Maite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre.
Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem.
E...
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Diego
Meu Deus, nunca vi minha filha assim. Eu não imaginava que nossas atitudes afetavam ela, que sempre foi uma menina tão forte.
— O que deu nela?
— Ela anda respondona assim. — Monica disse, pouco se importando com a menina.
— Eu acho que nós devíamos parar com isso, a menina é uma adolescente ainda e isso a revolta, todo filho quer ver os pais juntos, não a cada vez por mês pegar os pais se pegando na sala.
— Mas ela sempre levou na brincadeira, não creio que isso seja o motivo da revolta dela.
— Eu acho melhor nós parar com isso. Vou lá falar com ela. — Subi e bati na porta do quarto da minha menina.
— Sai daqui. — Ela gritou com voz de choro.
— Filha preciso conversar contigo. — Ela não disse mais nada, abriu a porta e correu de volta pra cama. Me sentei na cama e olhei pra ela. — Filha desculpa pelo que você presenciou lá na sala, não vai mais se repetir.
— Eu não me importo, eu cresci nisso, todo mês eu ficava feliz porque finalmente achava que vocês iriam ficar juntos, mas você sempre foi embora e voltou um mês depois. — Suas palavras doeram em meu coração.
— Filha, eu sei que fomos errados, mas um dia quando você se apaixonar de verdade, você vai entender.
— Pai, não tem o que entender ou você fica com a pessoa que ama, ou não fica, simples assim. — Ela disse abraçando os joelhos.
— Filha, é que nós somos felizes assim.
— Ok, se vocês são felizes assim, eu não tenho mais o que dizer. — Deu de ombros e limpou os olhos com força.
— Eu tenho um amigo que vive em pé de guerra com a esposa, ele só está junto com ela, porque tem dois filhos que ele ama. E eu tenho medo disso, de voltar com sua mãe e começarem as brigas, eu não quero viver sofrendo igual meu amigo.
— Não tem essa de estar com a mulher pelos filhos, porque você me largou, não se importou. Ele ama a mulher decerto.
— Não filha, ele não a ama, mas como na cabeça dele os filhos só serão felizes se verem os pais juntos. — Soltei um suspiro. Precisava que ela entendesse o meu lado. — Mas eu não penso assim. O que você prefere? Que eu e sua mãe ficássemos juntos esse tempo todo, brigando todos os dias, ou separados e em paz?
— Com certeza, separados e em paz.
— Então, meu amigo pensa que está fazendo bem aos filhos dele, quando na verdade está só dando tristezas. Não é fácil duas crianças verem as brigas dos pais.
— Você tem razão. — Minha filha disse e eu segurei suas mãos. — Obrigada pai. — Beijei sua testa.
— Filha, o pai está indo pra casa, qualquer coisa me liga. — Ela assentiu e eu saí dali.
