Musica: EPICA - Unleashed
O chão se desfez aos meus pés, rachou e virou poeira. Drake e os outros desapareceram, e o cenário foi se desintegrando, dando lugar a um piso branco abaixo de meus pés.
Olhei para o alto e surpreendentemente vi terra, terra sustentada por grandes pilares pintados de prata e dourado. Desci o olhar para averiguar melhor onde estava, e vi casas e formarem, um rio surgir cortando o chão e indo até um imenso portão. Aquilo era tão familiar que eu logo percebi que se tratava da Cidade dos Vampiros.
Tudo parecia calmo e tranquilo, as pessoas caminhavam normalmente pelas ruas. Olhei ao redor e percebi que estava no terraço, no terraço do castelo. Torres altas e circulares, que rodeavam o local onde eu estava comprovavam isso. Estando ali em entendi de fato o motivo não se submeterem ao clichê de usarem preto. Parecia ser um reino dotado de muitas riquezas, e superior a tudo e a todos. Enquanto o dourado remetia o ouro e a riqueza, o branco remetia a algo diferente da paz, algo como superioridade. Bom, os vampiros, ou agora, nós, sempre passávamos essa impressão, de sermos fortes, ricos e invencíveis. No entanto, o momento seguinte fez esse fato desandar.
Uma correria desenfreada começou nas ruas, e repentinamente as pessoas tomaram rumo do castelo. Eu havia visto aquele medo nos vampiros, logo eles tão destemidos, agora desesperados. Aquele desespero certamente significava ameaça realmente muito grande.
Os soldados, marcharam em formações perfeitas até os portões, e para meu susto, os arqueiros surgiram atrás de mim, parando no parapeito, onde observaram a cidade. Eles não me viram obviamente, afinal estou em uma visão.
Eu sinceramente achei que meus poderes de iluminada seriam perdidos com o vampirismo, mas pelo visto não, ficaram mais fortes. Tive certeza disso quando tentei caminhar, e consegui.
Ergui minhas mãos a altura de meu rosto, e me surpreendi por vê-las. Minhas visões, geralmente, eram como imagens, mas agora, eu posso ver tudo, eu posso tocar qualquer coisa. Eles só não estão me vendo.
Queria saber o que é essa ameaça, o que é que está gerando tanto pânico. Corri em direção ao parapeito e atravessei aqueles vampiros, literalmente, como se eles fossem hologramas. Ignorei esse acontecimento estranho e saltei. A queda foi longa, mas cai chão como um gato, bom parece que minhas habilidades de vampira também estão comigo.
Se isso verdade, então também posso me transformar em corvo. Concentrei e o que eu imaginava aconteceu, voei pela cidade em direção a saída, acompanhando com o olhar o tumulto e histeria das pessoas, que procuravam abrigo no castelo. Felizmente ele era muito grande, certamente conseguiriam ficar abrigados lá.
Passei pelo portão, e segui pelo túnel junto aos soldados, que corriam fortemente armados para fora.
Meu espanto veio quando saí pra fora: era puro caos.
A mata pegava fogo, os vampiros lutavam com um enorme exército de caçadores, um exército como eu nunca tinha visto antes. Os humanos usavam aquelas armas, e como aquele caçador havia dito, eles tinham vários tipos delas.
Vi uma fileira de morteiros fixados ao chão, que simplesmente dizimavam centenas dos nossos com apenas um único disparo. Grandes raios partiam deles e causavam uma enorme explosão que praticamente desintegravam os vampiros.
Os caçadores também dispunham de bazucas, com uma pegada bem futurística, estas disparavam bolas de luz, gerando explosões quase que na mesma proporção dos morteiros. Metralhadoras, pistolas, granadas, todas feitas com essa coisa de energia.
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Anjos do Anoitecer
VampirosEm um mundo cuja a existência de vampiros é tolamente tida como lenda, dois jovens descobrem logo cedo de que não se deve enxergar esses seres como mitos. Um programa criado pelos vampiros, consistia em levar crianças órfãs para serem doadoras de sa...