Musica: Mike Posner - I Took A Pill I Ibiza
"Como pode haver céu e sol em uma caverna?" Rodrigo se perguntava enquanto caminhava por aquele vilarejo. As casas de madeira, ao contrário das da alcateia, eram lindas e aconchegantes. Ele se sentia em um filme de fantasia, belas árvores e grande presença do verde o encantavam. Um lugar privado da tecnologia, adotando um modo de viver calmo e tranquilo.Andava com aquele que havia o recebido, e que havia se apresentado como Otávio. Ao contrário do bruxo, ele contemplava as belezas do local com justificável fascínio em seu rosto.
Em um determinado momento, o aprendiz de bruxo se surpreendeu ao ver uma criança levitando no ar, "sentada" de pernas cruzadas. Aparentemente estava meditando, e uma luz singela a rodeava. Logo percebeu que aquilo era a magia perante seus olhos.
As coisas fascinantes não pararam por ali, pois ao caminhar mais um pouco, avistou um velho senhor, que semeava a terra com experiência. Porém não foi isso que o impressionou, mas sim quando o senhor se ergueu, e estendeu sua mão para a terra mexida, pronunciando algo que ele não entendeu bem. No entanto aquilo fez a semente germinar e nascer, crescendo em uma velocidade incrível, tornando-se uma bela mangueira em segundos, e além de crescer rapidamente era gerou flores e logo em seguida os frutos.
O senhor apanhou uma, e ao ver Rodrigo caminhou até ele. O garoto parou de andar, e aguardou o homem se aproximar.
— Poderia provar? Preciso da opinião de alguém. — Pediu de forma simpática e amigável.
— Claro. — Se dispôs pegando a manga aparentemente madura. Notou era bela e suculenta, que despertaria fome em qualquer um. Por isso, a descascou e mordeu, sentindo um sabor inigualável, a qual nunca sentira na vida.
— É então? — Perguntou curioso, parecia mesmo disposto a saber a resposta de Rodrigo.
— Isso é... MUITO BOM! — Respondeu mordendo novamente, degustando com vontade aquele sabor adocicado e diferenciado que a fruta possuía.
— Isso é ótimo, a anos tento realizar esse feitiço, vai ser muito útil para nós. — Comentou alegre — Bom, eu sou Jeremias, e você quem é?
— Rodrigo. — Respondeu mordendo-a novamente, as linhas da fruta se acomodaram por entre seus dentes, causando um leve incômodo.
— Nunca o vi por aqui, e noviço, não é?
— Sim. — Respondeu novamente. O senhor assentiu e disse:
— Bom, vou voltar aos meus afazeres, até mais garoto.
— Até. — Despediu-se.
O velho ajeitou o macacão rasgado e tomou seu rumo. Tal veste combinava com sua blusa xadreza verde e vermelha, assim como com seu chapéu de palha.
— Bom, acho que pôde ver um pouco do nosso modo de viver. — Otávio falou para ele, fazendo-o olha-lo.
— Sim, e bem legal. Como que vocês conseguiram fazer isso? Criar isso tudo aqui? — Perguntou mordendo a fruta uma última vez, encerrando sua degustação. Lambeu as mãos ao perceber que não havia nada para se limpar.
— A natureza nos presenteou com essa morada, em cada país a uma, a nossa é aqui. E um lugar onde estamos longe dos seres malignos do mundo, principalmente vampiros.
— Vampiros?
— Sim, nunca nos deparamos com um, mas sabemos as histórias, e por isso estamos sempre atentos. Um ataque é provável.
— Desculpa mas... eles não sabem da existência desse lugar. — Contradisse sério, o homem o encarou com a mesma expressão.
— Como pode afirmar isso? — Perguntou desconfiado, talvez tanto tempo longe do mundo exterior o tenha deixado um pouco ignorante.
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Anjos do Anoitecer
VampiroEm um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...