Maite
Acordei na manhã seguinte com um frio na barriga, um nó na garganta e muito nervosa, porque teria que conhecer novas pessoas. Muitas coisas diferentes, o jeito de falar é bem diferente.
Desci, com uma calça jeans preta rasgada, um tênis casual preto de sola branca, uma blusinha branca larguinha e uma jaqueta de couro preta.
— Tu é estilosinha né? — Meu irmão disse, assim que venci o último lance de escada.
— Bobo. Vamos? — Ele assentiu e saímos.
Chegamos no colégio, — que por sinal, deve estudar só riquinhos. Que saco! Não gosto de gente metida. — Fomos até a diretoria e meu irmão me deixou nas mãos do diretor que me levou até minha sala. Ele tocou a porta.
— Diretor. — Uma voz de homem alcançou meus ouvidos.
Gente, meu coração acelerou como um motor, não sei explicar, senti um frio na barriga e borboletas no estômago, quando vi aquele homem abrir a porta. Ele era o homem dos meus sonhos, loiro, alto com um sorriso marcante nos lábios e o melhor de tudo, ele aparentava ter uns 30 anos por aí.
Nem prestei atenção no que o diretor estava falando, porque minha atenção estava toda naquele homem de braços fortes e dono de um corpo escultural. Olhei suas mãos e não tinha aliança, aí que meu coração acelerou ainda mais. Minhas mãos começaram a suar, senti minha boca seca, uma sensação nunca sentida antes.
— Maite, seja bem-vinda eu sou William, seu novo professor de educação física. — Ele estendeu as mãos e quando toquei e apertei a mão dele, senti meu rosto corar e um frio na espinha. — Pode sentar ali, já vamos sair. — Ele disse abrindo um sorriso que me derreteu inteira. Fiz o que ele disse e me sentei na primeira carteira vazia que encontrei, ainda sentindo meu rosto em brasas. — Hoje temos nossa aula prática de vôlei, vamos para a quadra. — Ele disse e os alunos saíram alvoroçados para fora. Fiquei para trás e quando ia saindo ele me chamou.
— O-o-oi. — Gaguejei, sentindo meu rosto esquentar cada vez mais. Que porra! Porque ele me afeta assim?
— Você já pegou os horários das aulas? — Ele disse com aqueles olhos mel, fixos nos meus.
— N-n-não, ainda não. — Gaguejei de novo e abaixei a cabeça, embolando a barra da minha blusa.
— É a primeira aula às segundas, às quartas é a terceira aula e às sextas é a última aula, você tem que vir com roupa apropriada. — Ele disse descendo os olhos para minha roupa. Sem maldade, mas eu estava tão afetada, que um simples descer de olhos, me fez sentir coisinhas.
— Sim, claro.
— Hoje você pode ficar observando.
— Obrigada. — Sorri pra ele e ele sorriu de volta. Ai meu coração!
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UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL - COMPLETA
RomansaMaite Perroni é uma jovem de 17 anos que mora com a mãe em Porto Alegre. Seus pais são donos de uma rede de academia e são separados a sete anos e, se pegam também a sete anos. Todo mês, quando se reúnem para o fechamento de caixa, se envolvem. E...