A fuga

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– Vamos? – Indagou Sarah, impossibilitando que se quer Delphine cogitasse em seguir sua esposa.

– Vamos – proferiu, em um tom suave, caminhando até a pequena mesa próxima e agarrando suas chaves.

Em poucos minutos Collin e Felix já haviam seguido seu caminho, enquanto Sarah e Delphine faziam o mesmo, ela conduzia o automóvel seriamente, segurando com força o volante entre seus dedos, com um olhar atento ao caminho a sua frente, mas os pensamentos distantes daquele ambiente, se fazia capaz de captar zumbidos de Sarah falando, mas sem dar importância que lhe permitisse compreender as palavras com clareza.

Para sua infelicidade seus pensamentos estavam na mulher que havia deixado em sua residência, havia momentos que ansiava ser prisioneira juntamente a ela, mas temia o que poderia fazer, pois se havia uma pessoa que a tirava do sério, causava um alvoroço em seus sentimentos a levando da completa estabilidade até a instabilidade era Cosima Niehaus, contudo ansiava por estar com ela, necessitava que a amasse a ponto de exaurir tamanha impotência que havia em seu interior , uma impotência que a consumia e a fazia perder o auto controle, a ponto de sentir ganas de suplicar por ser correspondida, porém tendo total consciência de tamanha debilidade era o que a fazia manter a distância daquela ardilosa mulher.

Prestando atenção apenas no caminho conhecido a sua frente, estacionou o automóvel, afastando seus pensando e permitindo captar as inúmeras palavras que aquela mulher proferia seguidamente.

– Chegamos - anunciou em um tom sério, não ameaçando qualquer gesto de gentileza para com aquela mulher, pois a única coisa que necessitava era regressar a sua residência.

– Não gostaria de descer? – Indagou Sarah, tirando o cinto de segurança que envolvia seu corpo, se remexendo no banco de couro do automóvel e sentando-se de lado.

– Não - Respondeu educadamente em um tom ríspido – Esta noite dispensei os seguranças e não me agrada a ideia da Cosima ficar sozinha – completou, buscando transparecer sua ansiedade em que ela a deixasse partir.

Irritada Sarah acomodou seu corpo no banco, sentando-se da maneira correta, com uma expressão pouco amigável, um tanto quanto fechada a ponto de evidenciar sua respiração ofegante, como se estivesse sentindo ódio.

– Irrita-me sua maldita devoção por essa mulher – murmurou em um tom ríspido, com os dentes cerrados.

– Ela é minha esposa – afirmou Delphine, a recordando, enquanto revirava seus olhos – Já conversamos sobre isso – recordou, se buscando fazer entender que não pretendia, tão pouco tinha ganas de dar sequência a aquele assunto.

– Ela não te ama – proferiu, quase em um grito, voltando seu olhar para mulher ao seu lado.

– Isso não é da sua conta- respondeu em um tom de irritação, soltando um longo suspiro.

– É sim – afirmou abrandando seu tom, voltando a se remexer sobre o banco, inclinando-se ardilmente sobre a mulher ao seu lado, a encurralando – É da minha conta, porque ela não te ama e jamais amara como eu a amo – afirmou, em um tom suave, pousando sua mão sobre a face de Delphine e fitando seus olhos de maneira invasiva.

Era demasiadamente provocante ter uma mulher tão próxima, ainda mais se oferecendo despudoradamente como aquela estava fazendo, mas para infelicidade de Sarah, Delphine não era um homem de se atrair pelas primeiras pernas belas que passassem em sua frente, apenas dava atenção a aquilo ou mulher que realmente lhe chamasse a atenção e em toda sua vida a única que havia provocado aquele efeito avassalador havia sido Cosima.

Hidden TruthsWhere stories live. Discover now