Eu amo você

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As pequenas mãos de Cosima deslizaram suavemente até o pescoço de Delphine, sentindo a umidade daquelas madeixas que cobriam sua nuca , seus pés supriam a diferença de altura, coisa que dificultava para seus lábios alcançarem seu objeto de desejo.

Todavia seus lábios saboreavam sedentamente aquele gosto de menta que era o hálito de Delphine, em um beijo suave, onde suas línguas não guerreavam ou se emaranhavam, mas sim dançavam em uma perfeita sincronia .

As mãos de Delphine apertavam com desejo o pequeno corpo de sua esposa, mas não o permitindo colar no seu, afinal seria arriscado sentir aquele corpo que a excitava com tão pouca roupa, a fazendo correr o risco de perder a passagem do tempo e preferir deter o dia naquele leito fazendo amor com aquela bela mulher.

O tempo transcorreu, mas nenhuma das duas deu importância, pois apenas necessitavam jamais separar seus lábios, lábios que se encaixavam perfeitamente , que faziam seus corações baterem de maneira descompassada, que deixava as palmas das mãos suadas, mas um suor frio .

O tímpano de ambas foi invadido por um barulho irritante, um som que vinha do banheiro, algo que as despertou daquela mágica realidade, obrigando seus lábios se repelirem com sofreguidão, pois não queriam uma separação.

– Acho que é seu celular – murmurou ofegante Cosima, pois ainda buscava se recuperar daquele beijo .

Delphine nada respondeu, apenas sendo capaz de proferir um longo suspiro de desgosto, evidenciando que aquele era um péssimo momento para alguém telefonar e atrapalhar aquele viciante momento.

Completamente contrariada, Cormier afastou se de Cosima, caminhando irritada até o banheiro, aquela distancia permitiu que o ar adentrasse com mais facilidade os pulmões de Niehaus, pois pouco ar haviam recebido durante aquele maravilhoso beijo , que fez com que um suave sorriso brotasse em seus lábios.

Buscando afastar aquela sensação rara que tomou seu corpo, Cosima distraidamente caminhou até suas vestimentas para aquela noite, afinal não queria evidenciar a sua esposa o quão abalada havia ficado com aqueles maravilhosos lábios, afinal pareceria uma boba apaixonada por aquela mulher, inflando assim aquele ego.

Mas seus ouvidos não deixaram de prestar atenção nos ruídos de Delphine, que recusou aquela chamada, logo retornando para aquele cômodo, com seu aparelho telefônico em mãos e o pousando desgostosa sobre o pequeno criado mudo ao lado da cama.

Com o canto dos olhos, enquanto suas mãos agarravam o belo vestido elegido para aquela noite, fitou certa irritação na face de sua esposa, que nada proferiu , apenas permaneceu com aquela face.

– Algum problema?- indagou preocupada e curiosa ao mesmo tempo .

– Você não vai gostar – afirmou, lançando um olhar sobre sua esposa Cosima sentiu um calafrio tomar seu corpo, afinal se Delphine sabia que ela não ia gostar era porque aquelas palavras possuíam uma enorme veracidade, que a fez temer que uma tempestade estaria se formando diante daquela calmaria momentânea que havia sido capaz de estabelecer em sua união matrimonial.

– O que é? - indagou roucamente, como se parte de si a ordenasse para não saber

– A Sarah – afirmou , caminhando em direção ao closet e trajando uma calcinha de renda preta, um vestido preto com brilho discreto de mangas compridas, com decote em V que trajaria naquela noite – Não parou de me ligar e mandar mensagens durante todo o dia – comentou, com os olhos voltados para o espelho fazendo sua maquiagem básica.

Aquelas palavras fizeram com que a temperatura corporal de Cosima caísse bruscamente, sentia-se completamente enjoada, como se o chão embaixo de seus pés de movesse como uma plataforma sobre alguma esfera .

Hidden TruthsWhere stories live. Discover now