área pacífica, a hipótese mais provável, e que era mesmo um vampiro, talvez o que os ajudasse a encontrar o clã.
Seguiram até o final da rua, a ultima casa a fechava. Ao lado dela, formava-se um beco, pois iniciava outra casa ao lado daquela. E era dali que o cheiro vinha.
Ambos se aproximaram, mas pararam de caminhar após uma garota sair da escuridão do beco, com o pescoço mordido e escorrendo sangue. Porém seus olhos pareciam mortos e estavam centralizados, sinais de que ela na verdade, estava hipnotizada.
A garota passou por eles, como se eles não existissem. Caminhou até entrar um uma das casas. Os vampiros se viraram novamente, encarando o beco.
Dele, para a surpresa dos dois, um garoto saiu. Seus cabelos levemente ondulados iam até o ombro, e seus olhos verdes azulados brilhavam intensamente. Além de tudo, tinha uma estranha semelhança com Darius.
O sangue escorria por sua boca manchando sua blusa listrada. Havia também respingos de sangue em sua calça de moletom.
O garoto parou de andar ao percebê-los ali, e logo uma surpresa tomou conta de seu rosto.
- Drake? Heigi? Meu Deus, são... são vocês mesmo? - Perguntou admirado.
- Sim. - Responderam juntos.
- Perdoe-me pelos meus modos, mestres. - Ajoelhou-se abaixando a cabeça.
- Se levante. - Pediu Drake, o garoto prontamente o fez. - Não há porque se desculpar. E por favor, não me chame de "senhor" ou "mestre". Me chame apenas de Drake, o mesmo com Heigi.
- Sim mes... Drake.
- Qual é seu nome? - Inquiriu Heigi.
- Dominic, senhor... quero dizer Heigi. Me chamo Dominic Kolvitch.
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Anjos do Anoitecer
VampiriEm um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...