Maite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre.
Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem.
E...
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MAITE
Era dezoito horas e trinta minutos e nada do meu irmão vazar. Ficamos assistindo filme e trocando olhares, mas impossibilitados de fazer o que queríamos.
— Oh Danilo, tu vai ficar em casa um domingo à noite? — Perguntei como quem não quer nada.
— A Fernanda tá brava comigo, é melhor eu nem sair de casa. Se eu saio, vou pegar mulher e ela já tá brava porque fiquei com a Rayanne.
— Quem é Fernanda, sua namorada? — William perguntou.
— Não, amiga. — Apressei-me em responder e para não correr o risco de entrarmos em assuntos de namoro, mudei o assunto. — Oh professor, já corrigiu as provas?
— Já. — Ele respondeu olhando para a TV.
— Quantos eu tirei? — Perguntei e ele me olhou.
— Dez é claro, você é muito boa. — Disse com um sorriso que encheu meu coração. Sorri também.
— Porque boa? — Danilo que até então estava com a cabeça em meu colo, levantou para olhar para William que estava deitado no sofá da frente.
— Ela é boa em tudo que faz, tem ótimas notas, uma das minhas melhores alunas. — Preciso dizer, que fiquei toda boba?
— E a mais briguenta também. — Danilo disse deitando novamente em meu colo. Ele acha que minha perna é travesseiro?
— E aí família? — Meu pai disse, largando a chave em cima do criado. Olhei de cara feia.
— Ah senhor Diego, chegou? Já não era sem tempo. Isso é hora de chegar em casa? — Meu pai me ignorou totalmente e olhou para William.
— Ela se comportou direitinho?
— Até demais. — Me olhou, deu um sorrisinho e abaixou a cabeça em seguida. Sorri disfarçadamente.
— Que bom. E aí, vamos todos sair pra jantar?
— Pow cara, não estou afim não, separei da Elizabeth. — Meu pai lançou um olhar surpreso pra ele. — Cara, ela disse na minha cara que tem um amante há um ano já. — Agora foi minha vez de olhá-lo com surpresa. Ele não havia me falado disso. Tadinho, ele não merece isso.
— Mazaah! Que vadia! Fica aí então. Vamos crianças?
— Eu vou, posso chamar a Fer? — Danilo disse sentando.
— Claro. Maite?
— Pai, não estou com fome, quero deitar na minha cama e desfrutar de um bom romance. —William deu um sorrisinho de canto e disfarçou olhando pra TV.
— Tu lendo romance? Ah está perto do mundo se acabar. Fujam para as colinas! — Meu irmão idiota me fez rir.
Quando eles saíram, corri até a janela e fiquei olhando até o carro sumir na estrada. Quando me virei, William estava atrás de mim, nos atracamos.
