Música: ONE OK ROCK The Beginning
— Trouxe o que pedi? — Perguntou a bruxa ao notar Rodrigo se aproximar.
— Aqui está. — Mostrou lhe uma rosa, a mesma rosa que Selena cortou o dedo. — O sangue dela está no caule. — Informou. A bruxa aproximou-se.
— Isso... — Tomou a rosa de sua mão. — Agora eu tenho algo que pertence a ela... — Comentou virando-se. Tomou rumo da cozinha, Rodrigo foiatrás.
— Por que precisa disso?
— O feitiço necessita de algo que esteja ligado à pessoa, como sangue, roupa íntima, saliva. Você trouxe o melhor, e ao mesmo tempo, a oferenda. — Explicou. A bruxa parou frente a um grande caldeirão, suspenso por uma corrente chumbada no teto. Abaixo dele estava a lenha.
— E que feitiço você irá fazer?
— Um feitiço de amor não irá funcionar, mas um feitiço de ilusão sim. O feitiço que irei fazer fará de você, aos olhos dela, a pessoa que ela ama.
— Ótimo, e mais do que necessário.
A bruxa tocou seu cetro na beirada do caldeirão e, inexplicavelmente, uma água escura começou a jorrar sobre a parede do recipiente, enchendo-o rapidamente. Rodrigo observou tudo de braços cruzados, estava impressionado, mas não deixou transparecer.
"Invoctus incendius", pronunciou. A lenha entrou em chamas e o líquido negro começou a ferver.
— Uau! — O lobo exclamou, a bruxa sorriu de lado.
— Sugiro que abaixe a cabeça. Isso no caldeirão é o mal puro e concentrado, não é bom para não-bruxos. — Advertiu. Rodrigo o fez um pouco desapontado, e a bruxa então jogou a flor no caldeirão.
"Invoctus ilusius amarus, notus ilusius humanus." Começou a pronunciar." Invoctus ilusius amarus, cunjuros ilusius amarus. INVOCTUS TU ILUSIOS! " Finalizou com voz alta.
Nesse momento, algo começou a emergir do centro. A coisa foi erguendo-se até sair completamente. Era um esqueleto, com vestes de um palhaço ilusionista.
A figura saltou, caindo em pé a beira do cadeirão. Segurava a rosa em sua mão esquelética.
— Oláaa! — Comprimentou com uma voz rouca, aguda e travessa. Exatamente como um palhaço demoníaco. — Que bela rosa! E para quem? — Perguntou.
— Para uma garota, então o feitiço está pronto? — Indagou
— Mas é claro! Seu pedido é uma ordem! — Disse entregando a flor para ela.
— Que ótimo, muito bom! — Elogiou observando a rosa em sua mão. A criatura olhou para o lado, e percebeu Rodrigo de cabeça baixa.
— Olha para mim rapaz! Se entregue a curiosidade.
— Não olhe, ou ele possuirá seu corpo e só sairá com sua morte. — Advertiu olhando para coisa. O demônio gargalhou alto, e no fim de seu riso pulou para dentro do caldeirão, fazendo o líquido expelir para fora, esvaziando-o completamente. Porém, misteriosamente, nem a bruxa, nem o local foi manchado.
Rodrigo ergueu a cabeça, e percebeu que tudo normal. Ele havia ouvido as vozes, entretanto, não se atreveu a olhar diretamente para a figura.
— Tá... — Começou a dizer olhando ao redor. — O que aconteceu aqui? — Perguntou parando o seu olhar na bruxa.
— Magia, nada mais. — Respondeu desafiando a inteligência do lobo.
— Por que tinha um fucking Pennywise aqui? — Indagou. Ele não olhou seu rosto, mas pode ver suas vestes de relance.
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Anjos do Anoitecer
VampiroEm um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...