William
Estava de férias pois a academia entrou em recesso de final de ano e a escola também, estava agoniado tentando falar com Maite e ela não me atendia, fui até a casa deles, não tinha ninguém, então fui até a casa da mãe.
— Oi William, que foi? — Suellen perguntou me abraçando.
— Cadê a mãe?
— Tá na Crô.
— Ai Suh, não sei que faço da minha vida mais, acho que agora perdi a Mai pra sempre.
— O que aconteceu hombre, o que você aprontou dessa vez? — Contei tudo o que havia acontecido.
— Meu Deus, por isso ela me abraçou, chorando esses dias, parecendo uma despedida sabe? Bem estranho.
— Fui até a casa dela, não tinha ninguém.
— Já tentou ligar?
— Acho que já liguei umas cem vezes, ela não me atende, deixei muitas mensagens no Whats, nada.
— Deixa eu mandar uma mensagem pra ela.
"Baixinha, vamos sair? Fazer alguma coisa só nós duas, colocar o papo em dia".
Suellen me mostrou a mensagem e logo apareceu, Mai está digitando, meu coração acelerou.
"Suh, infelizmente não vai ser possível, não estou morando mais em Floripa, desculpa não ter falado, mas não queria que ele soubesse, fica com Deus. Te amo".
— Suh, ela não pode fazer isso comigo, não pode. — Depois de ver aquela mensagem, eu andava de um lado para o outro.
— William espera a magoa dela passar.
— Não, não. — Saí dali transtornado, eu precisava chorar, gritar sozinho.
Cheguei em casa e Carla estava sentada no chão, na porta do meu apartamento, quando me viu, se levantou rapidinho.
— O que faz aqui? Por sua causa a mulher da minha vida foi embora.
— William me perdoa, eu não devia ter feito aquilo, mas também eu não sabia que vocês se amavam tanto.
— Carla, por favor some da minha vida tá? Você já acabou com ela.
— Se você quiser, eu falo com a menina.
— Agora é tarde, ela não mora mais aqui.
Entrei no meu apartamento, fechei a porta e deslizei por ela, chorando lágrimas amargas com gosto de perda.
Maite
Os dias foram passando e eu estava um pouco mais calma, mas queria dormir eternamente, nunca vi sentir tanto sono, tinham inúmeras ligações do Will, diversas mensagens. Hoje resolvi ler suas mensagens, explicando sobre a Carla, mas eu não acreditava em nenhuma só palavra. Estava lendo e relendo as mensagens de eu te amo, quando no visor apareceu uma chamada dele, no impulso atendi.
— O que tu quer?
— Amor, porque você foi embora? Precisamos conversar, Mai eu te amo.
— Olha aqui William, só atendi pra dizer, que já tá chato pegar meu celular e ver essa montoeira de notificação sua, para que ta chato e outra, me deixa em paz e vai se atracar com as professoras, porque desse jeito me enchendo todos os dias, está me fazendo pegar mais raiva de ti.
— Mai você está em Porto Alegre? Estou indo atrás de você.
— Não, eu estou no Polo Norte, se você vier atrás de mim, vai ser viajem perdida. — Respirei fundo. — William, deixa minha raiva passar, agora eu tenho vontade de te matar, portanto fica bem longe de mim, eu estou com nojo de você, não te quero por perto entendeu? Só me embrulha o estomago pensar em te ter por perto, deixa minha mágoa passar, quem sabe um dia a gente não volta a conversar, claro, isso se você estiver livre. Adeus.
— Maite, Maite. — Desliguei.
As festas de final de ano passaram, enfim chegou um novo ano, dia 08 de janeiro, começaram as atividades nas academias, e eu trabalharia em tempo integral na academia, porque agora já sou maior de idade.
— Filha, a mamãe ta indo pra academia quer vir junto?
— Ai mãe, não estou disposta.
— Filha, ultimamente você anda muito indisposta, você não correu mais, já tá começando a criar uma barriguinha.
— Mãe, cadê a barriga? Nem tem nada.
— Olha isso. — Minha mãe beliscou um pedacinho de barriga saliente, era mínima coisa, mas de fato eu estava engordando.
— Ah mãe, depois eu vou correr um pouco tá?
Dormi mais um pouco e fui até a cozinha, peguei um tremendo pedaço de bolo de chocolate e o primeiro pedaço que levei a boca, já revirou meu estomago, vomitei até as tripas.
— Minha filha, o que aconteceu? — Candy, minha babá se preocupou.
— O bolo me fez mal.
— Hum. — Ela me olhou desconfiada e eu a ignorei, fui dormir de novo.
Uai, e esse mal-estar hei? E esse sono todo? E essa barriguinha? E esse nojo do William? Sei não, viu?
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UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL - COMPLETA
Roman d'amourMaite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre. Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem. E...