Capítulo 20

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Gustavo, irritado com tudo o que aconteceu no jantar, caminha até o bar onde George está com uma garota.

— Gustavo? Você me ligou? Eu não ouvi... - Questiona George pegando seu celular quando Gustavo chega na mesa.

— Não, George. Eu não liguei.

— Quer ir embora? - Indaga George e Gustavo nega com a cabeça. — Essa é a Sônia, minha amiga.

— Olá, Sônia. Prazer em conhecê-la.

— Sente-se conosco, Sônia o convida.

— Hoje eu não sou boa companhia... - Gustavo desconversa passando a mão pelo cabelo. — É melhor eu ficar no balcão do bar. Não quero atrapalhar vocês.

— O que há com ele? - Sônia questiona preocupada quando Gustavo se afasta.

— Deve ter brigado com a namorada. Não se preocupe, amanhã converso com ele.

Gustavo se senta na banqueta do balcão e pede um chope. George, que acompanhara Gustavo com o olhar, sorri quando vê Gustavo fazer uma careta ao provar o chope pela primeira vez.

O celular de Gustavo toca e no identificador de chamadas aparece o nome de Isabela e ele ignora a ligação, desligando o aparelho depois da terceira ligação seguida.

Gustavo havia escolhido se sentar em frente a uma televisão que está ligada em um canal de esportes retransmitindo os melhores lances de um jogo de basquete e ele acompanha com entusiasmo.

— Que lance, hein? - Comenta um rapaz sentando-se do seu lado para ver melhor os lances.

— Sim, um lance perfeito. O cara passou horas treinando. Eu só consegui fazer um lance parecido como esse apenas uma vez.

— Você joga? - Indaga o rapaz e diante da afirmativa de Gustavo, ele se apresenta. — Prazer, Mateus. Joga como profissional ou amador.

— Gustavo. Sou amador e até hoje só joguei no colégio.

— Estamos montando dois times de basquete para jogar uma vez por semana. O que acha de participar?

— Eu não sei...

— Provavelmente será aos domingos à noite. Bom, aqui está meu cartão. Avise quando decidir. Amanhã será o primeiro jogo. Isso se der quórum...

Depois que Mateus se despediu, Gustavo olha demoradamente para o cartão. Seria uma boa ideia aceitar o convite? O que será que Isabela lhe diria?

Irritado com o súbito pensando, Gustavo toma o restante do chope e pede outro. A bebida já não parecia tão amarga quanto no primeiro gole e o jogo estava interessante.

Gustavo terminara de tomar o terceiro chope quando George o chama para ir embora. "Pode me deixar em casa, primeiro, George", sussurra Gustavo.

No domingo de manhã, Gustavo acordou cedo, com a garganta seca. Não ficara bêbado com o chope tomado. Mas não escapara de uma dor de cabeça irritante. E isso se juntou com todos os acontecimentos da noite anterior, fazendo com que a cama tivesse espinhos.

Ele aproveita que acordou cedo para estudar enquanto aguarda George chegar, pois prometeu que conversará com ele sobre ontem à noite. Gustavo queria saber a opinião dele.

Perto das 10 horas, Larissa aparece na sala de estudos.

— Bom dia, Gus! - Larissa, animada, cumprimenta Gustavo se sentando ao lado dele.

— Bom dia, "Língua de trapo".

— O que é isso, Gus. Por que me chamou assim? - Indaga Larissa confusa.

O ÓrfãoOnde histórias criam vida. Descubra agora